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5 fatos para hoje: IPO do Grupo Mateus; reforma administrativa avança na Câmara

O maior IPO do ano precificou as ações no piso da faixa indicativa.

grupo mateus

1 – Grupo Mateus movimenta R$ 4,6 bi na Bolsa, a maior abertura de capital do ano

Uma varejista criada há 34 anos por um ex-garimpeiro de Serra Pelada, o Grupo Mateus chegará à B3 quebrando dois recordes. Com arrecadação de R$ 4,63 bilhões, será o maior IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) de 2020, até agora. Além disso, a companhia fará a maior estreia de uma empresa com origem na Região Nordeste da história da Bolsa brasileira.

A ação saiu a R$ 8,97, piso da faixa indicativa de preço. A demanda foi robusta desde o lançamento da oferta, batendo cinco vezes o volume ofertado, disse uma fonte ao “Estadão/Broadcast”. Além do lote principal, a companhia também colocou no mercado cerca de 75% do lote adicional.

Por causa do apetite dos investidores, havia a possibilidade de se buscar um preço maior para o papel, mas optou-se pela estratégia de evitar que a estreia, marcada para o dia 13, fosse seguida por um movimento de vendas, explicou uma pessoa próxima ao assunto.

2 – Maia sinaliza que pode agilizar reforma administrativa

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou nesta quinta-feira (8) que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa pode ir direto para a comissão especial, sem passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), como antecipou o Broadcast Político em 2 de setembro.

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Qualquer PEC passa primeiro pela CCJ, que analisa se o texto não fere nenhum princípio da Constituição, mas a comissão ainda não foi instalada. Segundo Maia, se houver acordo nas próximas semanas para abrir os trabalhos do colegiado, a proposta seguirá seu curso normal de tramitação.

Do contrário, a ideia é agilizar remetendo o texto diretamente à comissão especial usando alguma PEC que trata do assunto e já teve a admissibilidade aprovada pela CCJ. Assim, os dois textos seriam apensados.

3 – Fim da concessão de auxílios deve devolver 15 milhões à pobreza no próximo ano

Um estudo da FGV Social mostra que o número de pobres no Brasil caiu 23,7% entre 2019 e agosto deste ano, o que representa 15 milhões de pessoas. Mas o que à primeira vista pode parecer uma boa notícia, na verdade, apresenta-se como o prenúncio de uma nova crise, uma vez que os dados estão diretamente ligados à concessão de auxílios governamentais dados em meio à pandemia, que irão se extinguir até o fim do ano.

Segundo o economista Marcelo Neri, que coordena o levantamento, “é cristalino” que esse contingente retornará à pobreza a partir de 31 de dezembro, quando termina a concessão do auxílio emergencial. “O retorno à pobreza dessas quinze milhões de pessoas é um cenário até conservador. O Brasil foi o país da América Latina que mais concedeu auxílio proporcionalmente ao seu PIB, mas não era o que estava em melhores condições“, ressalta. “O País teve generosidade, mas não sei se teve sabedoria. Vamos saber daqui a um ano.”

A faixa mais pobre da população é aquela que recebe até 1/2 salário mínimo por pessoa, montante inferior aos R$ 600 do auxílio emergencial concedido pelo governo federal em meio à pandemia. O valor do benefício já caiu pela metade, e será extinto até fim do ano.

4 – Latam recebe primeira parcela de US$ 1,15 bilhão de financiamento DIP

A companhia aérea Latam recebeu nesta quinta-feira (9) a primeira parcela do financiamento DIP, previsto no processo de recuperação judicial em curso nos Estados Unidos. O valor recebido foi de US$ 1,15 bilhão, equivalente a 50% dos US$ 2,3 bilhões disponíveis. São US$ 650 milhões da Tranche A e US$ 500 milhões da Tranche C.

Também foi divulgado a forma de participação dos acionistas minoritários e demais credores na Tranche C, de até US$ 150 milhões. “Este primeiro recebimento do empréstimo DIP nos permitirá restabelecer nossa operação, acompanhando a evolução da demanda, e trabalhar com maior tranquilidade em nosso plano de reorganização”, afirma o CFO do Grupo Latam, Ramiro Alfonsín, por meio de nota.

A companhia contratou a LarrainVial para estruturar o incremento da Tranche C por meio da colocação de cotas em um fundo de investimento público em leilão, que será administrado pela Toesca. Desta forma, os acionistas cadastrados à meia-noite do dia 25 de maio deste ano e que mantiverem essa qualidade à meia-noite da véspera da abertura do livro de ofertas do leilão terão prioridade para participar à taxa de US$ 3,43 por ação.

5 – Totvs prorroga oferta para Linx e critica duramente administração da empresa

Em reunião realizada na quarta-feira (7) o Conselho de Administração da Totvs aprovou a prorrogação da oferta de combinação com a Linx até o dia 17 de novembro e também criticou duramente a atuação dos conselheiros independentes da segunda empresa, que decidiram por não levar adiante a oferta para assembleia de acionistas. A Totvs rebateu ponto por ponto cada um dos problemas levantados na proposta, e levanta suspeita sobre a idoneidade com favorecimento pela proposta da Stone.

O documento alega que a ausência de transparência e o ‘modus operandi’ de suprimir a possibilidade de escolha pelos acionistas tem sido prática reiterada pela administração da Linx, com a Totvs alegando que foram se criando dificuldades cada vez maiores para impedir que a proposta fosse devidamente apreciada em assembleia em detrimento da oferta que a Stone fez.

“Desde o início, os conselheiros ditos independentes da Linx assumiram publicamente o compromisso de garantir competição justa e aberta entre as propostas”, fala a empresa em Fato Relevante divulgado nesta quinta-feira, dizendo que a Totvs confiou no “compromisso de tratar de modo equilibrado ambas as ofertas”. Depois de assinarem aditivos e analisarem de forma apressada as propostas, os conselheiros da Linx, segundo a Totvs, “perderam a sua independência e se tornaram parte integrante e conflitada na análise”.

*Com Estadão Conteúdo

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