A Hapvida (HAPV3) anunciou na segunda-feira (27) que celebrou a venda de 10 imóveis de propriedade de controladas da companhia no montante de R$ 1,25 bilhão com um veículo de investimento da família Pinheiro, controladora da empresa.
A ação da Hapvida encerrou o pregão desta terça-feira (28) em alta de 18,47%, a R$ 2,63.
“A transação está em linha com a estratégia da companhia, de ser mais ‘asset light’. A totalidade dos imóveis vêm de entidades que foram adquiridas pela companhia desde a sua abertura de capital”, explicou a Hapvida em fato relevante.
A família venceu seis propostas que a empresa recebeu. A conclusão do negócio deverá ocorrer até 28 de abril de 2023.
Follow-on
A Hapvida informou ainda que engajou os bancos BofA, UBS Brasil, BTG Pactual e Itaú BBA, bem como suas respectivas afiliadas no exterior e seus assessores legais, a fim de analisar a viabilidade e estruturar uma potencial oferta pública subsequente de ações (follow-on) ordinárias de emissão da companhia, integralmente primária, a ser realizada no limite de seu capital autorizado, correspondente a 395.207.520 ações.
Bom negócio?
Segundo analistas da Genial Investimentos, um dos problemas da operação seria o conflito de interesse pela venda dos hospitais para a própria controladora.
“Pelas nossas contas, a transação saiu a aproximadamente R$ 900 mil/leito, abaixo da média das transações de hospitais no passado. O cap rate de 8,5% parece em linha com o que vem sendo praticado por FIIs de hospitais, apesar da amostragem pequena. A venda deve gerar uma queda no lucro por ação ainda que pequena em 2023 graças ao patamar atual da Selic”, disse em relatório a Genial.
Em relação ao follow-on, os analistas da corretora disseram que, caso avance, deve levar a um leve aumento no lucro por ação em 2023 com diluição para os anos seguintes.
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