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3 fatos para hoje: mercado chinês é impulsionado; lucro de Raízen e Marfrig cai

Raízen registrou lucro de R$ 1,1 milhão no segundo trimestre do exercício 2022/2023, queda de 99,9% em relação aos R$ 1,07 bilhão apurado no mesmo período de 2021.

1 – Ações da China e iuan sobem após flexibilização

As ações e a moeda chinesa subiram nesta sexta-feira, depois que as autoridades sanitárias do país aliviaram algumas das rígidas restrições contra a covid-19, com os fortes ganhos de Wall Street também ajudando o humor.

O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com alta de 2,79%, enquanto o índice de Xangai subiu 1,69%. O

índice Hang Seng de Hong Kong disparou 7,74%, maior ganho diário desde março, com as ações dos setores imobiliário e de tecnologia liderando os ganhos.

O iuan onshore também se fortaleceu e chegou a 7,0650 por dólar, nível mais forte desde 22 de setembro.

A Comissão Nacional de Saúde da China reduziu os tempos de quarentena para os contatos próximos e de viajantes que chegam, eliminou uma penalidade para as companhias aéreas que traziam passageiros infectados e aliviou outras medidas contra o vírus.

“O mercado de ações respondeu positivamente, refletindo a expectativa de relaxamento gradual das restrições contra a Covid nos próximos meses”, disse o economista-chefe do Hang Seng Bank (China), Dan Wang.

2 – Raízen: lucro líquido ajustado é R$ 1,1 mi no 2º trimestre 22/23; queda de 99,9%

A Raízen (RAIZ4) registrou lucro de R$ 1,1 milhão no segundo trimestre do exercício 2022/2023 – o equivalente ao terceiro trimestre do ano -, queda de 99,9% em relação aos R$ 1,07 bilhão apurado no mesmo período de 2021. Em comunicado, a Raízen atribui o desempenho aos efeitos adversos nos estoques dos combustíveis no Brasil, que refletiram “queda consistente de preços de todos os produtos”.

Na leitura contábil, o crescimento do lucro da companhia consolidado em um ano foi negativa em R$ 933,5 milhões ante R$ 730,6 milhões positivos apurados, sem ajustes, no terceiro trimestre de 2021/22. Os resultados, segundo a Raízen refletem o desempenho negativo “no resultado de outras receitas e despesas operacionais em decorrência do valor justo a mercado de ativos financeiros não alocados nos segmentos de negócio”.

A receita líquida da Raízen subiu 31,5% na base anual, chegando a R$ 64,23 bilhões no trimestre encerrado em setembro. Na mesma base de comparação, o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou positivo em R$ 2,757 bilhões, recuo de 14,1%, em valores ajustados.

O capex do trimestre totalizou R$ 1,5 bilhão (alta de 71% ante 2021/22), com investimentos destinados principalmente para o plantio e trato da terra. “Este ano, iremos bater o recorde de plantio com aproximadamente 130 mil hectares de área sendo replantada. Adicionalmente, o aumento do capex decorre do efeito inflacionário nos preços de insumos agrícolas”, diz a companhia.

Ao longo do trimestre, a Raízen processou 33 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, redução de 12% em relação ao volume processado no ano-safra anterior. “Essa redução reflete os efeitos do clima em parte dos nossos canaviais resultando na menor disponibilidade de cana neste ano, que deverá ter uma moagem total em torno de 74 milhões de toneladas de cana ao final do período de moagem”, diz o comunicado.

Segundo a companhia houve expansão da produtividade agrícola no trimestre com melhora do ATR e do TCH, em 2% e 11,6% respectivamente, compensando parcialmente a menor moagem. O mix de produção foi de 52% para açúcar (ante 53% no 2º trimestre de 21/22).

3 – Marfrig registra lucro líquido de R$ 431 mi no 3º tri, queda de 74,3% na base anual

marfrig
Vista interna de operação em unidade da Marfrig, em São Paulo. 7/10/2011. REUTERS/Paulo Whitaker

A Marfrig Global Foods (MRFG3) encerrou o terceiro trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 431 milhões, queda de 74,3% ante R$ 1,675 bilhão registrado em igual período do ano passado, informou a companhia nesta quinta-feira. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 3,792 bilhões, recuo de 19,9% ante o terceiro trimestre de 2021. O Ebitda ajustado diminuiu 19,1%, de R$ 4,7 bilhões em igual trimestre do ano passado para R$ 3,8 bilhões este ano.

Além disso, a margem do Ebitda ficou em 10,4%, contra 20% um ano antes. Já a receita líquida cresceu 54,1% no período de julho a setembro, de R$ 23,63 bilhões em 2021 para R$ 36,41 bilhões em 2022.

De acordo com a empresa, a dívida líquida subiu 186,1%, de RS 13,73 bilhões para RS 39,293 bilhões no período. Dessa forma, a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado em reais, passou de 1,10 vez no terceiro trimestre de 2021 para 2,38 vezes no 3tri22. E, dólar, foi de 1,07 vez para 2,32 vezes, na mesma base. A margem Ebitda ajustada foi de 10,4%.

O fluxo de caixa operacional da companhia foi de R$ 2,7 bilhões, enquanto o fluxo de caixa livre ficou em R$ 288 milhões. A Marfrig informou, ainda, que realizou pagamentos de dividendos intermediários no valor de R$ 500 milhões.

A operação América do Norte, capitaneada pela National Beef, registrou uma receita líquida de US$ 2,8 bilhões. O Ebitda ajustado alcançou US$ 338 milhões e a margem Ebitda ajustada da operação foi de 11,9%. No período de julho a setembro, o volume total comercializado pela unidade de negócio foi de 499 mil toneladas, com o mercado dos Estados Unidos representando 87,6% desse total. Os principais mercados premium internacionais, como Japão e Coreia do Sul, foram destinos de 12,4% do volume total de vendas.

Já a Operação América do Sul, que engloba Brasil, Argentina, Uruguai e Chile, foi o grande destaque do trimestre. A receita líquida da unidade subiu 7,8%, de R$ 6,9 bilhões no terceiro trimestre de 2021 para R$ 7,4 bilhões. “O resultado é explicado pelo aumento de 10% do preço médio total de vendas – puxado pelas exportações, cujo preço médio avançou, em dólares, 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado”, justificou a companhia.

O Ebitda ajustado da operação também bateu recorde, com o valor de R$ 710 milhões, 136,1% a mais ante o trimestre encerrado em setembro de 2021. A margem Ebitda ajustada alcançou 9,5%, avanço de 518 bps em relação à margem do terceiro trimestre de 2021, e o lucro bruto foi de R$ 1,1 bilhão, 95% maior na mesma base de comparação.

As exportações representaram 65% da receita total da América do Sul, sendo que 81% das vendas internacionais tiveram como destino a China e Hong Kong. “Temos o maior número de unidades habilitadas para exportação para o mercado chinês, um sistema de pricing que nos permite aproveitar as melhores oportunidades assim que elas surgem e uma qualidade inquestionável de operação e de produto”, afirmou a Marfrig.

O volume de vendas caiu 2,0% no período, de 390 mil toneladas para 383 mil toneladas. Do total, 240 mil toneladas ficaram no mercado doméstico, enquanto as outras 143 mil toneladas foram exportadas.

Em comunicado, a companhia informou que a consolidação da BRF também propiciou o aumento do número e a maior diversificação dos mercados consumidores atendidos. No atual cenário, os Estados Unidos aparecem como o maior mercado da Marfrig, com uma participação de 37% das receitas líquidas totais. Na sequência, está o Brasil, com 25%, a China e Hong Kong, com 12%, o Oriente Médio, com 7%, e o Japão e a Europa, cada um com 4%.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo

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