O estoque total de crédito no Brasil cresceu 1,2% em julho sobre junho, a R$ 4,266 trilhões, impulsionado especialmente pelo apetite das famílias, mostraram dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira.
Enquanto entre as pessoas físicas o avanço foi de 1,5%, entre as empresas o aumento foi de 0,8%. Em 12 meses, a expansão da carteira de crédito acelerou para as famílias a 18,2%, de 17,5% em junho, perdendo o ritmo entre as pessoas jurídicas a 13,6%, de 14,8% no mês anterior.
No total, o estoque de crédito passou a responder por 52,6% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo percentual de junho.
Olhando apenas para o segmento de recursos livres, em que as taxas são livremente definidas pelas instituições financeiras, houve elevação de 0,5 ponto nos juros médios anuais, a 28,9% em julho.
O movimento foi puxado pelo encarecimento em 0,9 ponto dos financiamentos para pessoas jurídicas, na comparação mensal, a 15,4% ao ano.
Segundo o BC, o efeito foi disseminado nas principais modalidades de crédito às empresas, com destaque para desconto de duplicatas e outros recebíveis, capital de giro e financiamento às exportações.
Entre as famílias, os juros médios tiveram queda de 0,1 ponto em julho, a 39,8% ao ano, com elevação do custo em cartões e aquisições de veículos de um lado, e barateamento nas condições do crédito pessoal não consignado de outro.
Considerando todo o segmento de recursos livres, a inadimplência subiu a 3,0% em julho, ante 2,9% em junho. Já o spread bancário no mesmo segmento foi a 21,7 pontos percentuais, acima do patamar anterior de 21,5 pontos.
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