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Santander é condenado a pagar € 68 mi após batalha judicial com executivo

O processo aconteceu depois de o Santander desistir dos planos de tornar o ex-executivo do banco de investimento UBS seu presidente-executivo.

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Edifício do Santander Brasil em São Paulo (SP) 09/01/2019 REUTERS/Amanda Perobelli

Um tribunal de Madri ordenou que o Santander (SANB3, SANB4) pague ao banqueiro italiano Andrea Orcel em € 67,8 milhões (US$ 76,42 milhões) em um caso famoso no mundo financeiro em que o executivo foi indicado para ser presidente-executivo da instituição, mas o convite acabou sendo retirado pelo banco espanhol.

A disputa entre Orcel e a presidente do conselho de administração do Santander, Ana Botín, rompeu um vínculo profissional próximo – Orcel tinha sido anteriormente conselheiro do banco de investimento de Botín – e deixou o famoso executivo do mercado financeiro sem trabalho.

Orcel e Botín acabaram indo parar na Justiça depois que o maior banco da Espanha desistiu dos planos de tornar o ex-executivo do banco de investimento UBS seu presidente-executivo como resultado de um desentendimento sobre a remuneração dele. Orcel já tinha saído do UBS para se preparar para a nova função no Santander.

O tribunal afirmou que a carta com oferta do posto para Orcel foi um contrato vinculante e que o Santander tem que compensá-lo pela desistência. “O contrato foi unilateralmente e arbitrariamente rescindido pelo Santander“, afirmou o tribunal na decisão que pode ser alvo de recurso.

“A situação criada pelo Santander causou ao senhor Orcel claro dano moral”, segundo a decisão de 9 de dezembro, mas divulgada nesta sexta-feira.

O tribunal disse que o banco deve pagar a Orcel € 17 milhões por um bônus de assinatura, € 35 milhões por uma relacionada à aquisição, € 5,8 milhões por dois anos de salário e € 10 milhões por danos morais e de reputação. O Santander também deve pagar juros desde a data da abertura do processo.

Um porta-voz do Santander disse que o banco vai apelar da decisão. Tanto a equipe jurídica de Orcel quanto um porta-voz do banqueiro italiano se recusaram a comentar o assunto. Orcel originalmente cobrou € 112 milhões ao Santander por quebra de contrato e danos à sua carreira devido à repentina reviravolta do banco. Mas em maio desistiu da parte da ação que exigiria que o banco espanhol o contratasse. Isso ocorreu depois que ele foi nomeado presidente-executivo do UniCredit.

Orcel também reduziu sua demanda para entre € 66 milhões e € 76 milhões, segundo fontes próximas ao assunto, um documento do tribunal e um advogado do Santander.

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