O Goldman Sachs (GSG134) anunciou nesta quarta-feira (16) a compra da fintech de crédito para reforma residencial GreenSky, em um acordo avaliado em US$ 2,24 bilhões, numa aposta para reforçar seu negócio de varejo.
Criada em 2006, com sede em Atlanta, a GreenSky já concedeu crédito a cerca de US$ 4 milhões consumidores. A fintech abriu o capital em 2018 com avaliação de cerca de US$ 4 bilhões.
Negócios digitais de nicho ou com novas tecnologias têm cada atraído grandes instituições, com a pandemia ampliando operações online, enquanto o papel das agências bancárias diminui.
O acordo implica um preço de US$ 12,11 por ação da GreenSky, o que representa um prêmio de 56% em relação ao preço de fechamento da empresa na terça-feira.
A compra reforçará a unidade de serviços bancários ao consumidor do Goldman, chamada de Marcus, em homenagem a um dos fundadores do banco e um ponto chave no plano do presidente-executivo David Solomon de reduzir a dependência do Goldman em transações voláteis e receitas de bancos de investimentos.
“Fomos claros na nossa aspiração para que a Marcus se torne a plataforma de serviços bancários ao consumidor do futuro, e a aquisição da GreenSky avança esse objetivo”, disse Solomon.
Ele tem tentado montar negócios com receitas previsíveis, como bancos com serviços ao consumidor e gestão de patrimônio para clientes de varejo, o que a maioria dos principais rivais do Goldman Sachs já têm.
A Reuters publicou no começo do ano que o Goldman avaliava aquisições para erguer a Marcus, após ter tido crescimento baixo em empréstimos e depósitos em 2020 diante da pandemia.
A GreenSky conecta bancos a consumidores que buscam crédito via aplicativo.
Veja também
- CBA aponta impacto de até R$ 180 mi no Ebitda do 2º semestre por crise hídrica
- Cartão de crédito: 4 passos para inserir seus gastos no orçamento financeiro
- Em 20 anos, Ibovespa dobra de tamanho e Vale lidera participação
- Não, não é ‘hora de investir em ações’
- Bradespar vai distribuir papéis gratuitamente; por quê?