Cenário global: o índice de preço ao consumidor (CPI) nos EUA referente ao mês de maio (9h) é o dado mais esperado do dia e deve criar expectativas em torno de possíveis retiradas de estímulos monetários e testar o argumento do Federal Reserve (Fed) de que a pressão inflacionária é transitória. Projeta-se que a inflação de maio seja em torno de +0,4% na comparação mensal, mas vale destacar que o CPI de abril deu um susto no mercado ao apresentar números bem acima do esperado, estressando ainda mais o debate sobre o tema.
As bolsas europeias, assim como ontem, segue sem tendência definida. O mercado opera com cautela na espera pela decisão do Banco Central Europeu sobre política monetária (8h45) e pela entrevista da presidente da instituição, Christine Lagarde (9h30). Também há expectativa sobre a inflação americana, assim como os pedidos de auxílio-desemprego na semana passada.
Ásia: na China continental, índice Xangai Composto fechou em alta de 0,54%, aos 3.610,86 pontos; Tóquio, Nikkei subiu 0,34%, para 29.958,56 pontos; Hong Kong, Hang Seng ficou estável (-0,01%), aos 28.738,88 pontos; em Seul, Kospi valorizou 0,26%, aos 3.226,64 pontos; Europa: à espera do BCE, índice Stoxx 600 cai 0,08%, aos 454,16 pontos; Bolsa de Frankfurt sobe 0,05%, Londres +0,30%, Paris -0,18% e Madri -0,14%; Petróleo: Brent para agosto sobe 0,19%, cotado a US$ 72,36 o barril; Ouro para agosto cai 0,73%, para US$ 1.881,65 a onça-troy; EUA/Treasuries: Yield da T-note de 10 anos vai a 1,49840% (1,48820%); NY/Pré-mercado: futuro de Dow Jones sobe 0,20%, do S&P 500 +0,07% e do Nasdaq -0,22%.
Brasil: o resultado salgado da inflação ao consumidor brasileiro (IPCA) ontem, indica que o Banco Central está atrasado (“atrás da curva de juros”) e terá que subir a taxa Selic acima do nível neutro (6,5%) este ano, conforme já precificado na curva de juros futuros. Não há dados econômicos importante no Brasil e no cenário político, o Senado mudou a votação da MP da Eletrobras para a semana que vem. Já na CPI da Covid, o governador do Amazonas, Wilson Lima, presta depoimento (9h).
Ibovespa: mesmo com o IPCA de maio “salgado”, o Ibovespa virou para sinal positivo ontem, com as commodities, principalmente siderurgia, reagindo à alta do minério (+1,51%). Com as bolsas de Wall Street enfraquecidas, à espera dos indicadores de inflação hoje, o índice Bovespa não teve força para segurar os 130 mil pontos, fechando próximo da estabilidade (+0,09%), aos 129.906,80 pontos, com volume financeiro elevado (R$ 39 bilhões). O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo e sem resistências pela frente ou sinais de possíveis correções. O Investidor estrangeiro ingressou com R$ 1,21 bilhão na B3 em 8 de junho, terça-feira; no acumulado de junho, entraram com R$ 9,15 bilhões na B3; no ano, saldo é positivo em R$ 40,53 bilhões.
Indicadores: |
Áustria: Opep divulga relatório mensal |
FGV: primeira prévia de junho do IGP-M (8h) |
Alemanha: BCE divulga decisão de política monetária (8h45) e Christine Lagarde participa de coletiva de imprensa (9h30) |
CPI da Covid: O governador do Amazonas, Wilson Lima, presta depoimento (9h) |
EUA/Dpto Trabalho: Pedidos de auxílio-desemprego da semana até 22/05 e CPI de maio (9h30) |
Tesouro faz leilão de LTN; NTN-F e LFT (11h) |
BC faz leilão de até 15 mil contratos de swap (US$ 750 milhões), em rolagem (11h30) |
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