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5 fatos para hoje: inquérito no caso Covaxin, fraudes de dados e inadimplência

Segundo pesquisa, maioria dos brasileiros já sofreu tentativa de fraude de seus dados pessoais.

Erin Clark/Pool via REUTERS

1- STF autoriza abertura de inquérito para investigar Bolsonaro no caso Covaxin

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na noite de sexta-feira (2) abertura de inquérito para investigar suposto crime de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro no caso envolvendo suspeitas de irregularidades nas negociações para a compra da Covaxin, vacina indiana contra Covid-19.

Na petição, Weber fixou prazo de 90 dias para o cumprimento das investigações.

A ministra atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), cuja solicitação decorreu de notícia-crime enviada ao Supremo por senadores de oposição, que buscam a investigação da conduta de Bolsonaro.

De acordo com os parlamentares, o presidente da República não tomou providências após ser alertado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e pelo irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, sobre supostas irregularidades nas tratativas para compra de doses da Covaxin.

Mais cedo na sexta-feira, a ministra do STF havia rejeitado pedido da PGR para aguardar o fim da CPI da Covid antes de decidir sobre o pedido apresentado por senadores de oposição.

O governo nega irregularidades e disse que o presidente remeteu o caso para análise do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que nada encontrou.

O Ministério da Saúde, no entanto, suspendeu o contrato da Covaxin por sugestão da Controladoria-Geral da União (CGU), que abriu uma investigação própria sobre o caso.

2- Rappi faz parceria com Visa para lançar cartão de crédito no Brasil

O aplicativo de entrega Rappi está lançando cartões de crédito para seus usuários no Brasil, expandindo portfólio de produtos financeiros.

A Rappi fez parceria com a Visa para oferecer os cartões de crédito, marcando a quarta colaboração das duas empresas na América Latina, após lançamentos semelhantes no México, Colômbia e Peru. Rappi também planeja expandir os serviços financeiros em seus cinco mercados restantes.

“A Rappi acredita que os serviços financeiros podem impulsionar o uso de aplicativos de entrega”, disse João Paulo Félix, presidente-executivo do RappiBank, banco digital lançado pela Rappi no início deste ano.

“Isso cria um ciclo virtuoso, já que conceder empréstimos a usuários e parceiros significa mais negócios dentro do aplicativo”, disse ele, acrescentando que, à medida que o Rappi rastreia mais hábitos de consumo, pode ser mais assertivo em suas ofertas de crédito.

Os usuários de cartões de crédito Rappi receberão pelo menos 3% de reembolso em compras Rappi e um mínimo de 1% em outros lugares.

A Rappi oferece linhas de crédito de capital de giro para proprietários de restaurantes e comerciantes com os quais tem parceria. Félix disse que o aplicativo está planejando lançar produtos de seguro para animais de estimação e celulares e se tornar um banco de varejo com serviço completo.

3- Mapa da Inadimplência aponta mais de 62 milhões de endividados

Cerca de 62,56 milhões de brasileiros estavam endividados no mês de maio, mostra o Mapa da Inadimplência no Brasil, divulgado pela Serasa. O número é 0,7% menor do que o verificado em abril, quando o indicador estava em 62,98 milhões.

No entanto, o valor médio da dívida por pessoa é o maior dos últimos 12 meses, e está em R$ 3.937,38, alta de 1,3% em relação ao mês anterior. O valor médio de cada conta em atraso é de R$ 1.162,43.

O maior volume de dívidas está na categoria bancos/cartão, representando 29,7% dos mais de R$ 211 milhões de débitos. Em seguida, estão as contas com luz, água e gás, com 22,3%. As compras no varejo representam 13% das dívidas dos brasileiros.

Em números absolutos, São Paulo lidera o número de negativados, com mais de 15 milhões, mais que o dobro do estado segundo colocado. Rio de Janeiro tem 6,15 milhões e Minas Gerais, 5,9 milhões. Bahia (3,92 milhões) e Paraná (3,27 milhões) aparecem entre os cinco mais inadimplentes.

A Serasa também aponta os brasileiros que estão buscando negociação pelo Serasa Limpa Nome. A faixa etária de 31 a 40 anos foi a que mais buscou uma solução financeira para os débitos, em seguida os com idade entre 18 e 25 anos.

4- Aplicativo da empresa Didi é suspenso na China

O órgão regulador da internet na China disse neste domingo ter ordenado que as lojas de aplicativos de smartphones parem de oferecer o aplicativo da empresa de transporte privado Didi Global, depois de descobrir que a gigante da busca por carona coletou ilegalmente dados pessoais dos usuários.

A Administração do Ciberespaço da China (CAC, na sigla em inglês) disse que ordenou que a Didi faça alterações para cumprir as regras chinesas de proteção de dados, uma medida que ocorre dias depois que a empresa começou a negociar na Bolsa de Valores de Nova York após levantar US$ 4,4 bilhões em uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

O CAC não especificou a natureza da violação da Didi em um comunicado em seu feed de mídia social.

A Didi respondeu dizendo que havia parado de registrar novos usuários e removeria seu aplicativo das lojas online. A companhia informou ainda que faria mudanças para cumprir as regras e proteger os direitos dos usuários.

A ação do CAC ocorre em meio à contínua repressão regulatória da China aos gigantes da tecnologia local por questões antitruste e de segurança de dados.

5- Maioria dos brasileiros teme fraudes, diz pesquisa da Febraban

Uma pesquisa feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostrou que a grande maioria dos brasileiros já sofreu tentativa de fraude de seus dados pessoais ou conhece alguém que tenha sido vítima desse tipo de crime. A maior parte dos brasileiros também teme violação de seus dados pessoais. Os dados foram revelados no estudo Segurança de Dados no Brasil – Febraban/Ipespe, divulgada na sexta-feira (2).

Para 91% dos entrevistados, esse tipo de crime aumentou durante a pandemia. Nos últimos 12 meses, os próprios entrevistados ou familiares foram vítimas desses crimes, sendo as situações mais comuns aquelas que envolvem recebimento de mensagens ou ligação telefônica com solicitação fraudulenta de dados pessoais ou bancários (43%) e pedido de depósito ou transferência de dinheiro para amigo ou parente (34%).

Também foram citadas entre essas tentativas de fraudes a cobrança fraudulenta ou compra indevida no cartão de débito ou crédito (29%); a invasão do e-mail ou das redes sociais, com alguém assumindo o controle de sua conta sem sua permissão (18%); a clonagem de celular ou WhatsApp (18%); a tentativa de abertura de linha de crédito ou solicitação de empréstimo usando seu nome (15%); e a invasão e acesso a dados bancários (14%).

A grande maioria das pessoas analisadas nessa pesquisa (86%) diz ter medo de ser vítima de fraudes ou violações de seus dados pessoais. E um terço dessas pessoas da pesquisa disse acreditar que está menos segura em relação a seus dados pessoais (33%). Elas estimam que, nos próximos cinco anos, essa segurança dos dados pessoais vá evoluir (54% disseram acreditar nisso).

“Segurança digital é um tema que a sociedade precisa encarar de frente e já está fazendo, pois diariamente esses crimes afetam pessoas e empresas, ganham espaço no noticiário econômico, político e policial envolvendo não só o cidadão, mas também grandes corporações e instituições públicas e privadas”, disse Isaac Sidney, presidente da Febraban, ao comentar a pesquisa.

Entre os entrevistados, a maioria deles também considera que a privacidade nos meios eletrônicos é mito (59%) e que suas informações podem ser acessadas por outros. Cerca de 79% dessas pessoas mostraram preocupação em como as empresas e instituições tem utilizados seus dados pessoais, percentual que é maior do que a preocupação gerada em relação aos  governos (60%).

A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 25 de junho e ouviu 3 mil pessoas nas cinco regiões do país.

Segundo dados da Febraban, os ataques de phishing, tentativa de roubo de senhas e de dados pessoais pela internet, cresceram 100% no primeiro bimestre deste ano em relação ao ano passado. Já os golpes da falsa central telefônico e do falso funcionário do banco cresceram 340%.

*Com Estadão Conteúdo e Reuters

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