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Sem conseguir vender lojas, Saraiva apresenta alternativas para pagar credores

Nova proposta precisa ser aceita pelos credores da empresa, que está em recuperação judicial.

Loja da Saraiva, em foto de arquivo (Divulgação)
Loja da Saraiva, em foto de arquivo (Divulgação)

A Saraiva (SLED3) apresentou nesta quarta-feira (29) alternativas para tentar pagar os credores de sua dívida e evitar a falência, após fracassar na busca de interessados na compra de ativos como unidades de lojas físicas e e-commerce.

A empresa apresentou um aditivo ao seu plano de recuperação judicial em que propõe como alternativas a reestruturação de sua dívida e a continuidade de investimentos, para que as lojas continuem funcionando e gerando caixa. As medidas precisam ser aprovadas pelos credores. Veja aqui o documento completo.

A Saraiva diz que a pandemia da covid-19 e as restrições de funcionamento durante alguns meses em 2021 dificultaram o processo de recuperação previsto no plano anterior. Segundo o documento apresentado pela companhia, as medidas causaram “uma drástica queda de seu faturamento, impossibilitando o cumprimento das obrigações previstas no plano original” de recuperação.

Crise na Saraiva

A Saraiva entrou em recuperação judicial desde 2018 com dívidas que somavam cerca de R$ 674 milhões na época.

Uma das maiores do ramo no Brasil, a empresa surgiu como Saraiva S.A, uma sociedade anônima, em 1947. Mais tarde, em 1972, transformou-se numa companhia aberta.

Na bolsa de valores brasileira, a B3, os papéis da Saraiva são negociados sob o ticker SLED3. As ações fecharam esta quarta em alta de 6,67%, cotadas a R$ 0,64 – bem longe do pico de R$ 18,47 em 2011.

Naquela época, a empresa vivia uma sequência de inovações voltadas especialmente à área de tecnologia, como o lançamento em 2010, por exemplo, do Saraiva Digital Reader, uma plataforma que permite a venda de Livros Digitais (e-books). No mesmo ano, havia sido inaugurada a primeira loja iTown, uma operação da livraria totalmente dedicada à venda de produtos da Apple.

Hoje, a empresa enfrenta uma situação financeira delicada. No primeiro semestre de 2021, o prejuízo da Saraiva foi de R$ 32 milhões.

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