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Negócios

Eneva obtém R$ 3,2 bilhões em oferta de ações

Papel foi precificado a R$ 14 na operação

Eneva Complexo de Parnaíba
Eneva Complexo de Parnaíba

A Eneva levantou R$ 3,2 bilhões em uma oferta subsequente de ações ordinárias (follow-on), precificada a R$ 14 por papel.

O preço veio praticamente em linha com o fechamento do papel na quinta-feira, a R$ 13,95. Foram ofertadas 228,6 milhões de ações.

Os recursos serão usados para financiar projetos de geração de energia, exploração de gás natural e possíveis atividades de fusões e aquisições, de acordo com a Eneva.

A companhia é um dos maiores investidores independentes no setor de gás natural do Brasil.

O BTG Pactual atuou como coordenador líder da operação, que também contou com a assessoria de Itaú BBA e Bradesco BBI.

O follow on faz parte de acordos anunciados em julho junto ao BTG Pactual, seu principal acionista, disse o presidente da Eneva, Lino Cançado, no início de outubro.

O negócio inclui a aquisição pela Eneva de usinas termelétricas do BTG, em operação que tornará a companhia a plataforma do banco para atuar em geração de energia e gás natural.

Conforme o anúncio de julho, os acionistas da companhia, como o BTG (23,3%), Cambuhy Investimentos (20%) e Partners Alpha (15%), tiveram direito de prioridade para subscrever até a totalidade das novas ações no follow on.

LEIA MAIS: Eneva busca gás na Bacia do Paraná com investimento inicial de R$ 200 milhões

Cançado, ressaltou que, com a operação, a companhia terá um acionista controlador mais próximo, com intenção de explorar a capacidade da plataforma da companhia para capturar oportunidades seja no mercado de geração elétrica, de gás ou de petróleo.

Dentre as oportunidades de investimento, Cançado reiterou que a operação deixará a companhia mais competitiva para participar do leilão de reserva de capacidade, em preparação pelo governo, mas ainda sem data marcada.

No certame, a empresa prevê ganhar contratos para expandir a capacidade da termelétrica Celse em seu Hub Sergipe, além de recontratar as térmicas Parnaíba I e Parnaíba III, cujos contratos vencem no fim de 2027, conforme a empresa falou anteriormente. Também há previsão de recontratação e possíveis projetos de pequenas expansões para usinas que são do BTG.

A licitação, que deverá gerar oportunidades para geradores termelétricos e hidrelétricos, estava originalmente prevista para ocorrer em agosto, mas o Ministério de Minas e Energia não publicou até agora as regras finais e um cronograma atualizado.

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