A dona das cadeias de restaurantes Madero e Jeronimo pediu registro para uma oferta inicial de ações (IPO), buscando recursos para pagar dívidas e expandir os negócios.
Com sede no Paraná e 238 unidades pelo país, a Madero foi fundada em 2005 pelo empresário Luiz Durski Junior.
Em 2020, Durski Junior se envolveu em uma polêmica, após ter afirmado que as consequências do isolamento social seriam piores do que as mortes causadas pela covid-19. Atualmente, a pandemia já matou mais de 550 mil pessoas no Brasil.
No ano passado, refletindo os efeitos das restrições devido à pandemia, a receita líquida da Madero caiu 12% na comparação com 2019, para R$ 747 milhões. A companhia também amargou prejuízo de R$ 249 milhões em 2020 e outra perda de R$ 90 milhões no primeiro semestre deste ano.
No prospecto preliminar da oferta, porém, a empresa afirma que as vendas de suas lojas já atingiram níveis similares aos de antes da pandemia e que usará metade dos recursos das ações novas para seu plano de expansão.
A outra metade dos novos recursos será usada para pagar dívidas. Desde o fim de 2020 até final de junho passado, a dívida líquida da Madero subiu de R$ 652,3 milhões para R$ 913,6 milhões.
A oferta, que será coordenada por BTG Pactual, Bank of America, Bradesco BBI, Itaú BBA, UBS-BB e JPMorgan, também servirá para que atuais sócios da companhia, incluindo o fundo de private equity Carlyle, de cujo fundo Madrid investiu R$ 70 milhões na companhia em 2019.
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