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Marcas lançam coleções de NFTs e clubes de experiências para seus consumidores

Starbucks entra nessa jornada ao possibilitar que seus clientes possam entrar em jogos interativos e participar de desafios testando os seus conhecimentos sobre o café e a marca.

Toda vez que eu faço a pergunta “alguém já comprou um NFT?”, seja numa aula, palestra ou evento corporativo, a resposta é sempre a mesma: cerca de 1% da audiência confirma. A maioria das pessoas ainda não compraram o seu primeiro non-fungible tokens. 

Ainda não está claro qual é o real benefício de se investir num colecionável digital. Para muitos, tanto a definição quanto a sua utilidade ainda permanece um verdadeiro mistério e quando leem as notícias sobre o mercado cripto, este inverno que não acaba, acabam associando mais ao lado negativo, especulativo ou talvez a um modismo passageiro. 

Sim, o momento não é dos melhores, mas isso não quer dizer que devemos ignorar o grande avanço que a web3 vem trazendo para todos os segmentos. Como forma de tentar dissipar qualquer mal-entendido sobre a utilização e os lançamentos de coleções de NFTs, as marcas começaram a entregar novas formas de interação com o seu mercado consumidor. 

Iniciativa do Starbucks

Starbucks/Imagem de divulgação.

O Starbucks, multinacional norte-americana, com a maior cadeia de cafeterias do mundo, entra nessa jornada. A nova experiência Starbucks Odyssey oferecerá aos seus membros a possibilidade de ganhar e comprar o que ele chama de selos digitais colecionáveis, mas que na verdade são NFTs. 

Estes “selos” desbloqueiam o acesso a novas e imersivas experiências de café. O objetivo do Starbucks é criar uma nova comunidade web3 tanto para seus membros quanto para seus colaboradores.

“Ao nos integrarmos ao ecossistema Starbucks Rewards e basearmos a experiência em café, conexão e comunidade, estamos entrando no espaço Web3 de maneira diferente de qualquer outra marca, enquanto aprofundamos a conexão de nossos membros com o Starbucks. Nossa visão é criar um lugar onde nossa comunidade digital possa se reunir para tomar um café, participar de experiências imersivas e celebrar a herança e o futuro da Starbucks”, informa Brady Brewer, Vice-Presidente Executivo da Starbucks.

O que podemos esperar dessa integração através do clube de fidelidade entre o mundo físico e virtual? Ao entrar no Starbucks Odyssey o usuário poderá participar de jogos interativos e participar de desafios testando o seu conhecimento sobre o café e a marca. 

Como recompensa os jogadores receberão os “selos digitais” (NFTs), cada um com uma determinada pontuação, com base em sua raridade. Mas o que muda em relação ao modelo tradicional de receber um carimbo no meu cartão de fidelidade toda vez que eu vou até uma loja? Além da tecnologia blockchain que sustenta toda a plataforma, o acúmulo de selos entrega novos formatos de recompensas, além do tradicional “você ganhou um expresso grátis”. 

Essas experiências podem variar de uma aula virtual de preparação de uma bebida utilizando café quanto ao acesso a mercadorias exclusivas e colaborações com artistas, a convites para eventos exclusivos, degustações ou até mesmo viagens à fazenda de café Starbucks Hacienda Alsácia na Costa Rica.

Starbucks: arte & social

Nesta coleção serão criadas obras de arte icônicas do Starbucks. Imagine você receber um selo feito por um artista reconhecido? Aqui o conceito é você ter a recompensa e também colecionar um ativo digital e não somente ter um NFT na sua carteira sem utilidade alguma.

Além disso, uma parte da receita da venda de selos de edição limitada será doada para apoiar causas importantes para os parceiros do Starbucks e membros do Starbucks Rewards.

Nesta iniciativa percebemos como as marcas começam a utilizar a web3 para criar novas experiências para os seus clientes, gamificando a jornada, criando artes colecionáveis e destinando parte desta nova receita para projetos sociais.

Bora experimentar?

Nos vemos do outro lado!

*Fernando Godoy é empreendedor serial há mais de 25 anos em tecnologia e inovação nos EUA e no Brasil, especialista em experiências imersivas e metaverso, pioneiro na utilização da realidade aumentada, virtual e mista. Fundador da Flex Interativa e Cervejaria Leuven, autor dos livros Metodologia Startup Village e Revolução Metaverso (breve lançamento), palestrante, professor, mentor e investidor de startups.

As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. 

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