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Ficou sabendo? BYD critica Anfavea; EUA dizem que Google trapaceou; Alibaba

BYD critica Anfavea sobre defesa de volta de imposto de importação para carros elétricos.

BYD critica Anfavea sobre defesa de volta de imposto de importação para carros elétricos

A montadora chinesa BYD não acredita que o governo federal vai anunciar neste mês o fim da isenção do imposto de importação para carros elétricos, e criticou a associação setorial Anfavea, que tem defendido há meses o retorno da tributação que foi zerada em 2015 durante o mandato de Dilma Rousseff.

Uma visão geral dos visitantes observando modelos da BYD, fabricante de automóveis chinesa, durante evento um dia antes da abertura oficial do Salão do Automóvel de Munique 2023 (IAA Mobility), em Munique, Alemanha 04/09/2023 REUTERS/Leonhard Simon

Na semana passada, o presidente da associação de montadoras de veículos Anfavea, Márcio Leite, afirmou a jornalistas que o fim da isenção de imposto de importação para os veículos elétricos vai ocorrer ao longo de três anos e deve ser anunciado próximo de medida provisória que trará os objetivos gerais da segunda fase da política automotiva Rota 2030, prevista para este mês.

“É descabido imaginar que o presidente de uma entidade dessa envergadura (Anfavea) possa colocar palavras na agenda de um governo que lutou tanto para trazer a COP 30 para o Brasil e dizer que vai haver uma taxação de carros elétricos que visam justamente contribuir para a proteção ao meio ambiente”, disse o conselheiro especial da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, nesta terça-feira em entrevista à Reuters. Baldy se referiu à cúpula global do clima que será realizada em Belém em novembro de 2025.

Procurada nesta terça-feira, a Anfavea não se manifestou.

“Nosso diálogo é com o governo e não tivemos qualquer discussão com o governo como essa (volta da taxação)”, afirmou o executivo, ex-ministro das Cidades no governo de Michel Temer.

EUA dizem que Google trapaceou para dominar segmento de buscas online

Os Estados Unidos argumentaram nesta terça-feira que o Google descumpriu regras para manter o domínio no segmento de buscas online, pagando 10 bilhões de dólares para garantir que rivais menores nunca conseguissem ganhar tração.

“Este caso é sobre o futuro da internet”, disse Kenneth Dintzer, que, em nome do Departamento de Justiça, argumentou que o Google começou em 2010 a manter ilegalmente o monopólio.

Google 16/05/2022 REUTERS/Peter DaSilva

O Departamento de Justiça dos EUA acusa o Google de pagar bilhões de dólares anualmente a fabricantes de dispositivos, como a Apple, empresas de telecomunicações, como a AT&T, e fabricantes de navegadores, como a Mozilla, para dar ao mecanismo de busca do Google uma participação de mercado de cerca de 90%.

Além disso, Dintzer disse que o Google manipulou leilões de anúncios na internet para elevar os preços aos anunciantes.

“As negligências são poderosas, a escala é importante e o Google manteve ilegalmente um monopólio por mais de uma década”, disse Dintzer. As consequências são que, sem uma concorrência séria, o Google inovou menos e deu menor atenção a outras questões, como a privacidade, disse ele.

O departamento também encontrou evidências de que o Google havia tomado medidas para proteger as comunicações sobre os pagamentos feitos a empresas como a Apple, afirmou Dintzer. “Eles sabiam que esses acordos ultrapassavam os limites antitruste”, afirmou.

A defesa do Google argumenta que sua participação de mercado esmagadoramente alta não se deve ao fato de ter infringido a lei, mas porque o mecanismo de busca é rápido e eficaz — além de gratuito.

Os consumidores, segundo os advogados do Google, podem excluir o aplicativo da empresa de seus dispositivos ou simplesmente digitar Bing, Yahoo ou DuckDuckGo em um navegador para usar um mecanismo de busca alternativo.

Eles argumentaram que os consumidores continuam usando o Google porque confiam nele para responder a perguntas e não se decepcionam.

Os argumentos de abertura do julgamento foram apresentados em um tribunal federal lotado em Washington, DC. A expectativa é de que o julgamento dure até dez semanas, com duas fases. Na primeira, o juiz Amit Mehta decidirá se o Google infringiu a lei antitruste na forma como gerencia o mecanismo de busca e os anúncios ligados a ele.

Se for constatado que o Google infringiu a lei, Mehta decidirá a melhor maneira de resolver o problema. Ele pode simplesmente ordenar que o Google interrompa as práticas que considerar ilegais ou decidir que a empresa venda ativos.

O governo, em sua queixa, solicitou “medidas estruturais conforme necessário”, mas não disse quais.

Novo presidente do Alibaba define usuários e inteligência artificial como prioridades

O novo presidente-executivo do Alibaba Group, Eddie Wu, disse aos funcionários que os dois principais focos estratégicos da gigante chinesa de tecnologia são “o usuário em primeiro lugar” e negócios “orientados por inteligência artificial”, de acordo com uma carta interna vista pela Reuters.

Wu, que enviou a carta em seu terceiro dia no cargo nesta terça-feira, também disse que o Alibaba se concentrará em promover funcionários jovens, citando especificamente aqueles nascidos depois de 1985, para formar o núcleo de suas equipes de gerenciamento de negócios nos próximos quatro anos.

Logo do Alibaba 24/07/2022 REUTERS/Dado Ruvic

Isso ajudará a manter uma “mentalidade de startup” e evitará que a empresa fique “presa em nossos velhos hábitos”, disse ele.

O novo presidente-executivo, um dos fundadores do Alibaba Group e braço direito de longa data do ex-presidente Jack Ma, definiu prioridades estratégicas em um momento em que a companhia atravessa a maior reestruturação organizacional de sua história de 24 anos.

No final do domingo, o Alibaba também anunciou que Wu atuará ao mesmo tempo como presidente-executivo da unidade de computação em nuvem, substituindo Daniel Zhang.

A notícia foi uma surpresa para muitos, já que Zhang havia dito em junho que estava deixando o cargo de presidente-executivo da companhia para se concentrar na divisão de computação em nuvem, que tem como objetivo fazer um IPO até maio de 2024.

O Cloud Intelligence Group, avaliado entre 41 bilhões e 60 bilhões de dólares neste ano, está entre as cinco unidades que o Alibaba está desmembrando como parte da reestruturação.

“Na próxima década, o agente de mudança mais significativo será a inteligência artificial em todos os setores”, disse Wu na carta. “Se não acompanharmos as mudanças da era da inteligência artificial, ficaremos para trás.”

(*com informações da Reuters)

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