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Fundos DI: o que são e como funcionam?

Tipo de investimento conservador, os Fundos DI são indicados para quem busca baixo risco.

Homem com mãos em cima do notebook acompanhando operação da bolsa de valores

O investidor que  está buscando informações sobre as melhores opções de investimentos bem possivelmente se depara com alguma recomendação de Fundos DI.

Afinal, essa aplicação é bastante comum no Brasil, especialmente entre iniciantes no mercado financeiro, já que pode ser encontrada em diferentes plataformas de investimentos, desde bancos tradicionais até fintechs e corretoras de valores independentes.

Veja abaixo perguntas e respostas para entender  o que são os Fundos DI, como eles funcionam e como é possível investir nesse tipo de fundo..

O que é um fundo DI?

Um fundo DI é um tipo de fundo de investimento referenciado, ou seja, cuja rentabilidade acompanha um indicador específico, neste caso, o CDI (Certificados de Depósito Interbancário).

Essa aplicação é considerada um fundo de renda fixa, já que, para ser um fundo DI, é preciso que a carteira invista a maior parte do patrimônio em ativos com baixo risco de crédito, como os títulos públicos federais.

O CDI, indicador de referência dos fundos DI, representa os empréstimos que as instituições financeiras fazem entre si no curtíssimo prazo, com o objetivo de manter o balanço de caixa diário dos bancos com saldo positivo. 

Assim, a taxa do CDI é a média dos juros cobrados nessas operações, que é calculada pela B3, a bolsa de valores do Brasil. Essa taxa está diretamente vinculada à Selic, a taxa básica de juros da economia, definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) a cada 45 dias.

De acordo com a classificação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), não existe uma categoria única que englobe todos os fundos DI disponíveis no mercado, e eles podem estar espalhados em diferentes subdivisões das classificações dos fundos de renda fixa.

Como os fundos DI utilizam a taxa do CDI como índice – acompanhando a variação da taxa básica de juros -, eles são procurados principalmente por investidores que estão buscando um ativo seguro para fazer uma reserva de emergência ou proteger seu patrimônio da inflação e das variações do mercado financeiro.

Porém, antes de escolher um fundo DI para aplicar o seu dinheiro, é importante o investidor conferir com atenção as taxas de administração cobradas pelo administrador do fundo sobre  sua rentabilidade líquida e fazer os cálculos. A ideia é evitar que os rendimentos sejam prejudicados por taxas muito elevadas. 

Como funcionam os fundos DI?

Confira abaixo as características específicas de liquidez, rentabilidade e tarifas dos fundos DI: 

Liquidez

Em geral, os fundos DI oferecem liquidez diária (e, às vezes, até mesmo imediata). Ou seja, é possível resgatar o valor investido a qualquer momento e receber o dinheiro de volta na conta, sem que haja perda do patrimônio em função da retirada.

De qualquer forma, antes de investir em um fundo DI, é importante conhecer os prazos de resgate, que devem constar no regulamento do ativo. O indicado é procurar  saber a data de conversão e de pagamento para não ser pego de surpresa.

Rentabilidade

Os fundos DI têm como característica principal o fato de acompanharem o desempenho da taxa do CDI. Em geral, a carteira desses fundos é composta por títulos públicos ou privados, e a rentabilidade é diária. Assim, o cálculo do rendimento das aplicações é feito todos os dias, e o valor é creditado no patrimônio do investidor.

Com isso, mesmo que o investidor decida resgatar o dinheiro aplicado no dia seguinte ao investimento, ele deverá receber a remuneração equivalente ao período em que teve o fundo DI em sua carteira, ainda que seja de apenas um dia.

É importante destacar que, mesmo  que sejam atrelados à taxa do CDI, os fundos DI terão a rentabilidade real um pouco abaixo desse indicador. Isso porque ainda é preciso arcar com a taxa de administração.

Para ter uma ideia real do desempenho de um fundo DI, basta procurar essa informação no próprio site do banco ou corretora, que costuma trazer dados históricos de rentabilidade do fundo. Também é possível buscar pela aplicação no portal da Anbima ou da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

Tarifas

Os fundos DI têm cobrança de uma taxa de administração, feita pelo gestor do fundo sobre o patrimônio total da aplicação. É importante observar o valor dessa taxa antes de investir em um fundo DI, já que, quanto mais altas as tarifas, menor a rentabilidade líquida que o investidor obterá.

Além disso, é preciso arcar com a cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos. As alíquotas seguem a tabela regressiva de investimentos de renda fixa.

Para fundos DI de longo prazo:

  • Até 180 dias – 22,5%
  • De 181 a 360 dias – 20%
  • De 361 a 720 dias – 17,5%
  • Acima de 720 – 15%

Para fundos DI de curto prazo:

  • Até 180 dias – 22,5%
  • Acima de 180 dias – 20%

A cobrança de IR sobre fundos DI segue o modelo do come-cotas, ou seja, a tributação ocorre semestralmente, nos meses de maio e novembro – e não somente na hora do resgate do investimento.

Quando o resgate do valor investido em fundos DI é feito antes de a aplicação completar 30 dias, também é preciso arcar com a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Quais são os tipos de fundos DI?

Em 2015, a Anbima reorganizou a classificação dos Fundos de Investimento, acabando com o uso do termo mais genérico “Fundo DI”. Dessa forma, esses fundos são classificados de acordo com seu nível, sendo:

  • Nível 1: a classe principal de ativos. No caso dos fundos DI, eles se enquadram na opção de Renda Fixa (quando ao menos 80% do patrimônio é alocado em ativos vinculados à variação da taxa de juros ou de índices de preço);
  • Nível 2: tipo de gestão do fundo, que pode ser passiva ou ativa. Na gestão ativa, a classificação é subdividida em Indexados, Ativos ou de Investimento no Exterior. Em geral, os fundos DI são indexados, por estarem atrelados à taxa do CDI;
  • Nível 3: refere-se à estratégia central dos fundos, que se dividem entre soberanos, dinâmicos, setoriais ou outros.

A maioria dos Fundos DI se divide em duas denominações:

  • Fundos de Renda Fixa Baixa Duração Grau de Investimento: investem pelo menos 80% da carteira nos títulos públicos federais;
  • Fundos de Renda Fixa Baixa Duração Soberano: investem 100% em títulos públicos federais.

A composição exata da carteira varia de acordo com cada fundo DI, e é preciso analisar cada aplicação diretamente com as instituições financeiras que o investidor escolher. 

Como investir nesse tipo de fundo?

Antes de começar a investir em fundos DI, é importante analisar se esse tipo de aplicação está alinhada com os objetivos e o seu perfil de investidor. Em geral, esse tipo de fundo é procurado por quem busca um ativo mais conservador, que tenha baixo risco e liquidez diária.

Após avaliar os riscos, quem decidir pelo investimento precisa pesquisar as opções disponíveis no mercado, acessando o site ou a plataforma de investimentos dos bancos ou corretoras e procurando por Fundos de Investimento. 

Em seguida, é preciso comparar os diferentes fundos, analisando o histórico de rentabilidade da aplicação, taxas cobradas, nível de risco dos ativos incluídos na carteira e valor mínimo de aporte.

Antes de concluir a operação, é recomendado ler atentamente o regulamento do fundo DI e a política de investimentos para não ficar com nenhuma dúvida. 

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