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Investimento ativo ou passivo: qual a melhor estratégia?

Alguns apontam que é melhor investir de forma passiva. Mas se todos seguissem essa máxima, não haveria Warren Buffets, Charlie Mungers ou Howard Marks.

Tiago Reis

Afinal, um investidor deve tentar investir ativamente, escolhendo ações e buscando superar os retornos médios do mercado ou deve investir de maneira passiva, comprando fundos de índice e seguindo a média do mercado?

Para falar de investimentos passivos, ninguém melhor que John Bogle – famoso investidor americano fundador do “The Vanguard Group”. Ele acredita que os fundos de índices ou ETFs são a melhor forma para investir para a maioria das pessoas.

Para Bogle, o segredo do sucesso do investimento está na capacidade de possuir ações de todas as empresas listadas em seu país a um custo muito baixo. Dessa forma, é possível garantir o recebimento de quase todos os retornos dessas ações por meio de dividendos.

De acordo com o investidor, a melhor forma de implementar essa estratégia é comprar um fundo que detenha todas essas ações e mantê-las no longo prazo. Esses fundos são chamados fundos de índice, que são basicamente uma cesta que contém muitas ações e buscam imitar o desempenho geral do mercado.

Os fundos de índice eliminam os riscos de ações especificas, de setores específicos, da capacidade sua ou do gestor do fundo de escolher ações, deixando apenas um risco restante: o risco do mercado em geral.

A estratégia de Bogle faz com que você tenha o mínimo de custos financeiros, pagando uma pequena taxa de administração dos fundos de índices e reduzindo ao máximo o custo de corretagem.

Além disso, um fundo índice faz com que você consiga participar de todas ações com grandes altas, tirando a necessidade de uma capacidade especial de escolher ações. Para Bogle: “⁠não procure a agulha no palheiro. Simplesmente compre o palheiro!”.

A realidade é que poucos fundos de ações e investidores são capazes de bater o mercado investindo ativamente. De acordo com a análise do S&P SPIVA Report, entre junho de 2015 e junho de 2020, cerca de 87,2% dos fundos americanos performaram abaixo de seu benchmark.

Tendo isto em vista, você deveria apenas esquecer de investir ativamente e comprar um fundo de índice?

Para Joel Greenblatt, investidor americano que inventou a “formula mágica”, para a maioria das pessoas, investimentos passivos são a melhor opção.

Investir ativamente, escolhendo empresas para ser sócio demanda esforço e tempo, é preciso ler relatórios e analisar as companhias, além disso, é necessário ter um emocional forte para lidar com as quedas nos preços das ações.

Mas para aqueles investidores que possuem um emocional estável e são capazes de analisar empresas sobre a ótica do value investing – que consiste em avaliar o quanto uma empresa vale e então pagar muito menos por ela – há vantagens em ser um investidor ativo.

Se todos apenas seguissem o investimento passivo não haveria Warren Buffets, Charlie Mungers ou Howard Marks. Todos simplesmente obteriam a média do mercado, o que não é a algo ruim, mas também não é extraordinário.

Para obter retornos extraordinários você deve investir ativamente, mas não só, você deve investir ativamente de forma correta, o que é um grande desafio.

Não há uma melhor estratégia e cada uma é ideal para um perfil de investidor.

Investir passivamente pode te economizar muito em taxas de corretagem e administrativas e ser ideal para aquele investidor com pouco tempo e que deseja seguir os rendimentos do mercado em geral.

Por outro lado, o investimento ativo é ideal para aqueles investidores que desejam se dedicar e acreditam que podem ter uma vantagem sobre o mercado em geral. Há espaço para todos, o importante é escolher uma estratégia e segui-la.

*A Suno é uma casa de análise especializada em conteúdo sobre investimentos e educação financeira para o pequeno investidor pessoa física.

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