Pergunta do leitor: Eu sempre fico em dúvida quando vou escolher um fundo de investimento, porque não sei se a taxa de administração cobrada é justa para o perfil deste produto. Como saber se está caro ou barato?
Resposta de Ricardo Tarantello:
A resposta não é tão simples como parece. Antes de mais nada precisamos lembrar que na rentabilidade divulgada por um fundo de investimento já está descontada a taxa de administração e, quando existente, a taxa de performance também.
Se fossem apenas fundos de renda fixa indexados seria mais fácil entendermos o peso da taxa de administração no resultado final, uma vez que a referência desses fundos é o CDI.
Costumávamos acreditar que taxas de até 1% ao ano eram aceitáveis, apesar de várias instituições cobrarem muito mais do que isso. Entretanto, com a redução da Selic as taxas de administração estão corroendo a rentabilidade, deixando-a, invariavelmente, abaixo da variação do IPCA, o que provoca perda do poder de compra.
Em fundos de ações, ou multimercado, precisamos avaliar o histórico de rentabilidade, pois apesar de resultados passados não garantirem o mesmo para o futuro, é possível avaliarmos a competência do gestor.
Outro ponto importante é entendermos a estratégia da gestão, que tem que estar alinhada aos objetivos temporais do investidor.
Também precisamos levar em consideração as regras de liquidez. Por esses motivos, estar assistido por um planejador financeiro permite ao investidor mais segurança em seus investimentos.
Finalizando o assunto custo, muitas vezes um fundo com taxa de administração maior e até mesmo com participação na performance, entrega mais rentabilidade do que outros com menores custos. E o que realmente importa é quanto sobra na última linha.
*Ricardo Tarantello é Planejador Fiduciário na Fiduc.
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