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3 fatos para hoje: Argentina terá 2º turno; isenção de IPVA para elétricos

E mais: Mubadala compra fatia de sucroalcooleira Atvos.

1 – Peronista Massa fará 2º turno das eleições com libertário Milei na Argentina

A coalizão peronista governista da Argentina superou as expectativas e liderava as eleições gerais do país neste domingo, preparando o palco para um segundo turno polarizado no próximo mês entre o ministro da Economia, Sergio Massa, e o radical libertário de extrema-direita Javier Milei.

Massa tinha cerca de 36% dos votos, à frente de Milei com pouco mais de 30%, enquanto a conservadora Patricia Bullrich aparecia atrás com 23,7%, com cerca de 80% dos votos apurados, um resultado que desafiava as pesquisas pré-eleitorais que previam uma vitória do candidato libertário.

Os argentinos compareceram em massa às urnas neste domingo para votar em uma eleição nacional tensa, na qual o outsider de cabelos selvagens Milei foi o centro das atenções em meio à pior crise econômica do país em duas décadas e ao aumento da raiva contra a elite tradicional.

Sergio Massa posa para selfies após votar neste domingo 22/10/2023 REUTERS/Mariana Nedelcu

Muitos culparam Massa e os peronistas no poder, que, no entanto, responderam dizendo que suas redes de segurança social e subsídios eram fundamentais para muitos argentinos em dificuldades, inclusive mostrando como as tarifas de trem e ônibus poderiam aumentar drasticamente se ele perdesse.

“O peronismo é o único espaço que oferece a possibilidade de que os mais pobres de nós possam ter coisas básicas ao alcance de suas mãos”, disse o pedreiro Carlos Gutierrez, 61 anos, quando foi votar mais cedo.

O sucesso de Massa ocorre apesar da inflação que atingiu três dígitos pela primeira vez desde 1991. Ele disse que cortará o déficit fiscal, manterá o peso e defenderá a rede de segurança de bem-estar social peronista.

Para ser eleito neste domingo, um candidato precisaria de mais de 45% dos votos ou 40% e uma vantagem de 10 pontos.

2 – Tarcísio veta isenção de IPVA para carro elétrico

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) vetou o projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa que isentava o pagamento de Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para carros elétricos. O objetivo do projeto era incentivar o uso de veículos menos poluentes no Estado.

O motivo do veto foi exposto na sexta-feira (20) no Diário Oficial do Estado. Também nesta sexta, o governador enviou outro projeto em caráter de urgência propondo a isenção “exclusivamente para veículos a hidrogênio e híbridos com motor elétrico ou com motor a combustão que utilize alternativa ou exclusivamente etanol”.

Se aprovada, a medida valerá entre 2024 e 2025 para automóveis que custem até R$ 250 mil. Depois, esses modelos passarão a pagar gradualmente imposto de 1% a 4% entre 2026 e 2029.

Na justifica para o veto do projeto enviado pela Alesp, ele afirmou, entre outros motivos, que a proposta “está em descompasso com o vigor da produção do etanol e com as perspectivas de utilização do biometano produzido no Estado”.

No seu projeto, ele também inclui a isenção de IPVA para ônibus ou caminhões movidos exclusivamente a hidrogênio ou a biometano entre 2024 e 2028. Segundo ele, a medida decorre de estudos realizados pela Secretaria da Fazenda e Planejamento.

“Falta um pouco de profundidade nesse debate, principalmente das autoridades públicas, e acho que o governador deveria se aprofundar um pouco mais, assim como sua equipe, para entender de onde é possível maximizar a descarbonização e não tratar as coisas com limites”, disse o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Ricardo Bastos.

Outro questionamento é que carros híbridos flex atualmente podem ser abastecidos com etanol ou gasolina. Atualmente, tomando-se como base os modelos flex a combustão, 70% dos usuários abastecem com o combustível fóssil, e 30% com etanol.

3 – Mubadala compra fatia de sucroalcooleira Atvos

A Mubadala Capital, de Abu Dabhi, nos Emirados Árabes Unidos, comprou 10% das ações da gigante sucroalcooleira Atvos, antiga Odebrecht Agroindustrial. A fatia pertencia ao Grupo Novonor. Com a negociação, a participação econômica da Novonor na Atvos foi encerrada, segundo informou a empresa de bioenergia.

A Mubadala Capital é uma subsidiária de gestão de ativos da Mubadala Investment Company, fundo soberano de Abu Dhabi com US$ 280 bilhões (R$ 1,41 trilhão) em investimentos, segundo a empresa. No começo do ano, o fundo árabe havia assumido o controle da Atvos.

No negócio anunciado nesta sexta-feira, 20, a Mubadala Capital adquiriu as ações por meio do Fundo de Investimento em Participações MC Green, detentor de 31,5% da Atvos Participações S.A. (responsável pelas operações da produtora de biocombustíveis) desde 15 de setembro, quando o processo de recuperação judicial da Atvos foi finalizado.

A Atvos pretende investir R$ 1,6 bilhão em suas operações até o final desta safra, com foco na inovação em áreas agrícolas e industriais. “A empresa também almeja a entrada em novos mercados, como de etanol de milho, biometano, a partir da vinhaça e da palha dos canaviais, e iniciar a produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês)”, acrescentou a companhia, em nota.

A Mubadala tem sido um dos investidores estrangeiros mais ativos no Brasil este ano. Em setembro, comprou o controle da rede de academias Bluefit por R$ 464 milhões. Em agosto, elevou sua participação na rede Burger King.

Em 2022, o fundo árabe comprou as faculdades de medicina da UniFTC Salvador e da UnesulBahia. Também adquiriu a concessionária Rota das Bandeiras, que opera quase 300 quilômetros de rodovias em São Paulo.

Dona ainda da Acelen, que controladora da refinaria de Mataripe, na Bahia, a Mubadala anunciou no mês passado parceria com a Petrobras para investimentos conjuntos em biorrefino.

A Mubadala Capital fechou ainda um novo fundo dedicado ao Brasil. O Brazil Special Opportunities Fund II (BSOF II) levantou mais de US$ 710 milhões (R$ 3,6 bilhões) para alocar em empresas brasileiras maduras que enfrentam alguma complexidade ou dificuldade, mas com fundamentos empresariais sólidos. O fundo tem aproximadamente US$ 20 bilhões (R$ 101 bilhões) sob gestão global de capital próprio e de terceiros.

A estratégia de investimento é semelhante à do primeiro fundo captado pela Mubadala Capital e dedicado ao Brasil (BSOF I), no início de 2022, de US$ 322 milhões (R$ 1,6 bilhão).

Segundo a Mubadala, o BSOF II atraiu recursos de um conjunto diversificado de investidores globais, incluindo um importante fundo de pensão, empresas e gestores de ativos na América do Norte, na Europa, no Oriente Médio e na Ásia. “A conclusão do nosso segundo fundo dedicado à região marca uma década de operações e investimentos bem-sucedidos no Brasil”, disse o diretor de investimentos da Mubadala Capital e presidente da Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren.

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