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Na contramão de OpenAI e Microsoft, Apple faz acordo milionário para usar notícias em sua IA

A fabricante do iPhone fez acordos plurianuais no montante de US$ 50 milhões, segundo o The New York Times, a fim de licenciar arquivos noticiosos das maiores instituições do setor

Em um movimento contrário ao da OpenAI e da Microsoft, a Apple está pedindo permissão para usar conteúdos de notícias no GenAI, ferramenta de inteligência artificial (IA) similar ao ChatGPT. Não obstante, a empresa mais valiosa entre as big techs estaria oferecendo pagamentos generosos por isso. 

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A fabricante do iPhone fez acordos plurianuais no montante de US$ 50 milhões, segundo o “The New York Times”, a fim de licenciar arquivos noticiosos das maiores instituições do setor, a exemplo de Condé Nast, editora da Vogue e The New Yorker; NBC News; IAC, proprietária da People, The Daily Beast e Better Homes and Gardens.

O pedido foi visto como coerente por editores e executivos de empresas de mídia, uma vez que outras companhias que fazem uso de IA foram acusadas de buscar acordos de licenciamento só depois de terem usado textos da internet – mas sem permissão para treinar seus modelos generativos.

REUTERS/Dado Ruvic

O “The New York Times” está processando tanto a Microsoft quanto a OpenAI por terem usado seus milhões de artigos para treinar chatbots que agora competem com o gigante de mídia como fonte de informação.

O jornal acredita que os leitores possam se dar por satisfeitos com a resposta de um chatbot e se esquivarem de acessar o seu site, o que tende a reduzir a audiência e consequentemente, afetar as receitas com subscrições e publicidade.

O “Times” disse que chegou a tentar uma resolução amigável com ambas as companhias, o que possivelmente envolve um acordo comercial. Mas, segundo a mídia, as negociações não avançaram. 

A Apple (AAPL34), por sua vez, parece estar analisando calmamente tudo isso enquanto trabalha quase que em silêncio no desenvolvimento de IA em vários de seus produtos, segundo o International News Media Association (INMA).

A questão agora apontada por editores e executivos ao “Times” é quanto aos termos da Apple para o uso de conteúdo, considerados expansivos. Isso porque a proposta inicial cobria o  licenciamento amplo de arquivos de conteúdo publicado pelos editores, que ficaram vulneráveis a quaisquer responsabilidades legais que pudessem resultar do uso de seu conteúdo pela Apple. Também há preocupação com a perda de audiência para a empresa fundada por Steve Jobs. 

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Não é de hoje que organizações de mídia lutam para que seu negócio não fique obsoleto. Antigamente, os classificados eram uma parte importante da receita, mas perderam lugar nas páginas impressas para concorrentes online. A venda de jornais e revistas nas bancas também ficou no passado, dando lugar às assinaturas de conteúdo pela internet. Agora, com a inteligência artificial, fica a pergunta: para quê pagar por um conteúdo free?

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