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A Black Friday deve movimentar as ações das varejistas?

Veja as notícias que mexeram com os mercados nesta quinta.

A Black Friday de 2020 pode mexer com as ações de Magazine Luiza (MGLU3), Via Varejo (VVAR3), B2W (BTOW3) e outras ações do setor de varejo. Mas o que o mercado espera, já que esses papéis vêm sofrendo dias antes do evento? Esse é o tema do Boletim InvestNews desta quinta-feira (26), com Karina Trevizan.

O mercado espera que a Black Friday deste ano supere o faturamento da data no ano passado, que foi de R$ 3,2 bilhões, segundo levantamento da Ebit e Nielsen. Um dos motivos é a consolidação do e-commerce, estimulada pelo isolamento social provocado pela pandemia.

Bruno Komura, gestor de renda variável da Ouro Preto investimentos, aponta que “as empresas que estão focadas no e-commerce devem apresentar vendas fortes quando comparadas com à Black Friday do ano passado”.

“Nos calls de resultados do terceiro trimestre, a maioria das empresas indicaram que aumentaram os estoques para se prepararem. Como forma de tentarem minimizar problemas de logística devido à alta demanda, Magazine Luiza, Via varejo, B2W e Mercado Livre procuraram formas espaçar as vendas durante a semana”, destaca Komura.

José Falcão, analista da Easynvest, comenta ainda que, “com o isolamento social, acabamos ficando mais tempos conectados e, portanto, mais expostos às ofertas, o que influencia no consumo”.

Sobre as ações das varejistas, Murilo Breder, também da Easynvest, lembra que os papéis vêm sofrendo nas últimas semanas com o fenômeno conhecido como rotação de setores. Mas, nos últimos dias, a tendência pareceu se inverter, o que indica que “a proximidade da Black Friday pode estar voltando a fazer bem para as ações desse setor de varejo eletrônico”.

Outros destaques do dia

Nesta terça, o mercado repercutiu também os números de outubro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O Brasil abriu 394 mil vagas formais de trabalho, no melhor resultado mensal da série histórica, iniciada em 1992.

Foram divulgados ainda novos números sobre o déficit fiscal. O governo central, formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, teve um déficit primário de R$ 3,6 bilhões em outubro. Em 12 meses, o valor acumulado é de R$ 725,6 bilhões.

Também nesta quinta, o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) divulgou o Índice de Preços ao Produtor (IPP), conhecido como inflação da indústria. O indicador teve em outubro a maior alta da série histórica, de 2014, com 3,4% na comparação com setembro. Foi o 15 avanço seguido e, em 12 meses, a alta acumulada é de 19%.

O dia também teve declarações do secretário do Tesouro, Bruno Funchal, que afirmou que não há divergência entre o banco Central e o Ministério da Economia. A declaração foi feita um dia após o ministro Paulo Guedes rebater declaração de Roberto Campos Neto, presidente do BC, sobre a necessidade de um plano para indicar aos investidores de que o país está preocupado com trajetória da dívida.

Já o vice-presidente Hamilton Mourão deu declarações sobre as relações entre Brasil e China. Em videoconferência do Conselho Empresarial Brasil-China, ele defendeu a ampliação do comércio com o país, disse que a parceria com a China contribuiu para o aumento da produtividade do agronegócio brasileiro ao longo dos anos, mas disse também que agora é preciso analisar novas oportunidades pra intensificar relações em outros setores.

As declarações vieram dois dias depois de a embaixada da China no Brasil repudiar mensagens publicadas em uma rede social pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

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