No começo de setembro a carteira teórica do Ibovespa foi rebalanceada passando a contar com 91 ativos – ante 84 – sendo esta a maior quantidade já vista no índice. Quando analisado ao menos duas décadas atrás, em dezembro de 1999, o índice contava com 46 papeis, que é praticamente a metade do número de ativos que o Ibovespa tem atualmente.
Segundo levantamento da Economatica, entre março de 2006 e março de 2014, a quantidade de ações da carteira teórica do Ibovespa registrou crescimento contínuo. Já de abril de 2014 até novembro de 2017 a quantidade de ações da carteira teve uma queda expressiva, retomando o crescimento a partir desta data até setembro de 2021.
Para fazer parte do Ibovespa é preciso que os papeis das companhias correspondam a 80% do número de negócios e do volume financeiro do mercado. Sendo assim, entraram sete ações: Alpargatas, que é a dona da Havaianas, Petz, os bancos Inter e Pan, a empresa de cashback Meliuz, Rede D’Or e Dexco (que é a antiga Duratex).
Porém, como muitas empresas que participam da carteira dos índices têm mais de um ativo, como por exemplo a Petrobras que tem tanto ação ordinária como preferencial, a Economatica levantou quantas companhias de fato fazem parte da carteira historicamente. Considerando a última alteração, 88 empresas fazem parte do Ibovespa, sendo este também o maior número de companhias.
A ação ordinária da Vale continua com o maior peso na composição do índice, sendo responsável por 14%. Em seguida, vem as ações preferenciais do Itaú, com 6,1%, da Petrobras (PETR4), com 5,2% e Bradesco, com 4,3%. Das novas ações que integram o Ibovespa, a que tem maior peso são os papeis da Rede D’Or, que representam 0,9%.
Quando feito um recorte desde dezembro de 1.999 ao menos 11 ações sempre estiveram presentes na carteira teórica do Ibovespa. A Petrobras é uma delas. A maior participação da ação preferencial PETR4 foi de 37,59% em março de 2003.
Quais os setores mais representativos?
O setor de mineração, exploração de pedreiras e extração de petróleo e gás responde por 24,4% do Ibovespa, ultrapassando o setor de serviços financeiros e seguros que respondem por 22,5% e tem dezoito ações.
Em seguida vem o setor de indústria manufatureira, com 17,3% e 38 ações, seguido por comércio varejista, com 8%. Eletricidade, gás e água, concentra atualmente 6,3% do índice e vinte e três ações.
A carteira do maior índice da B3 é reavaliada a cada quatro meses podendo entrar ou sair ações, desde que elas atendam aos critérios descritos na sua metodologia.
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