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Negócios

Empresa de patinetes Lime deixa São Paulo e Rio

Decisão faz parte do projeto da empresa para sair do vermelho

Por Estadão Conteúdo

A empresa de patinetes elétricos Lime, anunciou na quinta-feira (9) a saída de São Paulo e Rio de Janeiro, após seis meses de operação nas cidades. O movimento da Lime faz parte de um esforço global para sair do vermelho – analistas estimam que a empresa teve prejuízo de US$ 300 milhões em 2019.

Além de sair do mercado brasileiro, a Lime deixará outras cinco cidades na América Latina: Bogotá, Buenos Aires, Montevidéu, Lima e Puerto Vallarta (México). As operações também serão encerradas em Atlanta, Phoenix, San Diego e San Antonio (EUA) e Linz (Áustria). Cerca de 100 funcionários serão demitidos.

“Independência financeira é nosso objetivo para 2020, e estamos confiantes de que a Lime será a primeira companhia da nova geração de mobilidade a atingir lucratividade”, escreveu em comunicado Brad Bao, presidente executivo da empresa. Até o momento, a Lime, que está avaliada em US$ 2,4 bilhões, sobrevive com o dinheiro de investidores. Em 2018, o Uber, fez um aporte de US$ 335 milhões na companhia.

Alcançar a lucratividade, porém, não é uma tarefa tão simples: o custo de manutenção dos patinetes é alto. No Brasil, com aparelhos importados, isso é um problema ainda maior.

Além disso, todo o custo de operação de patinetes precisa ser absorvido pelas empresas, uma lógica diferente de serviços como o Uber, que “emprestam” dos motoristas sua frota de carros.

Com tudo isso, a Lime nunca conseguiu oferecer preço competitivo no País – era sempre a opção mais cara quando comparada aos rivais nacionais Grin/Yellow. Em dezembro, John Paz, diretor da Lime no Brasil, admitiu ao jornal O Estado de S. Paulo que a empresa era deficitária no País mesmo apresentando taxas de crescimento de 20% ao mês.

Sobram agora no mercado brasileiro, a Grin/Yellow, Scoo e Uber, que tem uma operação teste em Santos desde novembro.

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