Nesta quarta-feira (22), por volta das 7h40, a criptomoeda era negociada a US$ 107.965,10, com leve baixa de 0,10% no dia. Se continuar nesse ritmo, pode fechar o mês no vermelho, indo na contramão das expectativas – mas ainda há tempo para virar o jogo, claro.
E enquanto bitcoin e as principais altcoins patinam em território negativo, à espera de ventos macro positivos, uma cripto tímida, fora dos holofotes, está arrasando por aí: é a zcash, ou ZEC, para os íntimos.
Nos últimos 30 dias, ela saltou de US$ 48,28 para US$ 272,42 — um super pulo de 461% – segundo dados da plataforma CoinMarketCap. Para comparação, o bitcoin caiu 3,7% no mesmo período, o ethereum (ETH) recuou 7,6% e a Solana (SOL), coitada, perdeu 16% do valor.
OK, mas o que está acontecendo?
Um dos principais catalisadores da cripto – criada em 2016 por uma empresa gringa chamada Electric Coin Company (ECC) – e a aproximação do seu terceiro halving, previsto para novembro deste ano. O halving é uma atualização programada na blockchain de um ativo digital que reduz pela metade sua nova emissão – o bitcoin já passou por quatro, por exemplo.
Esse processo é como se o governo reduzisse a impressão de dinheiro. E aí entra aquela regra básica da economia: quando a oferta de um ativo é reduzida, e a demanda permanece alta ou crescente, o preço valoriza.
Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, está de olho na ZEC. Ela acredita que se houver continuidade da alta, os próximos alvos estão nas regiões de liquidez dos US$ 307 e US$ 372.
No entanto, falou, “caso entre fluxo vendedor e reverta o movimento, os suportes de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 225 e US$ 179”, falou Ana. Ou seja, não há garantia de alta e nem de baixa.
Veja as cotações das principais criptomoedas às 7h40:
Bitcoin (BTC): -0,10%, US$ 107.965,10
Ethereum (ETH): – 0,58%, US$ 3.840,60
XRP (XRP): -1,00%, US$ 2,38
BNB (BNB): – 0,40%, US$ 1.063,25
Solana (SOL): -0,51%, US$ 184,07
Outros destaques do mercado cripto
Território incerto. O mercado cripto continua em compasso de espera – especialmente no caso do bitcoin. O Índice de Medo e Ganância, que mede o sentimento dos investidores numa escala de 0 (medo extremo) a 100 (ganância elevada), segue em território de medo há sete dias seguidos. Segundo a CoinDesk, esse comportamento costuma aparecer antes de formações de fundo no preço do BTC – ou seja, pode ser um sinal de que o mercado está perto de encontrar suporte (faixa de preço em que a força compradora é forte o suficiente para impedir que o valor caia ainda mais).
A nova estrela do mercado. As stablecoins – criptomoedas atreladas a ativos como o dólar ou o ouro – devem “alimentar a próxima fase de crescimento” do mercado cripto, segundo um relatório do Citi divulgado recentemente. O banco vê tokens como USDC e USDT com grande potencial para atrair capital de empresas e investidores, mas ressalta: o sucesso dessa expansão ainda depende do avanço da regulação global do setor.