A Shell (RDSA34) e a TotalEnergies, as duas maiores empresas de energia da Europa, reportaram lucros de mais de US$ 9 bilhões no terceiro trimestre, embora a divisão de gás natural liquefeito (GNL) da Shell tenha lutado para capturar os benefícios dos altos preços dos combustíveis.
Os fortes ganhos provavelmente intensificarão os pedidos no Reino Unido e na União Europeia por mais impostos sobre lucros inesperados das empresas de energia para ajudar as famílias a lidar com as contas de gás e energia.
Os preços de GNL dispararam este ano à medida que Moscou cortou progressivamente o fornecimento de gás natural canalizado para a Europa, que dependia fortemente das importações russas.
A Shell, maior trader de GNL do mundo, não conseguiu capturar todo o ganho do aumento de preços devido a uma queda na produção após greves na instalação Prelude, na Austrália. A companhia também disse que suas negociações foram atingidas por “diferenças substanciais entre realizações físicas e de papel em um mercado volátil e deslocado”.
O lucro principal da Shell em sua unidade de gás integrada caiu quase 40% em relação ao trimestre anterior.
O lucro geral da petroleira, de US$ 9,5 bilhões, ficou ligeiramente abaixo do recorde do último trimestre. A Shell ainda decidiu aumentar seu dividendo em 15% enquanto se prepara para que Wael Sawan assuma o comando como CEO, no lugar de Ben van Beurden, no próximo ano.
Já a divisão de GNL, renováveis e energia da TotalEnergies registrou uma receita recorde de US$ 3,6 bilhões no trimestre, um aumento de US$ 1,1 bilhão em relação ao segundo trimestre e mais do que o dobro do ano passado, impulsionado por um aumento de 50% nos preços de GNL e um desempenho “forte” da divisão de trading de GNL.
Isso ocorreu mesmo com seus volumes de vendas de GNL caindo 10% no trimestre devido a interrupções na planta de Freeport dos EUA e em outros lugares. No geral, a TotalEnergies obteve um lucro trimestral recorde de quase US$ 10 bilhões.
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