A mais nova tendência no mundos dos investimentos alternativos chegou também ao universo dos artistas. Esta semana, a cantora brasileira Pabllo Vittar anunciou por meio do Twitter que vai lançar em breve um grande projeto artístico em NFTs (do inglês “Non-Fungible Token”), que em português significa token não fungível.
Mas Pabllo não foi a única a fazer este anúncio, em março o roqueiro Supla também estreou no mundo dos criptoativos.
Ele colocou à venda um vídeo do TikTok, que pode ser adquirido por 1 Ethereum (ETH), criptomoeda da mesma rede blockchain equivalente a R$ 10.844,24 (cotação das últimas 24h).
Supla foi o primeiro cantor brasileiro a entrar neste mercado. Por meio da conta Supla NFT King, na plataforma Rarible, ele vai disponibilizar mais conteúdos com o intuito de monetizar arte pela internet.
Com o Supla dando a largada, será que a moda vinga entre os artistas brasileiros? Fica a questão se o NFT será capaz de garantir melhores lucros que o mercado tradicional.
Se você está curioso por entender está nova tendência, explicamos na sequência:
O que é um NFT?
Para entender o conceito de NTF, primeiro precisamos dar um passo atrás e entender o que é um token.
Segundo Arthur Igreja, especialista em inovação e negócios, um token é um registro digital, uma espécie de contrato ou chave que atesta que você tem posse de algum item. É um comprovante da propriedade intelectual que permite a qualquer momento provar que você é dono de algum bem.
E como isso funciona na vida real? No mundo físico sempre existiu uma diferença entre itens fungíveis e não fungíveis.
Um item fungível é aquele que não é único e pode ser trocado a qualquer momento. Um bom exemplo é o dinheiro em espécie.
Não importa se você tem uma cédula de R$ 100 ou R$ 200, o que importa é o valor dela. Como é um item fungível e não exclusivo, a qualquer momento você pode fazer a troca desta cédula com facilidade por outra do mesmo valor, lembra Igreja.
Já o item não fungível é exclusivo e não pode ser substituído. No mundo físico, também existem alguns exemplos, como uma camiseta autografada por um jogador famoso, um quadro original de Pablo Picasso ou uma coleção de cards de basebol.
“Suponhamos que você tenha um disco de vinil original, que faz parte de uma coleção. Este item tem um número de série, então não existem 2 discos iguais no mundo”, exemplifica Igreja.
Este disco seria um item não fungível. E a qualquer momento, pela caraterística de exclusividade, o dono pode colocar um preço nele.
Mas como isso funciona no mundo digital? A diferença é que estes itens não tangíveis (NFTs) podem existir apenas na internet e também podem ser únicos. Ou seja, mesmo que existam várias cópias, elas nunca serão a original.
Igreja explica que as pessoas começaram a cadastrar itens exclusivos em uma rede blockchain chamada Ethereum e a vender tokens específicos por lá. Desta forma, quem adquirir a peça, se torna proprietário deste “bem digital”.
Por exemplo, recentemente, o presidente do Twitter, Jack Dorsey, vendeu seu primeiro tuíte por pouco mais de US$ 2,9 milhões como NFT. A mensagem “just setting up my twttr”, foi a primeiro publicada por Dorsey na rede social, em 21 de março de 2006.
Saiba mais sobre este novo tipo de investimento:
O que são NFTS e como os investidores estão ganhando dinheiro com isso