Se você está pensando em se mudar de país e deseja saber como morar nos Estados Unidos, temporariamente ou permanentemente, é fundamental entender os aspectos essenciais desse processo.
Para ajudar você nessa jornada, elaboramos um guia com orientações atualizadas e uma análise detalhada de como é morar na terra do Tio Sam. Explicaremos os vários tipos de visto disponíveis, desde os de imigrante até os de não imigrante, green card, oportunidades de trabalho, cidades para se morar e muito mais. Acompanhe!
Como funciona a vida nos EUA?
O primeiro passo antes de começar a planejar efetivamente uma mudança de país é pesquisar profundamente sobre sua cultura e seu estilo de vida. Essa é uma etapa importante para que o processo de adaptação seja o mais tranquilo possível.
Abaixo, reunimos alguns tópicos relevantes sobre o assunto.
Principais diferenças em relação ao Brasil
A vida nos Estados Unidos difere consideravelmente da experiência brasileira, com sistemas distintos de saúde, oportunidades de trabalho, padrões alimentares e abordagens educacionais. Vamos mergulhar nas principais diferenças e discutir como elas moldam o dia a dia e a integração dos brasileiros nesse novo contexto.
Educação
A educação nos Estados Unidos é reconhecida pela sua qualidade. Assim como no Brasil, também é dividida em três principais níveis:
- elementary school (ensino fundamental I);
- middle school (ensino fundamental II);
- high school (ensino médio).
Essa estrutura oferece uma base sólida aos alunos antes da universidade ou no ingresso ao mercado de trabalho.
Uma característica marcante é o horário das escolas, com as de ensino fundamental geralmente funcionando das 8h30 às 15h30, e as de ensino médio operando das 7h30 às 14h30.
Essa programação permite que os estudantes tenham tempo considerável dedicado ao aprendizado, além de oferecer a oportunidade de almoçar na própria escola, promovendo conveniência e uma pausa adequada durante o dia letivo.
Outra mudança significativa na educação americana está relacionada à flexibilidade curricular oferecida aos alunos. Eles têm a possibilidade de escolher algumas disciplinas, o que os capacita a direcionar seus estudos para áreas de interesse específicas ou alinhadas com suas aspirações profissionais.
Sistema de saúde
O sistema de saúde nos EUA é caracterizado por uma mistura entre público e privado. Há programas de assistência médica financiados pelo governo, como o Medicare e o Medicaid, que atendem idosos, pessoas com deficiência e de baixa renda, mas a maior parte da população depende de seguros de saúde oferecidos por empregadores ou adquiridos individualmente.
Ou seja, diferentemente do que acontece no Brasil, onde a população pode contar com os serviços médicos e hospitalares gratuitos do SUS (Sistema Único de Saúde), nos Estados Unidos isso não acontece. Muitos norte-americanos enfrentam dificuldades para acessar serviços médicos, o que pode resultar em altas despesas de tratamento e, em alguns casos, falta de cobertura.
Alimentação
As diferenças na alimentação entre o Brasil e os Estados Unidos refletem não apenas as particularidades culturais de cada país, mas também as suas características geográficas, econômicas e sociais.
No Brasil, a culinária é marcada pela diversidade de ingredientes frescos e pela influência de uma vasta gama de tradições regionais, resultando em pratos variados e coloridos. A dieta brasileira tende a incluir uma ampla variedade de frutas, legumes, grãos e carnes, com destaque para o arroz e o feijão, que são pilares da alimentação nacional.
Por outro lado, nos Estados Unidos, a alimentação é caracterizada por uma maior prevalência de alimentos enlatados, processados e fast food. Há comida fresca no país, mas o ritmo de trabalho e estudo por lá exige maior agilidade nas pausas para as refeições, sobretudo, nos dias úteis.
Mercado de trabalho
A economia americana é conhecida por sua abordagem empreendedora e pela valorização da inovação, o que cria um ambiente propício para o crescimento profissional e o desenvolvimento de novas ideias. As leis trabalhistas e as políticas de imigração também possibilitam a entrada de talentos de todo o mundo no mercado de trabalho local.
A alta competitividade, porém, é uma característica marcante de áreas metropolitanas densamente povoadas, onde a demanda é alta. Os salários também variam significativamente dependendo da região, setor e nível de experiência, mas o sistema econômico dos EUA geralmente oferece oportunidades para ascensão profissional com base no desempenho e na capacidade de inovação.
Por que morar nos Estados Unidos?
Primeiramente, o país oferece uma vasta gama de oportunidades educacionais e profissionais em diversos setores, proporcionando um ambiente para o crescimento pessoal e profissional. Além disso, os Estados Unidos têm uma infraestrutura bem desenvolvida em muitas áreas, o que contribui para uma alta qualidade de vida.
Os estados da nação também são conhecidos por sua diversidade cultural e pela liberdade de expressão, atraindo pessoas de diferentes origens e crenças. Outro ponto atraente é o estilo de vida americano, com uma variedade de atividades, paisagens deslumbrantes e uma rica oferta cultural em suas cidades.
No entanto, é importante considerar os desafios também, como o alto custo de vida em algumas regiões e a complexidade do sistema de imigração.
Desvantagens de morar nos EUA
Uma das principais preocupações é o alto custo de vida, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas, como Nova Iorque, São Francisco e Los Angeles, onde os preços de moradia, alimentação e transporte podem ser significativamente elevados.
Veja custos em 3 cidades americanas, para uma pessoa, que registram grande procura por brasileiros. Os valores em US$ consideram o patamar do dólar de 2023 (dado mais atual):
Nova Iorque (custos aproximados, segundo o Economic Policy Institute):
- moradia: US$ 2.123;
- alimentação: US$ 422;
- transporte: US$ 634.
São Francisco (custos aproximados, segundo o Economic Policy Institute):
- moradia: US$ 2.156;
- alimentação: US$ 461;
- transporte: US$ 933.
Los Angeles (custos aproximados, segundo o Economic Policy Institute):
- moradia: US$ 1.534;
- alimentação: US$ 361;
- transporte: US$ 968.
Outro fator a se considerar são os eventos climáticos extremos que afetam diversas regiões dos Estados Unidos. As mudanças climáticas vêm intensificando fenômenos como furacões e tornados, especialmente em áreas como a costa sudeste, no caso dos furacões (Flórida, Louisiana e Texas), e o tornado Alley, que inclui estados como Oklahoma, Kansas e Nebraska.
Isso influencia diretamente no custo de vida nessas regiões, aumentando, por exemplo, o valor do seguro residencial. Além do impacto financeiro, a recorrência desses eventos leva muitas pessoas a reconsiderar a decisão de morar em áreas vulneráveis.
Além disso, como já mencionamos, o sistema de saúde americano enfrenta críticas pelo alto custo e pela falta de acessibilidade, o que impede muitos de obterem cuidados médicos adequados. A segurança também é um aspecto relevante, especialmente em algumas áreas urbanas com altos índices de criminalidade e violência.
Regiões como Detroit (Michigan), St. Louis (Missouri), Baltimore (Maryland) e algumas partes de Chicago (Illinois) e Nova Orleans (Louisiana) têm taxas consideráveis de crimes violentos, o que gera preocupação entre os residentes e impacta a qualidade de vida nessas áreas.
O sistema educacional, embora reconhecidamente de alta qualidade em muitos aspectos, também pode ser caro, especialmente em níveis mais elevados, como universidades e faculdades.
A imigração também pode ser motivo de preocupações e incertezas para aqueles que buscam estabilidade e segurança devido a mudanças frequentes nas políticas governamentais. Esta é uma questão sensível que gera preocupação tanto para os imigrantes quanto para os cidadãos americanos, influenciando diretamente o cenário político e social do país.
As duas principais forças políticas, o Partido Democrata e o Partido Republicano, têm abordagens distintas sobre como lidar com a imigração ilegal. Enquanto democratas, como a vice-presidente Kamala Harris, enfatizam uma abordagem que inclui a reforma das leis de imigração, republicanos, como Donald Trump — que venceu as eleições e vai comandar o país a partir de 2025 —, defendem uma política mais rígida, incluindo o reforço da segurança nas fronteiras e um sistema de deportações mais rigoroso.
Quanto custa para morar nos EUA?
Em média, segundo dados coletados no início do segundo semestre de 2024 do Numbeo — referência global em informações sobre condições de vida —, o custo nos Estados Unidos é 109% superior ao do Brasil. Dessa forma, uma pessoa solteira no país gastaria em torno de US$ 1.020 para sobreviver, sem incluir gastos com aluguel, que também costumam ser 468,2% maiores do que em solo brasileiro.
Entretanto, há variações nesse valor dependendo da região escolhida para viver. Assim, é primordial considerar, na planilha de gastos mensais de quem deseja se mudar para a América do Norte, a localidade escolhida.
Como morar nos Estados Unidos: melhores estados e cidades
Apesar da escolha do destino ser diretamente influenciada por oportunidades de emprego, disponibilidade de educação, clima, estilo e custo de vida, ao longo dos anos algumas cidades se destacam como destinos populares entre brasileiros que buscam estabelecer-se nos EUA.
Na sequência, destacamos algumas das cidades mais procuradas e o custo de vida médio nelas, de acordo com o Instituto de Políticas Econômicas. Para o cálculo, são consideradas despesas com moradia, alimentação, transporte, seguro-saúde, impostos e outras necessidades (lazer, por exemplo).
Miami, Flórida
Miami é mundialmente reconhecida por seu clima ameno, praias deslumbrantes e uma vibrante comunidade de língua portuguesa. A cidade serve também como um importante centro financeiro e comercial global, atraindo profissionais de diversos setores.
Estima-se um custo de vida para uma única pessoa em Miami de cerca de US$ 4.300 por mês.
Orlando, Flórida
Destino indispensável no roteiro de viagem das famílias brasileiras que sonham em conhecer os parques temáticos da Disney World e a Universal Studios, Orlando também possui uma economia diversificada e um custo de vida mensal aproximado de US$ 4.400 por pessoa.
Nova Iorque, Nova Iorque
Apesar de ser conhecida como uma das cidades mais cosmopolitas do mundo, por oferecer muitas oportunidades e por contar com uma ampla comunidade brasileira, Nova Iorque também possui o custo de vida mais alto do país. Por lá, uma pessoa sozinha pode gastar quase US$ 5.800 ao mês para se manter.
Los Angeles, Califórnia
Por ser um dos polos mais importantes da indústria do entretenimento no mundo, Los Angeles é, consequentemente, um destino cativante para brasileiros que buscam oportunidades nas áreas de cinema, televisão e música. Em média, uma pessoa soma, aproximadamente, US$ 4.600 dólares para custear suas necessidades mensais em LA.
- LEIA MAIS: modelos de planilha de controle financeiro que podem ajudar você a controlar seus gastos morando em outro país
Quais são os pré-requisitos para morar nos EUA?
Para uma estadia temporária nos Estados Unidos durante um período específico de turismo, negócios, cursos de curta duração, empregos temporários e tratamentos médicos, um visto de não imigrante é apropriado.
No entanto, para estabelecer residência permanente no país sem a obrigação de retornar ao Brasil dentro de um prazo determinado, um visto de não imigrante não é suficiente. Para isso, é necessário obter cidadania norte-americana, status de residente permanente legal (green card) ou obtenção de um visto para morar nos EUA.
Como tirar visto nos EUA?
Obter um visto para os Estados Unidos requer entender quais tipos do documento se aplicam a diferentes propósitos de viagem. Abordaremos, portanto, os principais tipos de visto e os procedimentos necessários para cada um.
Visto de turista (B1/B2)
O visto B1 é destinado a quem planeja visitar os Estados Unidos para negócios, enquanto o B2 é para turismo, visitas a amigos ou familiares ou para receber tratamentos médicos. Muitas vezes, estes vistos são emitidos em conjunto, como um visto B1/B2, permitindo uma variedade de atividades durante a estadia nos Estados Unidos.
Visto de estudante (F, M)
Os vistos F e M são específicos para estudantes internacionais. A diferença entre os dois é que, enquanto o F é voltado para estudantes acadêmicos que procuram educação em universidades, faculdades, instituições privadas e seminários, por exemplo, o visto M é destinado a estudantes não acadêmicos.
Visto de trabalho (H, L, O, P, Q)
Visto H
Pensado para contemplar trabalhadores temporários, esse visto tem inúmeras subcategorias que se aplicam a diferentes tipos de trabalho, como as citadas abaixo:
- Visto H1-B: voltado para profissionais que desempenham funções de alto nível de especialidade. Nesse caso, é ainda requerido que o aplicante tenha formação universitária ou seja um profissional com habilidades diferenciadas — a duração é de até três anos, podendo ser estendido para, no máximo, seis anos;
- Visto H2-A: contempla trabalhadores agrícolas sazonais. Para esse visto, o empregador precisará comprovar ao governo a falta de mão de obra nacional qualificada para que a contratação do profissional estrangeiro seja aprovada — tem duração de no máximo um ano;
- Visto H-3: idealizado para quem busca receber treinamento em diversas áreas, como agricultura, comércio, comunicações, finanças, governo e transporte;
- Visto H-4: concedido para dependentes e cônjuge do titular do visto H enquanto está trabalhando ou em treinamento nos Estados Unidos.
Visto L
Sua finalidade é permitir que funcionários com conhecimento especializado de uma empresa estrangeira possam ser transferidos para uma afiliada em território norte-americano.
Visto O
Criado para atender pessoas com habilidades ou realizações extraordinárias em ciências, artes, educação, negócios ou esportes.
Visto P
Voltado para atletas, artistas e profissionais de entretenimento que têm reconhecimento internacional em suas áreas de atuação.
Visto Q
Indivíduos que participam de programas de intercâmbio cultural, como estudantes e professores.
Visto de intercâmbio (J);
Destinado a pessoas que participam de programas de intercâmbio nos Estados Unidos, especialmente para ensino ou pesquisa.
Visto de imigrante (diversas categorias);
Pensado para aqueles que desejam se mudar permanentemente para os Estados Unidos. Nesse caso também há diversas categorias, incluindo vistos familiares para pessoas com parentes próximos contempladas pelos vistos de emprego e o Programa de Vistos de Diversidade (popularmente conhecido como “loteria do green card”).
Quanto custa obter um green card?
Começando pelo básico, é importante saber que o requerimento do green card envolve diversas taxas que podem variar de preço conforme o tipo de formulário que você precisará preencher.
Confira abaixo quais são eles:
- Formulário I-129F, a Petição Para Noivo Estrangeiro: US$ 535;
- Formulário I-130, a Petição para Parente Estrangeiro: US$ 535;
- Formulário I-140, a Petição de Imigrante para Trabalhador Estrangeiro: US$ 700;
- formulário I-360, a Petição para Viúva Amer Asiática ou Imigrante Especial: US$ 435;
- Formulário I-526, Petição de Imigrante por Empreendedor Estrangeiro: US$ 3.675;
- Formulário I-600 / 600A, a Petição para Classificar Órfão como um Parente Imediato / Solicitação de Processamento Antecipado de Petição de Órfão: US$ 775;
- Formulário I-800 / 800A, a Petição para Classificar o Adotado da Convenção como um Parente Imediato / Solicitação de Determinação da Aptidão para Adotar uma Criança de um País da Convenção: US$ 775.
Apesar dos valores listados, vale ressaltar que raramente o processo de obtenção da cidadania para o país norte-americano envolve apenas os custos dos formulários. Por isso, planeje-se para fazer o pagamento de honorários advocatícios, traduções de documentos, equivalência de diploma e taxas do governo.
Além disso, o governo dos EUA solicita um business plan bem detalhado com todas as informações de como você planeja contribuir com o país. Os valores para realizar esses processos variam de acordo com cada caso, mas, em média, fica entre US$ 20 mil e US$ 30 mil.
Quem pode solicitar um green card?
Há uma série de possibilidades para quem deseja obter o green card. Abaixo, citamos as principais delas.
Parentesco
Para quem tem parentes que já vivem legalmente nos Estados Unidos, é possível pedir para que ele abra um patrocínio em seu nome.
Nesta categoria se encaixam mãe, pai, filho (não casado e menor de 21 anos), noivo, marido, mulher, irmão ou irmã de um cidadão norte-americano. Filhos de um noivo(a) de um cidadão americano e viúvos(as) também são elegíveis ao processo do green card.
Trabalho
Neste caso, o trabalhador precisa se adequar em uma das três categorias disponíveis:
- First Preference, criada para englobar profissionais com habilidades extraordinárias;
- Second Preference, atende trabalhadores com formações específicas;
- Third Preference, voltada tanto para a mão de obra especializada quanto para a não especializada.
Investimento
Outra possibilidade muito conhecida é a de investimento em solo norte-americano. Caso esteja interessado em aportar de US$ 800 mil a US$ 1,050 milhão, a depender da localização do projeto, em um novo empreendimento que gere no mínimo dez empregos para cidadãos americanos ou residentes legais, você estará apto a solicitar o green card.
Outras possibilidades
Imigrantes especiais, refugiados ou asilados, vítimas de tráfico humano ou vítimas de abuso por parentes americanos também podem conseguir o visto de residência permanente legal no país.
Documentação necessária
A documentação básica para a solicitação do green card pode incluir:
- passaporte;
- certidão de nascimento;
- certidão de casamento;
- certificados de emprego;
- registros financeiros;
- antecedentes de registros criminais;
- certificado de dispensa ou reserva do serviço militar;
- histórico de cumprimento de pena;
- declaração de suporte financeiro;
- exames médicos.
Como próximo passo, também seria necessário obter uma petição de imigrante apresentada em seu nome. Caso você esteja solicitando em razão de um emprego, é o empregador que realiza a petição em seu nome. Quando o processo é embasado em um relacionamento familiar, um membro da família elegível é quem fica responsável por essa parte da documentação.
Vale ressaltar que os tempos de processamento podem variar entre cinco meses e dois anos.
Quanto tempo leva para obter um green card?
É difícil afirmar com precisão o tempo exato para conquistar o green card, já que depende da situação de cada solicitante e do preenchimento correto de toda a papelada necessária.
Há ainda mais uma etapa antes de conquistá-lo definitivamente: a entrevista. Depois de enviar sua solicitação para o visto, será agendada uma entrevista em um centro de atendimento para fazer a coleta das suas impressões digitais e tirar uma fotografia.
No local, será feito também um levantamento de mais informações pessoais, antecedentes criminais, trabalho, estudos e outros assuntos.
Como conseguir um emprego nos EUA?
Uma das mais recentes e melhores notícias sobre os Estados Unidos para os brasileiros é que, segundo o Departamento do Trabalho, a criação de vagas de emprego acelerou em setembro de 2024, com 254 mil novos postos de trabalho abertos. Isso é um reflexo da atual taxa de desemprego no país que está em 4,1%.
Como pesquisar por emprego?
Sites de emprego como o Indeed, ZipRecruiter, GlassDoor, Jooble, Even, Monster ou mesmo a rede social LinkedIn disponibilizam diversas oportunidades para se trabalhar no exterior.
Neles, é possível pesquisar por vagas de acordo com a localização desejada e também com a área em que se deseja atuar. Palavras-chave como “Portuguese speaking” e “visa sponsorship” podem contribuir para filtrar as suas possibilidades no mercado estrangeiro.
Principais alternativas de trabalho
Segundo estudo recente do LinkedIn, em razão da transformação digital, as empresas demandam cada vez mais por trabalhadores com habilidades específicas em diversos setores.
Conheça os 10 empregos que mais crescem nos EUA, de acordo com a pesquisa:
- Chief Growth Officer (Diretor de Crescimento) — executivo responsável por impulsionar o crescimento e a expansão de uma empresa;
- Analista de Políticas Públicas;
- Gerente de Segurança Ambiental;
- Diretor de Operações de Receita;
- Analista de Sustentabilidade;
- Enfermeiro;
- Vice-Presidente de Diversidade e Inclusão;
- Consultor de Inteligência Artificial;
- Recrutador;
- Engenheiro de Inteligência Artificial.
Pré-requisitos importantes
Uma boa dica para quem deseja ingressar no mercado de trabalho norte-americano e morar nos EUA legalmente é começar pelo básico.
Entender primeiro se suas qualificações exatas, certificações e experiências profissionais são reconhecidas internacionalmente é fundamental. Além disso, adaptar o seu currículo para que ele se mantenha atraente às necessidades do mercado é outra excelente prática.
No campo acadêmico, obter equivalência de diploma, passar por exames de certificação específicos e aprimorar habilidades no inglês — e em outras línguas — também são essenciais para conquistar melhores oportunidades profissionais.
Outras dicas para morar nos EUA
Sair do Brasil e rumar à América do Norte envolve muito planejamento, e as dicas parecem ser infinitas. Então, aqui vão mais algumas para você se sentir preparado e seguro para essa nova etapa.
Aprimore o seu inglês
É crucial aprimorar seu inglês, obtendo certificações reconhecidas internacionalmente, como TOEFL, IELTS ou o Exame de Cambridge. Essas certificações não apenas facilitam a comunicação no dia a dia, mas também são valorizadas por instituições educacionais e empregadores nos EUA.
Para escolher entre as certificações de inglês mais reconhecidas, é importante entender suas diferenças e focos. O TOEFL (Test of English as a Foreign Language, em português “teste de inglês como língua estrangeira”) é amplamente aceito em universidades de EUA e Canadá e avalia habilidades no inglês acadêmico, sendo muitas vezes exigido para quem planeja estudar fora.
Já o IELTS (International English Language Testing System, em português “sistema internacional de teste de língua inglesa”) é uma opção flexível, com versões específicas para fins acadêmicos ou imigratórios, sendo amplamente reconhecido em países de língua inglesa, como Austrália e Canadá.
Por fim, os exames de Cambridge (como o FCE, CAE e CPE) são certificados vitalícios, aceitos em instituições e empresas no mundo todo, e valorizados especialmente para quem deseja demonstrar um domínio avançado e duradouro do idioma.
Abra uma conta em dólar
Este passo não é essencial para fazer a solicitação de um visto para viver nos Estados Unidos legalmente, mas pode facilitar os pagamentos de taxas e serviços de cada etapa. Isso porque muitas instituições financeiras já possibilitam a abertura de contas internacionais com processos simples, sem necessidade de valores mínimos.
Uma conta em dólar funciona de maneira semelhante a uma conta-corrente tradicional, com a vantagem de ser uma conta global, permitindo transações em várias moedas e países. Para ativá-la, o cliente precisa fazer uma transferência inicial em reais, que será convertida em dólar.
Além disso, essas contas internacionais geralmente vêm acompanhadas de um cartão de débito para compras e saques no exterior, aceito em diversos países e isento de taxas anuais. Outras funcionalidades incluem a possibilidade de realizar investimentos no exterior, como ETFs e ações de empresas negociadas na bolsa americana.
Em termos de impostos, o IOF é obrigatório e aplicado em uma taxa de 1,10% para transferências e compras. Já para investimentos ou recebimento de remessas, a taxa é de 0,38%. Outra vantagem dessas contas é que costumam operar com o dólar comercial, uma cotação mais vantajosa que o dólar turismo usado em câmbios convencionais.
No entanto, é importante comparar os custos adicionais, que variam entre as instituições. Por exemplo: o spread, que é a diferença entre os juros que um banco paga ao captar dinheiro do cliente e a taxa que ele cobra ao emprestar esse capital a terceiros, pode mudar conforme o banco escolhido. Algumas instituições também podem cobrar pela abertura da conta, embora a manutenção geralmente seja gratuita.
Fique atento às diferenças nos impostos
Muitas pessoas não se atentam a esse detalhe antes de escolher o destino estadunidense, mas a cobrança de impostos pode variar significativamente entre os estados e as cidades.
Enquanto em Orlando e Miami, na Flórida, as porcentagens de imposto sobre o valor da compra são de 6,5% e 7%, respectivamente, em Nova Iorque, a tributação passa dos 8%. Outros destinos, como Alasca, Oregon, Delaware e New Hampshire são tax free (livres de impostos).
Já sabe como morar nos EUA legalmente?
Ficou por dentro sobre como morar nos Estados Unidos, pedido de green card e outros vistos para não imigrantes? Aproveite para conhecer também os episódios do “Passaporte InvestNews”, programa que mostra todos os requisitos para se viver fora do país.
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