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Negócios

GPA recusa oferta de bilionário colombiano pelo grupo Éxito

Assessores jurídicos e financeiros da companhia avaliaram que oferta de US$ 836 milhões não apresenta razoabilidade financeira.

O conselho de administração do GPA (PCAR3), controlador do Grupo Pão de Açúcar, recusou a oferta do banqueiro bilionário colombiano Jaime Gilinski para a aquisição da totalidade no Grupo Éxito.

A informação foi divulgada pela empresa após reunião nesta quinta-feira (29) entre assessores jurídicos e financeiros do grupo por não acharem o preço ofertado adequado.

“O Conselho de Administração da Companhia reuniu-se nesta data para análise e discussão da oferta juntamente com seus assessores financeiros e legais, tendo decidido, pela unanimidade de seus membros e com recomendação dos seus assessores, rejeitar a oferta, por entenderem que o preço ofertado não atende parâmetros adequados de razoabilidade financeira para uma transação desta natureza e, portanto, não atende o melhor interesse do GPA e de seus acionistas”, diz o comunicado.

A oferta do empresário, que ia expirar em 7 de julho, foi de US$ 836 milhões, que seria pago em dinheiro pela participação acionária total de 96,52% do GPA no Éxito. A notícia mexeu com o mercado nesta quinta-feira e os papeis da empresa fecharam em alta de 13%, a R$ 18,26, após chegarem a disparar mais de 17% na máxima do dia, a R$ 18,96.

GPA
Crédito: Adobe Stock

A companhia ressaltou ainda que a transação para segregação dos negócios do GPA e do Éxito, conforme já anunciada ao mercado, continua em evolução, estando pendente apenas a
declaração de efetividade do Form 20-F do Éxito pela U.S. Securities and Exchange
Commission (A CVC americana) e a obtenção das aprovações regulatórias das autoridades colombianas para sua conclusão.

Analistas da XP Investimentos também disseram que o número ofertado estava acima da projeção para o ativo, mas abaixo do seu valor de mercado atual e do valuation implícito que é esperado pelo GPA em seu plano de desinvestimentos divulgado para o mercado.

O plano de desinvestimento surge no momento em que o Casino, controlador francês do GPA, planeja simplificar suas operações na América Latina para reduzir sua dívida.

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