As principais bolsas na Europa iniciam o dia operando em alta, porém com certa dose de cautela dos investidores, de olho na decisão de política monetária (15h) e entrevista de Jerome Powell nos EUA. Não há dúvidas sobre a manutenção de juros em níveis próximos de zero e dos estímulos através de recompra de títulos, porém a expectativa é sobre o comunicado do Federal Reserve, suas projeções para os próximos meses e pistas que possam indicar a redução dos estímulos monetários. Mas a inflação está presente, no Reino Unido, atingiu 2,1% em termos anuais, acima da meta do BoE.
Ásia: na China Continental, índice Xangai Composto fechou em queda de 1,07%, aos 3.518,33 pontos; Tóquio, Nikkei caiu 0,51%, para 29.291,01 pontos; Hong Kong, Hang Seng desvalorizou 0,70%, aos 28.436,84 pontos; em Seul, Kospi subiu 0,62%, para 3.278,68 pontos; Europa: índice Stoxx 600 sobe 0,08%, aos 459,18 pontos; Bolsa de Frankfurt cai 0,21%, Londres sobe 0,06%, Paris +0,05% e Madri -0,04%; NY/Pré-mercado: futuro do Dow Jones cai 0,12%, do S&P 500 -0,03% e do Nasdaq sobe 0,08%; Petróleo: Brent para agosto sobe 0,12%, a US$ 74,08 o barril; WTI para julho ganha 0,06%, cotado a US$ 72,16 o barril; Ouro para agosto sobe 0,25%, cotado a US$ 1.861,10 a onça-troy; minério de ferro cai 3,51% em Qingdao, cotado a US$ 214,08 a tonelada, após a China planejar liberar a venda de parte das reservas nacionais dos principais metais industriais, para conter a alta das commodities.
Brasil: a falta de um acordo político para votação da MP da Eletrobras, pautada para hoje no Senado, pode trazer mais incertezas para esta “Super Quarta”. Aqui, o mínimo que se espera do Copom (18h30) é excluir o trecho sobre o “ajuste parcial” do juro, que levará a uma interpretação de que o banco central brasileiro poderá elevar a Selic ao nível neutro ainda este ano, taxa de juros que estabilizará a inflação, mas em contrapartida pode prejudicar o crescimento. O Copom pode ir além e surpreender com um choque na Selic, subindo 1 ponto, porém é uma hipótese remota.
Ibovespa: no final do pregão de ontem, o Ibovespa conseguiu segurar os 130 mil pontos, fechando em leve queda de -0,09%, aos 130.091,08 pontos e volume financeiro baixo de R $ 26,6 bilhões. Com NY cautelosa antes do Fed, além do Copom hoje, o que fez diferença, ajudando a amenizar um movimento mais pessimista, foi a reação de Petrobras que acompanhou a subida forte do petróleo, que renovou máximas, na confiança da demanda e da recuperação econômica. O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo e sem resistências pela frente ou sinais de possíveis correções, porém encontrando grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos.
Indicadores: |
BC: Fluxo cambial semanal (18h30) |
Copom anuncia decisão sobre a Selic (18h30) |
Senado deve votar MP que abre caminho para privatizar Eletrobras |
FGV: IPC-S da 2ª quadrissemana de junho (8h) |
CPI da Covid: Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro, presta depoimento (9h) |
EUA / Dept.º do Comércio: construções de moradias iniciadas em maio e permissão para novas obras (9h30) |
EUA: Secretária do Tesouro, Janet Yellen, testemunha no Senado sobre orçamento (11h) |
EUA / DoE:Estoques de petróleo da semana até 11/06 (11h30) |
BC faz leilão de até 15 mil contratos de swap (US $ 750 milhões), em rolagem (11h30) |
EUA: Fed divulga decisão de política monetária, com projeções atualizadas (15h ) |
EUA: Presidente do Fed, Jerome Powell, participa de coletiva de imprensa após decisão de política monetária (15h30) |
Suíça: Presidente dos EUA, Joe Biden, se encontra com presidente da Rússia, Vladimir Putin |
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