A disparada dos preços de fertilizantes leva os produtores de soja do Brasil, maior fornecedor mundial de oleaginosas, a apostar em sementes geneticamente modificadas para garantir bons rendimentos.
Essa é a expectativa da Boa Safra (SOJA3), cuja carteira de pedidos de sementes de soja aumentou 59% no primeiro trimestre contra o ano anterior, para R$ 742 milhões, disse o CEO Marino Colpo em entrevista. As sementes geneticamente modificadas responderam por 90% dos pedidos, ante 80,7% um ano antes, disse.
O aumento de receita da Boa Safra se deve a volumes maiores – a empresa aumentou sua capacidade de produção em 30% em relação ao ano anterior – e sementes mais caras, disse Colpo.
“O produtor pode estar pensando: o custo da lavoura está tão alto que não posso errar”, disse ele. “Preciso de uma semente de boa qualidade.”
Os produtores brasileiros também aumentam investimentos em tecnologia para mapear suas propriedades para tomar decisões melhores com base em uma análise precisa do solo, disse Colpo, acrescentando que a “crise” de fertilizantes é um estímulo para a adoção de tecnologia.
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