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Finanças

Locaweb e PetroRio têm os papéis com as piores quedas; BRF e Vale se destacam

Ativos da Ecorodovias registraram alta superior a 5% no dia, no entanto, viraram e fecharam em queda.

Foto: Reuters/Lucas Landau

O Ibovespa encerrou mais um pregão em queda nesta quarta-feira (5). Entre as piores quedas estão os papéis da PetroRio (PRIO3) e da Locaweb (LWSA3), que fecharam com baixa de 12,78% e 10,76%, negociadas em R$ 10,37 e R$ 18,48, respectivamente.

Por outro lado, a BRF (BRFS3) fechou com alta de 1,25%, após elevação de recomendação pelo Credit Suisse, e encerro negociada em R$ 22,7, seguida pela Vale (VALE3), com alta de 0,95%, negociada em R$ 77,81.

Na tarde, as ações de Ecorodovias (ECOR3) também performaram entre as principais altas devido à elevação de recomendação pelo Credit Suisse, no entanto, elas viraram e fecharam em queda de 1%.

Como foi o dia para os ativos da BRF?

No dia, a BRF (BRFS3) chegou subir 2,5%, sendo negociada em R$ 22,98. A alta ocorreu em meio à elevação do preço-alvo das ações da companhia pelo banco Credit Suisse, de R$ 22 para R$ 30, e da recomendação de neutra para compra. “Neste relatório, revisitamos o case de investimento da BRF e atualizamos nossos modelos para incorporar os resultados mais recentes, as mudanças nos preços dos grãos e as novas premissas de custo de capital”, afirmou em relatório o analista Victor Saragiotto.

Saragiotto enfatizou ainda que, embora o cenário continue desafiador no que diz respeito aos custos, enxerga o preço atual das ações como um bom ponto de entrada, “uma vez que a execução do management provou ser bem-sucedida e esperamos que os resultados melhorem gradualmente”.

Por fim, o analista afirmou que com a ação BRFS3 negociada a 6 vezes o valor da companhia sobre o Ebitda (EV/Ebitda), a empresa é uma das mais baratas do mundo no setor de alimentos, “o que ajuda a sustentar nossa postura positiva sobre a tese de investimento”.

Dentre os riscos, a equipe do Credit destacou uma potencial valorização do real, uma recuperação morna da demanda doméstica, intensificação do ambiente competitivo e excesso de oferta de aves no Brasil.

O Credit também revisou as estimativas para a receita bruta de 2021 e 2022 em 14% e 20%, respectivamente.

Os números do Ebitda ajustado também foram revisados ​​para R$ 5,3 bilhões, em 2021, e R$ 6 bilhões em 2022. A casa informou ainda que ao levar em conta um “céu azul”, o valor da BRFS3 pode chegar a R$ 34, enquanto “no céu cinza” o papel pode ser cotado a R$ 15, por conta da demanda fraca no mercado interno e da forte valorização do real.

O que aconteceu com Ecorodovias?

A Ecorodovias (ECOR3) diminuiu o ritmo de alta registrado mais cedo (superior a 5%) e operou com valorização de 2,71%, para R$ 7,20, entre as principais altas do pregão, após o Credit Suisse elevar recomendação do papel de empresa de neutra para compra, como dito anteriormente. Por outro lado, o banco reduziu o preço-alvo dos papéis de R$ 11 para R$ 10 durante à tarde.

Em relatório, os analistas Regis Cardoso, Henrique Simões e Alejandro Zamacona reiteraram que em 13 de dezembro foi publicado relatório do setor de rodovias que discutiu as novas concessões agregadas pela CCR e Ecorodovias.

“Concluímos com a nossa preferência pela CCR e rebaixamos a ECOR para neutra. Nas últimas três semanas, as ações da ECOR se desvalorizaram em cerca de 19% e o desempenho da CCR foi significativamente inferior. Agora, atualizamos a ECOR de neutra para compra, com base na avaliação, pois vemos as ações sendo negociadas a uma TIR (taxa interna de retorno) real alavancada de 11,1% e previsão de 43% de alta para nosso novo preço-alvo de R$ 10 por ação”, disse a equipe do banco.

No entanto, nas últimas horas do pregão, os papéis sofreram com queda, e fecharam com baixa de 1%, negociados em R$ 6,94.

E a Méliuz?

A Méliuz (CASH3) também teve um desempenho negativo no pregão do dia, encerrando com baixa de 9%, com os papéis comercializados em R$ 2,63.

Por outro lado, a companhia também anúnciou parceria com a Mastercard (MSCD34) para oferta de cartão de crédito próprio.

Em relatório, Fred Mendes, Mirela Oliveira e Gustavo Tiseo, analistas do Bank of America (BofA) reiteraram que o cartão de crédito é o primeiro na América Latina sem tarja magnética, o que vai ajudar a reduzir fraudes e custo de emissão. Em menos de dois meses a lista de espera pelo novo cartão de crédito já ultrapassa 500 mil.

“O lançamento do seu cartão proprietário, juntamente com a aplicação que junta todas as ofertas da Meliuz, está previsto para ocorrer no primeiro trimestre de 2022 e deverá ser o principal gatilho de ST (short time, que é o caixa suficiente para cobrir o endividamento de curto prazo)”, afirmou o banco ao manter recomendação de compra para os papéis da companhia e preço-alvo em R$ 7,20.

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