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Finanças

Resumo dos Analistas: Black Friday; bolsas de NY fecham mais cedo; IBOV forte

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

  • Os mercados nos EUA fecham mais cedo hoje, às 15h, na Black Friday junto ao feriado de Ação de Graças, sem indicadores relevantes na agenda externa. No pregão mais curto das bolsas de NY com o feriado, deixa mercados globais menos liquidez; Dow Jones futuro sobe 0,16%, S&P 500 (+0,13%) e Nasdaq (+0,30%);
  • Em meio a preocupações com impacto dos lockdowns, o fato positivo de hoje é a aceleração forte do lucro corporativo na China. O ganho das grandes indústrias chinesas saltou 28,2% em outubro na base anual;
  • Na Europa, a bolsa de Londres recua 0,53% com impactos da covid e incerteza sobre o acordo comercial no Brexit; porém, Frankfurt sobe 0,24%, Paris (+0,50%), Madri (+0,20%), Milão (+0,38%) e Lisboa (+0,40%);
  • No Brasil, o dia começa com o IGP-M de novembro e uma surpresa negativa tende a resgatar os debates de que o Banco Central está equivocado com a inflação, mantendo a Selic em 2%;
  • A boa notícia é que está tudo bem entre o presidente do Banco Central, Campos Neto, e o ministro Paulo Guedes, que voltou a ser chamado de “Posto Ipiranga” pelo presidente, deixando o clima menos tenso nas relações;
  • O mercado espera que a Black Friday deste ano supere o faturamento do ano passado, que foi de R$ 3,2 bilhões, apesar da crise econômica. Alguns pontos tendem a influenciar o aumenta da demanda e as empresas de varejo tendem a reagir bem:
  1. O primeiro deles é a consolidação do e-commerce, estimulada pelo isolamento social provocado pela pandemia;
  2. Outro ponto é que, em sua décima edição no Brasil, a tradicional data de compras norte-americana já virou tradição por aqui;
  3. Com o isolamento social, acabamos ficando mais tempos conectados e, portanto, mais expostos às ofertas, o que influencia no consumo.
  4. Por fim, os descontos são um estímulo ao consumo, não só para quem compra à vista, mas também para as parceladas, que têm juros baixos.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

  • A força compradora do IBOV continua, mas tivemos um dia tranquilo por conta do feriado norte americano;
  • Hoje, se o dia for calmo novamente por aqui vamos aproximar a média móvel exponencial de nove períodos do gráfico diário ajudando a continuação da alta para semana que vem;
  • O gráfico mesnal de fato está um pouco distante das médias e se quiser corrigir não teria nada de errado, tendo como suporte imediato 108.000 pontos e mais longo 100.000 pontos;
  • Olhando para alta temos uma barreira antes do topo histórico na casa dos 112k.

Cenário macroeconômico (Murilo Breder):

  • Mais um dia que o Ibovespa ensaiou uma reação que, no final das contas, acabou não acontecendo. O índice operou em queda durante praticando todo o pregão desta quinta-feira (26) numa tentativa de corrigir parte das altas recentes. No entanto, mesmo com a pouca liquidez diante do dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, o Ibovespa acabou encontrando forças e virando para o positivo ao final do pregão. Dessa forma, o principal índice de ações brasileiro fechou em alta de +0,09%, mantendo os 110 mil pontos conquistados na véspera;
  • O que ajudou a bolsa brasileira foram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostrou a criação de 394.989 empregos em outubro, bem acima da expectativa dos economistas, que era de 220 mil novas vagas;
  • Nas palavras de Paulo Guedes, “é possível que a gente termine o ano perdendo 200 mil ou 300 mil empregos. Isso é um quarto do que foi perdido na recessão autoimposta de 2015 e 2016”;
  • No exterior, a Alemanha prorrogou o novo lockdown até o dia 20 de dezembro e a chanceler, Angela Merkel, disse que as medidas de isolamento podem ser novamente prorrogadas até janeiro se os dados de contágio não retrocederem o bastante para a economia se reabrir.

Cenário corporativo (Murilo Breder):

  • No cenário corporativo, destaque para o trio Magazine Luiza (MGLU3, +1,0%), Via Varejo (VVAR3, 2,7%) e B2W (BTOW3, 1,3%). As ações destas companhias vinham sofrendo nas últimas semanas diante da disparada da Bolsa e inversão de fluxo para as empresas de commodities e bancos. No entanto, diante da proximidade da Black Friday, suas ações começaram a mostrar alguma reação a partir de ontem e hoje não foi diferente;
  • A expectativa para as vendas na Black Friday segue muito positivas. De acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com a consultoria Ebit/Nielsen, o faturamento das vendas online da Black Friday 2020 deve superar o recorde do ano passado: a estimativa para este ano é de crescimento de 27% nas vendas em relação a 2019, atingindo a marca de R$ 4 bilhões;
  • O último destaque é para as ações da empresa de tecnologia Sinqia (SQIA3, +1,7%). Na noite do dia 25, a companhia anunciou a aquisição da Fromtis, uma fornecedora de softwares para o mercado financeiro no segmento de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC). Apesar do impacto limitado diante da pequena grandeza da operação, o impacto foi positivo em suas ações já que o crescimento via aquisições tem sido a grande expertise desde sua chegada na bolsa de valores.

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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