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Eduardo Saverin
Brasileiro foi um dos fundadores do Facebook; confira a sua história completa.
Brasileiro foi um dos fundadores do Facebook; confira a sua história completa.
| Nome Completo | Eduardo Luiz Saverin |
| Nascimento | 19/03/1982 |
| Local de Nascimento | São Paulo, Brasil |
| Filhos | 1 |
| Nacionalidade | Brasileiro |
| Formação | Economia |
| Ocupação | Investidor e sócio da B Capital Group |
| Fortuna | US$ 17,5 bilhões (Forbes, 2023) |
| Estado Civil | Casado |
Eduardo Saverin é brasileiro, um dos fundadores do Facebook, juntamente com Mark Zuckerberg e de outros colegas de Harvard, Andrew McCollum, Chris Hughes e Dustin Moskovitz. De acordo com a Forbes, ele, que nasceu em 19 de março de 1982, era em outubro de 2023 o brasileiro mais rico do país.
Saverin nasceu na cidade de São Paulo, mas quando tinha 11 anos, os pais, Roberto e a psicóloga Paula Saverin, resolveram sair do país, juntamente com ele, a irmã, dois anos mais nova, e o irmão, o primogênito. O destino escolhido foi Miami, na Flórida, Estados Unidos.
O pai, Roberto, industrial que trabalhava com exportação, vestuário e transporte, tomou a decisão principalmente por conta da crise no país na época. Numa entrevista, Roberto disse que o desejo de morar nos Estados Unidos era antigo. Além disso, esse desejo foi alimentado por conta dos problemas no Brasil – o ex-presidente Fernando Collor havia congelado a poupança. Anos depois, já nos Estados Unidos, a família soube que Roberto integrava uma lista de supostos sequestrados.
A família tinha boa situação financeira. O avô, Eugênio Saverin, um judeu romeno refugiado no Brasil, fundou a fábrica de peças infantis Tip Top. Ele trouxe ao mercado os primeiros modelos de macacão para crianças.
Os estudos de Saverin foram feitos nos Estados Unidos: parte do primeiro grau e o segundo grau foram cursados na escola Gulliver Preparatory School, em Miami.
Assim que se formou no antigo ensino médio, como é conhecido no Brasil, o futuro milionário ingressou na Universidade de Harvard, e concluiu o curso de Economia em 2006. Lá também fez pós-graduação e MBA. Detalhe: na época da faculdade, ele foi presidente da Associação de Investimentos de Harvard.
Um fato dessa época que chama atenção é que Saverin aproveitou algumas brechas em regulamentos sobre insider trading no Brasil e chegou a lucrar US$ 300 mil por meio de investimentos estratégicos no setor de petróleo.
Mas ele ganhou mais do que dinheiro nessa “jogada”. Ele recebeu a honraria magna cum laude, quando se formou, título concedido para ressaltar o nível de distinção acadêmica em que chegou como aluno.
Essa distinção teria chamado a atenção do colega Mark Zuckerberg, que logo pensou em Saverin para ser sócio do então projeto Thefacebook. Começava a nascer uma das principais redes sociais do mundo.
O Facebook foi criado em 2004. Inicialmente, Saverin, Zuckerberg, Andrew McCollum, Distin Moskovitz e Chris Hughes lançaram a rede social Thefacebook para facilitar a comunicação interna e interação dos alunos de Harvard.
A plataforma juntava os rostos de várias alunas da universidade para que a beleza delas fosse avaliada. Mesmo recebendo críticas, o crescimento foi rápido e, em 2006, o Facebook foi aberto para quem quisesse entrar, desde que a pessoa fosse maior de 13 anos.
O dinheiro necessário para que o Facebook fosse ampliado saiu do bolso de Saverin, um valor de aproximadamente US$ 1 mil. Ele ficou como diretor financeiro e com 30% do capital da empresa. Zuckerberg era o responsável pela programação da plataforma e ficou com 70%. O primeiro endereço comercial do Facebook foi a casa dos pais de Saverin, em Miami.
O sucesso da página não foi suficiente para deixar saudável a relação dos sócios com Zuckerberg, que nunca havia sido realmente boa. Nessa época, Saverin entrou na justiça para ser reconhecido como um dos fundadores do Facebook.
A disputa entre Saverin e Zuckerberg na justiça aconteceu em 2005. O conflito era por conta da direção e propriedade da empresa criada por eles. Saverin foi expulso do Facebook, mas manteve parte das suas ações.
O desgaste aumentou quando Zuckerberg reduziu a participação acionária de Saverin. Em uma jogada societária, Zuckerberg formou uma empresa para incorporar o Facebook. Com isso, o nome de Saverin não aparecia mais como fundador e sua parte na empresa havia sido reduzida. Mas o empresário brasileiro revidou, bloqueando as contas bancárias da empresa.
Em uma mensagem que se tornou pública, à época, Zuckerberg fez duras críticas a Saverin: “Ele deveria criar a empresa, obter financiamento e fazer um modelo de negócio. Ele falhou em todos os três. Agora que eu não vou voltar para Harvard, eu não preciso me preocupar em ser espancado por bandidos brasileiros”.
Saverin conseguiu na Justiça um acordo com um antigo sócio que lhe garantiu uma participação minoritária na empresa e o direito de ter seu nome constando novamente entre os fundadores.
Os termos do acordo feito entre Zuckerberg e Saverin nunca foram divulgados. Mas, algum tempo depois, Saverin entrou num seleto clube de bilionários e nunca mais saiu. A sua fortuna, em outubro de 2023, de acordo com a Forbes, era de US$ 17,5 bilhões. Os bastidores indicam que o brasileiro tenha por volta de 5% das ações do Facebook.
O imbróglio envolvendo a criação e a disputa pelo Facebook rendeu um filme no cinema, que foi baseado no livro “Bilionários por acaso – A criação do Facebook”. O filme “A Rede Social”, lançado em 2010, conta a história sobre como o Facebook foi criado, além de detalhar a relação de Zuckerberg e Saverin.
O filme foi tão representativo que até o blog Bits, do “New York Times”, publicou erroneamente uma foto do ator Andrew Garfield, que interpretou Saverin, numa matéria sobre a abertura de capital da empresa, em 2012.
Na imprensa, porém, o brasileiro garante que o Saverin de Hollywood nada tem a ver com a versão real. O empresário é discreto e não gosta de tornar sua vida pública – nem mesmo no Facebook.
O longa recebeu oito indicações ao Oscar, entre elas a de Melhor Filme. Faturou três delas: a de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição de Filme e Melhor Trilha Sonora Original.
A quantia recebida pelos papéis que tinha no Facebook foi usada por Saverin para diversificar seus investimentos.
Saverin se viu envolvido em uma grande polêmica na época: ao se mudar para Cingapura, anunciou a renúncia à cidadania norte-americana. O brasileiro escolheu o país asiático por ser um “ótimo lugar para quem é da área de tecnologia. E está a apenas cinco horas de avião de grande parte da população mundial”.
Falou-se que seria para evitar o pagamento de impostos ao Fisco, que chegava a 15% sobre o ganho de capital. Mas isso foi desmentido por ele.
Em 2011 o brasileiro decidiu aplicar recursos na enciclopédia visual Qwiki, uma startup que estava em estágio inicial. O investimento foi de US$ 8 milhões. Para ele, a plataforma faria frente a Google, Youtube e Wikipedia. Mas a aposta não rendeu. Em 2013, a Qwiki foi desativada.
Saverin, em 2016, criou a empresa B Capital Group, juntamente com o sócio Raj Ganguly. Desta vez, o investimento valeu a pena. O fundo, que priorizava as startups inovadoras, fez com que a fortuna de Saverin crescesse. A B Capital Group tinha foco nos negócios que já estavam em andamento e com faturamento estimado em centenas de milhões de dólares.
A B Capital Group tem escritórios em Cingapura, Nova York e Califórnia. A ideia de Saverin era a de ajudar as startups. Ganhar dinheiro estava em segundo plano.
A Forbes mostra, em levantamento feito em outubro de 2023, que o empresário de 41 anos era a pessoa mais rica do Brasil. O patrimônio chegou a US$ 17,5 bilhões. Ele continua morando em Cingapura com a família, longe da mídia.
Saverin fala sobre a polêmica com seu ex-sócio de forma diplomática. O empresário afirmou, em 2017, que só pode falar bem de Mark. “Não tenho ressentimento algum; é admirável o foco dele desde o primeiro dia até hoje. Ele foi um visionário, sempre soube que o Facebook só cresceria se mantivesse a ideia central, a de as pessoas se apresentarem verdadeiramente, sem pseudônimos”, disse Saverin durante uma entrevista.
“Zuckerberg é a grande força do Facebook, o que permitiu transformá-lo em um instrumento de protesto, como no Egito, mas também de negócios, além do contato natural com amigos”, detalhou.
Saverin é casado, desde 2015, com a indonésia Elaine Andriejanssen, com quem teve um filho. A família mora em Cingapura.