O mercado de criptomoedas segue pressionado nesta sexta-feira (26), com o bitcoin acumulando perdas e negociado em torno de US$ 109 mil. A cautela reflete a combinação de fatores macroeconômicos e eventos específicos do setor, que podem definir os rumos de curto prazo.

Nos Estados Unidos, a atenção está voltada para a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE), indicador de inflação preferido do Federal Reserve. O dado pode influenciar os próximos passos da política monetária, em meio ao dilema entre conter a inflação ou estimular o crescimento econômico. A possibilidade de novas tarifas comerciais, defendidas pelo presidente Donald Trump, também adiciona risco ao cenário.

No mercado de cripto, a atenção está voltada para o vencimento de mais de US$ 17 bilhões em contratos de opções de bitcoin nesta sexta-feira, um dos maiores já registrados. Esses contratos funcionam como apostas de traders sobre os preços futuros do ativo. Quando vencem em grande volume, costumam trazer volatilidade, já que investidores ajustam suas posições. Analistas alertam que, se o bitcoin perder a região de US$ 108 mil, pode haver uma onda de vendas automáticas, com potencial de ampliar as quedas.

Por outro lado, parte dos investidores continua confiante no médio prazo. Muitos têm comprado contratos que preveem preços mais altos para o fim do ano, sinalizando expectativas de recuperação e de que o bitcoin volte a testar níveis mais elevados nos próximos meses.

Desempenho das principais criptomoedas

Veja as cotações das principais criptomoedas às 8h24:

Bitcoin (BTC):  – 2,45%, US$ 108.774,27

Ethereum (ETH): – 2,87%, US$ 3.886,68

XRP (XRP): – 3,66%, US$ 2,70

BNB (BNB): – 4,77%, US$ 935,71

Solana (SOL): – 4,87%, US$ 191,55

Outros destaques do dia:

TRON (TRX): + 0,79%, US$ 0,3338

Principais notícias do setor cripto

Anistia cripto” prevê imposto reduzido para regularização. O relator da MP 1.303/2025, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), propôs um programa que permite a investidores regularizar ou atualizar seus criptoativos pagando 7,5% sobre o valor de mercado até dezembro de 2025. A medida pode reduzir a carga tributária em vendas futuras, já que o custo de aquisição passa a ser atualizado, mas também extingue a isenção de R$ 35 mil mensais para ganhos de capital com criptomoedas. Na prática, quem aderir ao RERAV pode se proteger de fiscalizações e otimizar a tributação, enquanto todos os investidores passam a enfrentar uma alíquota única de 17,5% em aplicações financeiras.

21Shares estreia na B3 com ETPs de criptoativos. A 21Shares, maior emissora global de produtos listados em bolsa de criptoativos (ETPs), estreou nesta quarta (24) no Brasil com lançamento na B3. A gestora, que administra US$ 11 bilhões e já oferece mais de 50 produtos pelo mundo, passa a disponibilizar opções que permitem investir em criptomoedas como bitcoin, ethereum e solana de forma regulada, sem precisar lidar com carteiras digitais. A chegada reforça o peso do Brasil como um dos maiores mercados cripto do mundo, com cerca de 25 milhões de investidores, e amplia o acesso local a alternativas seguras e transparentes de exposição ao setor.