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Ficou sabendo? Fome na África se alastra; recado de Musk e surto na China

Miséria e doenças explodiram no continente africano e estão prestes a piorar

Elon Musk diz que ficará 2 anos sem vender ações da Tesla

O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, afirmou que vai ficar cerca de dois anos sem vender ações da montadora de carros elétricos.

Musk fez o comentário na quinta-feira, enquanto participava de um bate-papo no Twitter Spaces. Ele afirmou ainda que prevê que a economia norte-americana vai entrar em uma “recessão grave” em 2023 e que a demanda por produtos de preços elevados vai cair.

Os comentários de Musk vieram depois que o movimento de venda de ações da Tesla se aprofundou na quinta-feira diante de preocupações sobre desaceleração na demanda por carros elétricos e com a distração do bilionário no Twitter.

“Não vou vender ações….provavelmente por dois anos. Definitivamente não vai ser no próximo ano em qualquer circunstância e provavelmente não vai ser no ano seguinte”, disse Musk.

O bilionário já fez promessas sobre ficar sem vender ações da Tesla antes de vender de fato papéis da empresa. Na semana passada, ele revelou a venda de um lote de mais 3,6 bilhões de dólares em papéis da montadora o que elevou o total vendido para 40 bilhões de dólares desde o final do ano passado. A venda frustrou investidores uma vez que as ações da companhia estão no menor nível em mais de dois anos.

“Eu precisei vender algumas ações para ter certeza de estar preparado para o pior cenário”, disse o bilionário. “O (Twitter) é talvez 10% da complexidade da Tesla”, disse Musk.

China estima 37 milhões de casos de Covid em 1 dia

Quase 37 milhões de pessoas na China podem ter sido infectadas com Covid-19 em um único dia nesta semana, de acordo com estimativas da principal autoridade de saúde do governo, o que torna o surto enfrentado pelo país de longe o maior do mundo.

Até 248 milhões de pessoas, ou quase 18% da população, podem ter se contagiado com o coronavírus nos primeiros 20 dias de dezembro, de acordo com a ata de uma reunião interna da Comissão Nacional de Saúde da China realizada na quarta-feira e confirmada com pessoas envolvidas nas discussões. Se for correta, a taxa de infecção superaria o recorde diário anterior de cerca de 4 milhões, estabelecido em janeiro de 2022.

O rápido desmantelamento dos controles da política de Covid Zero pelo governo de Pequim levou à propagação irrestrita de variantes ômicron altamente contagiosas em uma população com baixos níveis de imunidade natural. Mais da metade dos moradores da província de Sichuan, no sudoeste da China, e da capital Pequim pegou Covid, segundo estimativas da agência.

Não está claro como a agência de saúde chinesa chegou à estimativa, já que o país fechou sua rede onipresente de postos de testes de PCR no início deste mês. Identificar o número exato de casos de Covid se tornou mais complicado em outros países durante a pandemia, pois testes de laboratório antes difíceis de obter foram substituídos por kits domésticos com resultados que não foram coletados por um órgão central.

A Comissão Nacional de Saúde da China não respondeu a um pedido de comentário enviado por fax pela Bloomberg News. O recém-fundado Escritório Nacional de Controle de Doenças da comissão, que supervisiona a resposta à Covid, também não respondeu a telefonemas e faxes nesta sexta-feira.

Os chineses agora usam testes rápidos de antígeno para saber se foram contagiados e não são obrigados a informar resultados positivos. Ao mesmo tempo, o governo parou de publicar o número diário de casos assintomáticos.

Chen Qin, economista-chefe da consultoria de dados MetroDataTech, prevê que a onda atual de Covid na China atingirá o pico entre meados de dezembro e o fim de janeiro na maioria das cidades, com base em uma análise de pesquisas de palavras-chave online. Seu modelo sugere que o surto da reabertura já é responsável por dezenas de milhões de casos diariamente, com a maior parte nas cidades de Shenzhen, Xangai e Chongqing.

A ata da reunião não mencionou comentários sobre quantas pessoas morreram. O documento cita Ma Xiaowei, chefe da Comissão, reiterando a nova definição, muito mais restrita, usada para calcular as mortes por Covid. Embora reconheça que as mortes ocorrerão inevitavelmente devido à velocidade de propagação do vírus, Ma destacou que apenas pessoas que morrem de pneumonia induzida por Covid devem ser incluídas nas estatísticas de mortalidade.

Autoridades disseram que Pequim – que foi atingida primeiro – começa a ver um pico de casos graves e críticos de Covid, mesmo com a menor da taxa geral de casos. Mas o surto se espalha dos centros urbanos para a China rural, onde muitas vezes faltam recursos médicos. A agência alertou todas as regiões para se prepararem para uma onda de casos graves.

Os 37 milhões de casos diários estimados para 20 de dezembro são um impressionante desvio da contagem oficial de apenas 3.049 infecções registradas na China naquele dia. Também é várias vezes maior que o recorde mundial anterior da pandemia. Os casos globais atingiram um recorde de 4 milhões em 19 de janeiro de 2022, em meio à onda inicial de infecções pela ômicron após seu surgimento na África do Sul, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Fome e doenças explodiram na África e estão prestes a piorar

Desastres climáticos causados pelo clima em uma dúzia de países africanos estão ameaçando o desenvolvimento físico e mental de toda uma geração e a situação deve piorar ainda mais no próximo ano, alertou o chefe da Fundação OMS.

A pior seca em pelo menos quatro décadas no Chifre da África, no leste do continente, e inundações e escassez de água na região do Sahel, na África Ocidental, deixaram 76 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. Partes da Somália estão à beira da fome.

Os desastres, exacerbados por conflitos, estão levando à desnutrição infantil e causando surtos de doenças à medida que as pessoas migram em busca de água e alimento, e os sistemas de saúde superlotados lutam para responder, disse Anil Soni, diretor executivo da Fundação OMS.

A Organização Mundial da Saúde arrecadou menos da metade de sua meta de cerca de US$ 200 milhões para as duas regiões este ano. A fundação arrecada dinheiro em nome da OMS.

A combinação de fome e conflito “vai afetar o desenvolvimento físico e mental das crianças nas próximas gerações”, disse Soni em entrevista na quarta-feira. “Acredito que a rapidez com que agimos definirá se perderemos ou não cerca de milhões de vidas.”

Nas regiões do Sahel e do Chifre da África, 15 milhões de pessoas foram deslocadas internamente por desastres climáticos e conflitos. Nigéria, Burkina Faso, Etiópia, Somália, Sudão e Sudão do Sul estão entre as nações mais afetadas.

Atualmente, existem surtos de cólera em sete países nas duas regiões e sarampo em oito. Seis países estão enfrentando surtos de febre amarela e há casos de hepatite E, causada por água potável contaminada, além de dengue, antraz e meningite.

No Chifre da África, as chuvas falharam por cinco temporadas consecutivas, sendo a última a mais seca em 70 anos. Mesmo assim, uma inundação atinge 40% das terras do Sudão do Sul, que fica na periferia da região. É o terceiro ano seguido em que isso aconteceu.

No Sahel, que inclui nações como Mali e Níger, os níveis de desnutrição são 60% maiores do que em 2018. Cerca de 1,4 milhão de crianças menores de cinco anos sofrem de emagrecimento severo, que é causado por desnutrição aguda e que resulta em diarreia e comprometimento do sistema imunológico.

‘Piora’

“Não há razão para acreditar que o clima no ano que vem será melhor do que este ano”, disse Soni. “O que é visto a cada ano é uma piora.”

A OMS tem trabalhado em conjunto com o Programa Alimentar Mundial e outras organizações nas duas regiões, enfrentando as crises de saúde que acompanham a fome e a migração em massa. O banditismo no nordeste da Nigéria e a atividade jihadista em grande parte da região estão complicando seus esforços.

“A deterioração da segurança agrava a situação na zona do Sahel, com dificuldades na prestação de cuidados médicos em áreas afetadas por conflitos ou ataques a profissionais e infraestruturas de saúde”, disse a fundação em resposta a perguntas.

“Tenho confiança de que, infelizmente – e esta é uma declaração séria a ser feita –, haverá mais pessoas necessitadas no próximo ano do que agora”, disse Soni.

*Com Reuters e Bloomberg

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