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5 fatos para hoje: carros elétricos da 99; gratuidade no despacho de bagagens

Aplicativo de transporte de passageiros 99, controlado pela chinesa Didi Chuxing, anunciou uma parceria com empresas dos setores de veículos elétricos (EVs) para impulsionar o setor no Brasil.

5 fatos para hoje: carros elétricos da 99; gratuidade no despacho de bagagens
99 anuncia parceria para impulsionar mercado brasileiro de veículos elétricos 03/01/2018 REUTERS/Paulo Whitaker

1 – 99 faz parceria para impulsionar mercado brasileiro de veículos elétricos

O aplicativo de transporte de passageiros 99, controlado pela chinesa Didi Chuxing, anunciou nesta terça-feira (26) uma parceria com empresas dos setores de veículos elétricos (EVs) para impulsionar o setor no Brasil.

A coalizão batizada de Aliança pela Mobilidade Sustentável também inclui Raízen; Movida; Ipiranga, da Ultrapar; Unidas; Zletric, Caoa Cherry; e Tupinambá Energia, e pretende aumentar a vendas de veículos elétricos, criar 10 mil estações públicas de carregamento até 2025 e ter 100% da frota elétrica do aplicativo em 2030.

Atualmente, a 99 possui 750 mil motoristas ativos em sua plataforma, dos quais cerca de 190 são veículos híbridos, segundo a companhia.

O programa pretende aumentar a participação dos veículos elétricos nas vendas de carros novos no país de 2% para 10%. A 99 pretende adicionar pelo menos 300 automóveis elétricos ainda neste ano, com objetivo de chegar a 10 mil até 2025 e ter 100% de sua frota com zero emissão de carbono até 2030.

Segundo a companhia, os carros serão adquiridos parte por parcerias com locadoras e montadoras, parte com recursos próprios. “Com os aprendizados dessa primeira fase, a companhia estudará a melhor forma de disponibilizar os 10 mil veículos elétricos aos motoristas até 2025 até chegar a 100% da frota em 2030”, afirmou a empresa.

Para viabilizar o modelo, a aliança buscará impulsionar a infraestrutura de eletrificação da frota, com postos públicos de recarga, facilitar o aluguel entre motoristas de aplicativo e dar apoio às montadoras e às outras empresas da cadeia.

“A adoção de carros elétricos subiu 100% em um ano. Esses automóveis possuem menos impacto ambiental, preservam a saúde das pessoas e também reduzem custos com combustível em até 75%, mas ainda são muito mais caros do que os convencionais”, disse Thiago Hipólito, diretor do centro de inovação DriverLAb, da 99.

O centro de inovação da 99 está conduzindo a aliança. O centro foi anunciado em março com previsão de investimento de 250 milhões de reais nos próximos 3 anos, dos quais 100 milhões ainda em 2022.

2 – Via elege presidente da WeWork América Latina para conselho de administração

A varejista Via (VIIA3), dona das bandeiras Casas Bahia e Ponto, aprovou em assembleia nesta terça-feira (26) a indicação de Claudia Woods, presidente da unidade latino-americana da empresa de escritórios compartilhados WeWork, como membro independente do conselho de administração da companhia.

Além de Woods, foram aprovados como membros independentes do colegiado da companhia Renato Carvalho do Nascimento e Rogério Paulo Calderón Peres, segundo ata da reunião de acionistas disponibilizada ao mercado. Os mandatos são de dois anos.

3 – OMC: Com guerra, comércio e segurança alimentar foram ao topo da agenda política global

A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) Ngozi Okonjo-Iweala enfatizou nesta terça-feira (26) que o comércio e a segurança alimentar têm sido uma questão crítica na agenda da organização, mas que agora “dispararam para o topo da agenda política global” devido ao impacto do conflito na Ucrânia, especialmente em países dependentes das exportações de alimentos do país e da Rússia. Em discurso em um seminário da OMC, a nigeriana destacou o papel central que o comércio pode desempenhar no combate à insegurança alimentar, incluindo a melhoria da disponibilidade e acesso aos alimentos.

Okonjo-Iweala disse ainda que as trocas comerciais podem ajudar a atender à demanda por alimentos mais diversificados e nutritivos, além de melhorar a previsibilidade e a estabilidade dos mercados globais de alimentos para produtores e consumidores. Rússia e Ucrânia respondem por mais de um quarto de todo o trigo comercializado e cerca de três quartos das exportações mundiais de óleo de girassol bruto, lembrou a diretora, que apontou ainda que a Rússia responde por quase um décimo das exportações de combustível e, junto com Belarus, um quinto da oferta mundial de fertilizantes.

Ela enfatizou que famílias na África e no Oriente Médio são particularmente vulneráveis às interrupções nestes suprimentos: “35 países da África importam alimentos e 22 importam fertilizantes da Rússia, Ucrânia ou de ambos os países”. Isso poderia exacerbar a fome já enfrentada por milhões de pessoas em todo o mundo, avalia. O atual aumento nos preços dos alimentos vem além dos desafios devido à pandemia, crises econômicas, choques e conflitos relacionados ao clima, observou ela.

4 – Casa branca diz atuar para levar oferta de gás a europeus dependentes da Rússia

Porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki foi questionada nesta terça-feira (26) sobre o anúncio da Polônia de que deve parar de receber gás natural da Rússia. Sem trazer uma novidade sobre o assunto diante da notícia, ela reforçou o fato de que os Estados Unidos têm trabalho para elevar a oferta de gás aos países europeus que dependiam da Rússia. Segundo ela, esse é “um esforço já em andamento”, a fim de “se antecipar a potenciais problemas”.

A Casa Branca ainda disse esperar “altas e quedas” nos números da covid-19 nos EUA, mas enfatizou o fato de que as mortes continuam a cair.

Psaki também disse que o governo do presidente Joe Biden ainda espera chegar a um acordo nuclear com o Irã, o que daria mais segurança sobre a segurança nessa frente.

5 – Câmara aprova retomada da gratuidade no despacho de bagagens

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (26), por 273 votos a favor e 148 contrários, a retomada do despacho gratuito de bagagem de até 23 quilos em voos nacionais e de até 30 quilos em voos internacionais. A mudança faz parte de medida provisória que reformula a legislação do setor aéreo. A matéria segue para análise do Senado.

Os deputados aprovaram emenda da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) que inclui um dispositivo no Código de Defesa do Consumidor proibindo as companhias aéreas de cobrarem qualquer tipo de taxa, em voos nacionais, pelo despacho de bagagens de até 23 kg; e em voos internacionais, pelo despacho de bagagens de até 30 kg.

“As empresas não foram verdadeiras quando afirmaram que iam baixar o preço da passagem se nós permitíssemos aqui a cobrança da bagagem. A maioria desta Casa permitiu, com o protesto de um número expressivo de Parlamentares, e agora todos viram que foram enganados”, destacou a deputada. “Então, é hora de cobrarmos das empresas a parte delas. Se elas estão cobrando tão caro pela passagem, então que deem ao cidadão o direito de ter pelo menos uma mala despachada de forma gratuita”, acrescentou.

Enganados

Diversos deputados se disseram “enganados” pelas empresas aéreas, que defendiam que a cobrança pelo despacho de bagagem iria diminuir o preço das passagens. A medida foi aprovada pelo Congresso em 2017, mas não assegurou a redução dos preços das passagens aéreas.

“Todos os parlamentares do mandato anterior que já deliberaram sobre essa matéria sabem que foram enganados. Nós já votamos pela cobrança das malas para o barateamento das tarifas das passagens. Isso não aconteceu. As passagens ficaram mais caras, a população ainda tem que pagar pela mala, e não há o serviço adequado até hoje pelas companhias. Nós estamos fazendo justiça nesta noite, na Câmara dos Deputados, para não haver a cobrança da bagagem da população brasileira, que já paga uma tarifa exorbitante e abusiva”, afirmou o deputado Sandro Alex (PSD-PR).

Mudanças

A proposta aprovada define o serviço aéreo como uma atividade de interesse público que, mesmo que submetida à regulação, pode ser livremente explorada pelos entes privados. O texto do relator, deputado General Peternelli (União-SP), prevê que qualquer pessoa física ou jurídica poderá explorar serviços aéreos, observadas as normas do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) e da autoridade de aviação civil. A proposta também muda valores e tipos de ações sujeitas a taxas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

“Desafios ainda persistem no setor, a exemplo do custo crescente com combustíveis e desarranjo das cadeias de produção mundiais, de forma que a busca por eficiência e simplificação é crucial para melhor saúde financeira das empresas de aviação e para a prestação adequada dos serviços”, justificou o relator.

Segundo o texto, tanto as companhias aéreas quanto os que prestam serviços de intermediação de compra de passagem devem fornecer as informações pessoais do passageiro às autoridades federais competentes.

Mesmo favoráveis à medida, deputados da base governista argumentaram que ainda há mais modificações a serem feitas para desburocratizar o setor aéreo no país.

“Nós temos ainda muitos entraves, muitos problemas, mas eu tenho certeza de que este é um bom começo para se destravar a aviação brasileira, principalmente na sua origem, nos aeroclubes, nas escolas de aviação e no transporte aéreo de menor potencial, de menor grandeza. Por isso, há incentivos claros à aviação geral nesta medida provisória, que trarão, com certeza, muitos frutos daqui a alguns anos”, afirmou o deputado Coronel Tadeu (PL-SP).

Editada pelo governo federal em dezembro do ano passado, a MP já está em vigor e foi regulamentada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com as novas condições do processo de certificação a que devem se submeter as companhias interessadas em explorar o transporte aéreo no país.

Indisciplinados

O texto de Peternelli inclui dispositivo para punir passageiros indisciplinados. A proposta permite que companhias aéreas deixem de vender, por até 12 meses, bilhete ao passageiro que tenha praticado ato de indisciplina considerado gravíssimo. A restrição de venda não poderá ser aplicada a passageiros em “cumprimento de missão de Estado”, como policiais ou militares.

O tema ainda será regulamentado e o texto deverá prever também o tratamento dispensado a esse passageiro no momento do ocorrido. Essa regulamentação também incluirá a forma para que os dados de identificação do passageiro que tenha praticado ato gravíssimo de indisciplina sejam compartilhados pela companhia com outras prestadoras de serviços aéreos.

Oposição

Parlamentares de partidos de oposição tentaram adiar a análise da medida ao obstruir a votação. Para o deputado Afonso Florence (PT-BA) a medida provisória “é perigosa para a vida de brasileiras e brasileiros” ao retirar a competência da Agência Nacional de Aviação Civil para avaliar a proposta de construção de aeródromos.

“Imaginem que ela retira a competência da Anac de avaliar a proposta de construção de aeródromos. Um investidor vai construir uma pista de pouso, de decolagem, sem a aprovação da Anac, para só depois pedir a autorização da agência. Imaginem se, após um investimento de milhões, aquele aeródromo não fosse credenciado? Provavelmente será! E se ele tiver que ser submetido a uma apreciação posterior à construção, por que não é submetido à apreciação antes da construção?”, questionou.

Na avaliação da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), a medida vai, “na prática, aumentar o valor das passagens.”

“Estamos falando de um país de dimensões continentais. Não é possível que o controle, consequentemente, a concessão sobre a circulação neste território seja feita sem nenhum tipo de regulamentação e de acompanhamento do Estado. Isso significa principalmente que os rincões do país, para você poder acessá-los, ou para você se deslocar, as passagens vão ser ainda mais caras do que acontece hoje, sem contar que isso pode aumentar o risco muito grande no trânsito aéreo”, disse.

* Com informações da Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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