O Nubank, que reporta seus resultados através da Nu Holdings, teve um lucro líquido de US$ 783 milhões para o trimestre de julho a setembro, acima dos US$ 757 milhões projetados em pesquisa da LSEG com analistas.
O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (ROE) do Nubank atingiu o nível recorde de 31%, em comparação com 30% no mesmo trimestre do ano passado.
O diretor financeiro do Nubank, Guilherme Lago, disse à Reuters que o aumento do lucro foi impulsionado principalmente pelo ganho contínuo de escala no Brasil, principal mercado do Nubank, enquanto no México a carteira de crédito aumentou com redução no custo com depósitos.
“A combinação dessas duas coisas, alavancagem operacional no Brasil e ALM (Asset Liability Management) no México, deu uma robustecida bem grande no resultado do Nubank consolidado”, disse Lago.
As receitas do banco digital aumentaram 39%, para US$ 4,2 bilhões, acima das estimativas de analistas de US$3,8 bilhões, à medida que a receita líquida de juros (NII) cresceu 32% ano contra ano. Por outro lado, a margem financeira líquida (NIM) recuou quase 1 ponto percentual na mesma base, para 17,3%.
O Nubank, que chegou a um total de 127 milhões de clientes em suas operações no Brasil, México e Colômbia — e que em setembro anunciou planos para entrar nos Estados Unidos — fechou o trimestre com uma carteira de crédito de US$ 30,4 bilhões, alta de 42% em relação ao ano anterior.
A taxa de inadimplência de 15 a 90 dias ficou em 4,2%, queda de 0,2 ponto percentual tanto em relação ao ano anterior quanto ao segundo trimestre. Já a taxa acima de 90 dias foi de 6,8%, redução ante os 7,2% ano contra ano, mas aumento frente aos 6,6% do trimestre anterior – um movimento que Lago atribuiu a efeitos sazonais.