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3 fatos para hoje: Via se pronuncia após Americanas; Lula e Caixa

Lula diz que Caixa vai emprestar dinheiro “muito mais barato” sem deixar de registrar lucro; exportações da China encolheram drasticamente em dezembro.

A semana termina com agenda econômica doméstica fraca, apesar do dia intenso de divulgação de medidas pelo ministério da Fazenda na véspera. Hoje será conhecido o IBC-Br de novembro, conhecido por ser uma prévia do PIB.

Nos EUA serão divulgados os preços de bens importados de dezembro e os dados de confiança do consumidor de janeiro.

O mercado ainda deve repercutir as medidas anunciadas pelo ministro Fernando Haddad para tentar zerar o déficit das contas públicas ainda em 2023. A expectativa do mercado segue contemplando um rombo fiscal neste ano.  Apesar de enxergarem algumas sinalizações positivas no anúncio, especialistas apontam que faltou clareza sobre os planos do governo. 

Veja abaixo, 3 fatos opara ficar de olho nesta sexta-feira (13).

1- Lula diz que Caixa vai emprestar dinheiro “muito mais barato” sem deixar de registrar lucro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na quinta-feira (12), durante cerimônia de posse da presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, que o banco vai oferecer crédito mais barato em seu governo, sem que isso implique em prejuízos.

“Nós vamos contar com uma Caixa Econômica outra vez. Vamos contar com o seu apoio, com a solidariedade dos funcionários da Caixa Econômica para que a Caixa Econômica volte a ser um banco muito mais forte, um banco que empreste dinheiro muito mais barato, com juro muito mais barato, sem perder dinheiro, porque o banco é para dar um lucro para poder continuar sobrevivendo”, disse Lula.

O presidente voltou a reclamar da “narrativa” do mercado financeiro de que todos os custos do governo são encarados como gasto, e não como investimento. Lula defendeu investimentos para melhorar as condições de vida do povo, o que inclui aumento do salário mínimo e reajustes.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente Lula em café da manhã com jornalistas 12/01/2023 REUTERS/Adriano Machado

2 – Via diz que sua operação segue normas contábeis

A Via disse nesta quinta-feira que suas operações de “risco sacado” estão registradas nas demonstrações financeiras em conformidade com as normas internacionais de contabilidade, após a rival Americanas revelar inconsistências contábeis de cerca de 20 bilhões de reais.

A Via afirmou em comunicado que essas operações são detalhadas na linha “fornecedores convênio”, e que busca dar esclarecimentos aos investidores “acerca de eventos recentes ocorridos no setor”.

As ações da Via ficaram entre as maiores quedas do Ibovespa nesta quinta-feira, com baixa de 5,38%, enquanto os papéis da Americanas desabaram 77,33%.

O risco sacado ocorre quando uma empresa contrata uma instituição financeira para realizar a antecipação de recebíveis a fornecedor. Desse modo, a companhia passa a dever aos bancos e não mais ao fornecedor.

A Americanas revelou na véspera que seus balanços têm “inconsistências contábeis” de 20 bilhões de reais relativas a essas transações. O ex-presidente da Americanas Sergio Rial, que assumiu em 2 de janeiro, renunciou ao cargo na véspera junto com a divulgação do caso.

3 – Comércio da China cai com força em dezembro

As exportações da China encolheram drasticamente em dezembro com o resfriamento da demanda global, destacando os riscos para a recuperação econômica do país este ano, mas um declínio mais modesto nas importações reforçou a visão de que a demanda interna vai se recuperar lentamente nos próximos meses.

Embora a expectativa seja de que as importações suportem uma onda de demanda reprimida depois que a China abandonou suas duras medidas contra a Covid-19 em dezembro, as exportações devem se enfraquecer à medida que a economia global beira a recessão.

“O crescimento fraco das exportações destaca a importância de impulsionar a demanda interna como o principal motor da economia em 2023”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, acrescentando que os mercados esperam que Pequim anuncie mais medidas para sustentar o consumo.

As exportações contraíram 9,9% em dezembro sobre o ano anterior, ampliando a queda de 8,7% em novembro, embora ligeiramente melhor que a expectativa, mostraram nesta sexta-feira dados alfandegários. A queda foi a pior desde fevereiro de 2020.

Refletindo o recuo da demanda mundial, os embarques para os Estados Unidos diminuíram 19,5% em dezembro, enquanto os para a UE caíram 17,5%, de acordo com os cálculos da Reuters baseados nos dados oficiais.

Apesar da forte queda nos embarques nos últimos meses, as exportações totais da China aumentaram 7% em 2022 graças a seu forte comércio com as nações do sudeste asiático, bem como a um boom de exportação de veículos a nova energia. Ainda assim, o crescimento foi muito inferior ao ganho de 29,6% em 2021.

As importações caíram 7,5% no mês passado, moderando de um declínio de 10,6% em novembro e melhor do que a previsão de queda de 9,8%.

O superávit comercial da China em 2022 atingiu um pico histórico de 877,6 bilhões de dólares, o maior desde o início dos registros em 1950, comparado com 670,4 bilhões de dólares em 2021.

*Com informações da Reuters

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