O mês de setembro foi de queda para o mercado de criptomoedas, contrariando a expectativa de alta. No novo relatório “Cenário Cripto” do Itaú BBA, os analistas Lucas Piza e Fabio Perina apontam que o setor passou por desvalorizações significativas, com o bitcoin e outras moedas se distanciando das suas máximas históricas. O documento indica que não há um movimento claro de recuperação no curto prazo, e a tendência de médio prazo do mercado segue indefinida.

Para o mês de outubro, porém, o mercado de criptoativos começa o mês em alta, impulsionado por um otimismo sazonal conhecido como “Uptober”. O bitcoin chegou a ser negociado perto dos US$ 120 mil nesta sexta-feira (3), o maior valor em sete semanas, após um período marcado por liquidações que apagaram bilhões de dólares em posições alavancadas no final de setembro.

Esse movimento de recuperação é reforçado por entradas constantes em fundos de índice (ETFs) de bitcoin nos Estados Unidos e por expectativas de um impulso de liquidez em meio à ameaça de paralisação do governo americano. Segundo analistas, a paralisação poderia atrasar a divulgação de dados econômicos importantes e redirecionar capital para ativos alternativos, como as criptomoedas.

Apesar do otimismo, o cenário ainda exige cautela. O relatório do Itaú BBA destaca que, para entrar em uma tendência de alta consistente, o bitcoin ainda precisa superar a barreira do preço de US$ 120 mil.

Desempenho das principais criptomoedas

Veja as cotações das principais criptomoedas às 8h35:

Bitcoin (BTC):  + 1,33%, US$ 120.314,01

Ethereum (ETH): + 2,14%, US$ 4.478,10

XRP (XRP): +1,51%, US$ 3,03

BNB (BNB): + 5,61%, US$ 1.104,29

Solana (SOL): + 2,14%, US$ 230,17

Outros destaques do dia:TRON (TRX): + 0,64%, US$ 0,3432

Principais notícias do setor cripto

Belo Horizonte se autodeclara “capital do bitcoin”. O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (UB), sancionou nesta quinta-feira (2) a lei que concede ao município o título de “capital do bitcoin”. A proposta, de autoria do vereador Vile Santos (PL), busca consolidar a cidade como polo tecnológico de criptoativos, promovendo eventos, capacitação e iniciativas voltadas à inovação no setor. A legislação prevê estímulos para atrair investimentos, fortalecer a educação financeira e apoiar empreendedores e estudantes, com a meta de posicionar a capital mineira como referência nacional em adoção e desenvolvimento de soluções ligadas ao Bitcoin e demais criptoativos.

JP Morgan projeta bitcoin a US$ 165 mil. Segundo uma análise do J.P. Morgan, o bitcoin pode atingir o valor de US$ 165 mil até o final de 2025. Os analistas do banco consideram que o bitcoin está significativamente desvalorizado em relação ao ouro, ao ajustar a comparação pela volatilidade. A projeção de alta é impulsionada principalmente por investidores de varejo que, desde o final de 2024, têm direcionado seu capital para ETFs de bitcoin e ouro. Essa tendência é chamada de “debasement trade”, um movimento de busca por ativos que funcionem como reserva de valor em meio a preocupações com a economia global, como inflação, endividamento de governos e instabilidade geopolítica.