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Negócios

Ação da Cielo chega a cair mais de 8% após balanço do 2º trimestre

Empresa teve lucro líquido de R$ 708,5 milhões, avanço de 11,5% frente ao mesmo período de 2022.

A ação da Cielo (CIEL3) se destacou entre as principais quedas do Ibovespa nesta quarta-feira (2), com o mercado repercutindo a divulgação do balanço da empresa referente ao 2º trimestre de 2023. No dia, o papel recuou 9,15%, a R$ 4,27, tendo chegado a mínima de R$ 4,26.

A empresa informou na noite de terça-feira (1º) que teve lucro líquido de R$ 708,5 milhões no segundo trimestre, um avanço de 11,5% frente ao mesmo período de 2022. O resultado foi puxado por elevação de receitas, queda nas despesas e efeito contábil positivo por reversão de provisões, segundo a empresa. 

Crédito: Adobe Stock

Após a divulgação dos números, o BTG manteve a recomendação de compra para o papel, apesar do que classificou como um “momento mais fraco” para a empresa. Os analistas justificam a manutenção da indicação “principalmente devido a uma avaliação atraente e visão construtiva sobre Cateno”, em referência à empresa na qual a Cielo tem participação majoritária. 

“O negócio forte e gerador de caixa da Cateno está subsidiando o braço de aquisição” Cielo Brasil, segundo o BTG, “que já é visto como um gerador de baixo valor e parece estar se deteriorando ainda mais”.

Já os especialistas do Itaú BBA classificaram o balanço como “ligeiramente negativo”, e apontaram que “os rendimentos da receita subiram menos do que o esperado e podem ter atingido o pico no 2T23”. Como ponto positivo, eles destacaram “o aumento da penetração do pré-pagamento, com as receitas deste segmento compensando a perda de volumes de cartões”.

“Os volumes da Cateno também foram fracos, mas compensados ​​pelas margens”

Itaú BBA, em relatório

Para o Itaú BBA, as ações da Cielo “têm um preço justo” e “é provável que permaneçam assim por um tempo, dadas as revisões negativas de ganhos”.

Já os analistas da Genial rebaixaram a recomendação da Cielo para “manter” e reduziram o preço alvo de R$ 5,65 para R$ 5,15.

“Sem nenhum gatilho de curto prazo e  volumes bem mais fracos, estamos com receio de que a competição aumente. Portanto, apesar dos múltiplos atraentes, estamos rebaixando nossa recomendação”

Genial investimentos, em relatório

Em relatório, o Santander apontou que o lucro líquido recorrente de 486 milhões ficou “ligeiramente abaixo” da estimativa de R$ 496 milhões da casa. “Os volumes de aquisição ficaram 2% abaixo da nossa já fraca estimativa”, acrescentaram os especialistas.

Eles apontando ainda: “o rendimento da receita melhorou, como esperávamos, e os volumes da Cateno mostraram resiliência”. O Santander classifica a ação CIEL3 como Outperform, com preço alvo de R$ 7,50.

Destaques do balanço

Além do resultado de R$ 708,5 milhões, a Cielo informou que teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,43 bilhão, avanço de 20,9% na comparação anual. Na base recorrente, o Ebitda foi de R$ 1,05 bilhão, alta de 14,3% contra um ano antes.

A Cielo, que além da marca de mesmo nome também tem participação majoritária na empresa Cateno, registrou receita operacional líquida consolidada de R$ 2,6 bilhões no trimestre, alta de 4% na base anual, com crescimento em ambas as unidades.

A empresa atribuiu o crescimento a fatores como efeitos de ações tomadas nos últimos trimestres para aumento de rentabilidade e mix mais favorável de produtos.

No negócio da marca Cielo, seu principal gerador de receita, o volume financeiro de transações (TPV) foi de R$ 195,8 bilhões no período de abril ao fim de junho, queda de 11,4%.

As despesas operacionais totais da Cielo recuaram 64,5%, para R$ 46,7 milhões, no segundo trimestre frente a um ano antes.

A Cielo ainda foi beneficiada em R$ 222,5 milhões por reversão de provisões após julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) em junho manter a cobrança do Imposto sobre Serviço (ISS) no município-sede da empresa prestadora e não nas cidades onde estão os tomadores de serviços.

(* com informações da Reuters)

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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