As ações das empresas de varejo estão dando o que falar no mercado financeiro, mas o maior investidor individual da bolsa, Luiz Barsi Filho, está olhando em outra direção – assim como sua filha, a economista Louise Barsi.
Em entrevista ao Zoomkerman, os dois contam que consideram quatro fatores essenciais para escolher onde investir: perenidade, política de dividendos, consolidação de mercado e análise de resultados históricos. Seguindo esses critérios, eles revelaram alguns de seus setores favoritos na bolsa: geração e transmissão de energia, saneamento, bancos e telecomunicações.
Na outra ponta, entre os setores visto por Barsi com ressalvas, está o de aviação. Mas o ponto polêmico é o setor de varejo. Visto como a “bola da vez” por muitos analistas, ele não desperta o mesmo interesse no “rei da bolsa”.
“O setor de varejo, principalmente de eletrodomésticos e linha branca, tem um histórico muito pouco favorável. Nós tivemos muitas empresas que quebraram”, diz Barsi. “A Via Varejo (VVAR3) e a Magazine Luiza (MGLU3), por questões de reza profunda, ainda não aconteceu nada. Mas acredito que talvez possam seguir na mesma trajetória.”
Barsi falou também sobre sua trajetória – incluindo o curioso começo como engraxate e aprendiz de alfaiate. Já Louise comentou suas descobertas no mercado de ações desde a adolescência.
‘Bolsa não é cassino’
“As pessoas pensam que a bolsa é cassino. Quando na verdade a gente deveria estar olhando para o fundamental. O que é a bolsa de valores? Uma prateleira de oportunidades para você escolher de quem vai se tornar sócio”, apontou Louise.
Complementando o comentário da filha, Barsi falou sobre o recente aumento do número de investidores na bolsa. “Enquanto a bolsa divulga que estão entrando novos investidores, eu vejo que estão entrando especuladores. Eles estão fugindo da renda fixa, que paga pouquinho. Eu tenho absoluta segurança de que as taxas de juros no país representam uma fantasia. No momento em que subirem os juros novamente, o cidadão volta para a renda fixa.”
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