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Economia

Crise energética pode prejudicar PIB e reeleição, avalia consultoria de risco

Relatório diz que, se não chover o suficiente, o Brasil pode ter de enfrentar uma séria crise de geração de energia elétrica em 2022.

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A consultoria de risco Eurásia avalia que, se não chover o suficiente para que o país volte à média histórica de precipitação, o Brasil pode ter de enfrentar uma séria crise de geração de energia elétrica em 2022, prejudicando o crescimento econômico esperado para o pós-pandemia e, consequentemente, as chances do presidente Jair Bolsonaro de conquistar um segundo mandato.

Nos últimos dias, o governo acendeu o sinal de alerta para o setor de produção elétrica. Com uma das piores estiagens da história do país, a preocupação dos técnicos é de que falte água nos reservatórios das usinas hidrelétricas para sustentar a demanda por energia.

Segundo a consultoria avalia no relatório, publicado hoje, a principal medida divulgada até então pelo governo – que é aumentar as taxas da conta de luz – pode ser insuficiente para reduzir o consumo de energia e desafogar a geração até novembro, mês em que está prevista a volta das chuvas.

A expectativa é de que o governo deve anunciar um acréscimo à bandeira vermelha 2 e propor uma bonificação aos clientes que voluntariamente reduzirem a demanda. Com a inflação avançando, a opção do governo foi por um aumento maior por um período mais curto. Para a Eurasia, caso falte água nos reservatórios, há a possibilidade de faltar energia no País, o que compromete o crescimento econômico e prejudica ainda mais os índices de aprovação de Bolsonaro.

Ruptura

O relatório da Eurasia também reforça que o presidente deve seguir inflamando seus apoiadores contra outras instituições, em especial, o Supremo Tribunal Federal (STF), em antecipação às manifestações do dia 7 de setembro. Nas últimas semanas, Bolsonaro tem ensaiado demonstrações de poder, como o desfile militar em Brasília, ainda que o resultado tenha sido frustrante. Sob pressão dos apoiadores para reagir a contratempos do Judiciário e Legislativo, os incentivos que existem devem fomentar ataques à Justiça e à imprensa.

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