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Finanças

As ações mais recomendadas para fevereiro, segundo 14 corretoras

Levantamento do InvestNews mostra que Vale liderou a lista com 10 indicações, seguida de Itaú e Gerdau.

As ações da mineradora Vale (VALE3), o banco Itaú Unibanco (ITUB4) e a siderúrdica Gerdau (GGBR4) lideraram, nesta ordem, a lista de recomendações de analistas para fevereiro de 2022, segundo um levantamento feito pelo InvestNews com 14 bancos e corretoras.

Campeã da lista com um total de 11 indicações, a Vale foi apontada como beneficiada pelo ciclo de alta das commodities e apontada como uma companhia com valor atrativo. A mineradora avançou 3,73% em janeiro. Na sequência, aparecem Itaú com sete indicações e Gerdau com seis, Petrobras (PETR4), com cinco recomendações e a varejista de moda Arezzo (ARZZ3), a produtora de alimentos JBS (JBSS3) e Lojas Renner (LREN3) com quatro citações.

Ações
Ações mais recomendadas por 14 carteiras em fevereiro de 2022.

A Toro Investimentos destacou em seu relatório de fevereiro que as ações ligadas a commodities, como de mineração e siderurgia, devem continuar em ascensão. Além disso, pontuou a corretora, os recentes conflitos entre Rússia e Ucrânia devem continuar pressionando o preço como gás natural, petróleo, aço entre outros. “Essa pressão nos preços dessas matérias-primas deve continuar impulsionando as ações negociadas na B3 que tem correção a esses setores”.

O ranking leva em conta a somatória dos papéis mais citados pelos especialistas e vai acompanhar mensalmente as recomendações dos seguintes bancos e corretoras:

  • Ágora
  • Ativa
  • BB Investimentos
  • BTG Pactual
  • Genial
  • Guide
  • Inter Research
  • Mirae Corretora
  • ModalMais
  • Nova Futura
  • NuInvest
  • Órama
  • Toro
  • Terra

Veja abaixo as 5 ações mais recomendadas para fevereiro, segundo 14 carteiras de ações:

Vale (VALE3): 10 recomendações

A ação entrou na carteira do BTG Pactual em substituição à Suzano (SUZB3). “Os preços do minério de ferro continuam subindo, deixando a Vale negociando em um valuation muito atraente de 3,2x EV/Ebitda [expectativa para 2022]”, disse o banco em relatório.

Na visão da Guide Investimentos, que também possui a mineradora no portfólio, a Vale é uma das principais beneficiadas pelo aumento do preço do minério internacional e da alta do dólar em relação ao real, visto que é uma das principais empresas exportadoras do país e está entre as empresas mineradoras mais relevantes do mundo.

“Além disso, seus produtos possuem um desconto em relação ao minério internacional, e na hipótese de paridade entre esses valores, a empresa conseguiria capitalizar ganhos relativamente maiores que seus concorrentes estrangeiros”, apontaram os analistas da corretora em relatório.

Segundo a Ativa Investimentos, o aumento das taxas internacionais de juros e a sazonalidade comumente ocorrida em janeiro “também contribuíram para que mais investidores se interessassem pelo case da mineradora, que deverá continuar pagando fortes dividendos em 2022”.

Itaú Unibanco (ITUB4): 6 recomendações

Após terem sido impactados pela redução de spreads quando a taxa de juros (Selic) encontrava-se nas mínimas históricas, uma vez que os juros baixos propiciaram maior oferta de crédito e mais competitividade para o setor, os bancos podem se beneficiar de um ciclo de alta da Selic, na visão da equipe da Toro Investimentos.

“Isto tende a acontecer porque agora o movimento esperado diante de juros maiores é o contrário: crescerá também o nível de risco na concessão de empréstimos e financiamentos, o que implica naturalmente em um prêmio maior para remunerar as instituições credoras. Além dos bancos, seguradoras, empresas de cartões de crédito e de meios de pagamento tendem a se beneficiar com o aumento da taxa básica de juros”, escreveu a Toro em relatório.

Gerdau (GGBR4): 6 recomendações

Em relatório, a Guide apontou que Gerdau entregará fortes resultados no quarto trimestre, conduzido pela melhora de suas operações na América do Norte e do Sul, e aumento da demanda por produtos semiacabados de minério, que carregam um valor agregado maior que o minério puro. “Além disso, com a diminuição de escassez de semicondutores no mercado internacional, esperamos que a empresa tenha uma aceleração em suas receitas advindas das vendas de aços especiais”. sinalizou a Guide. 

A casa também mencionou que espera a continuação dos sucessivos aumentos no valor do minério no mercado internacional, devido à (i) diminuição do fornecimento de minério causado pela possível pressão de mais restrições ambientais internacionais; (ii) aumento da demanda, potencializada pelo plano de Infraestrutura americano; e (iii) desconto sobre o minério brasileiro frente ao internacional.

Petrobras (PETR4): 5 recomendações

De acordo com a Guide, a Petrobras segue apresentando bons resultados em meio à retomada dos preços do petróleo e o dólar em patamares mais elevados.

“Apesar dos riscos de uma possível intervenção na política de preços da companhia, em meio à escalada do preço do combustível, avaliamos que a governança da companhia evoluiu muito ao longo dos últimos anos e tem conseguido blindar possíveis intervenções, mesmo com a recente troca no comando”, afirmaram analistas em relatório.

Arezzo (ARZZ3): 4 recomendações

A varejista é apontada como uma das principais no segmento de calçados, com uma variedade de marcas (Arezzo, Schutz, Vans, Anacapri), e, mais recentemente, passou a atuar no segmento de vestuário, com a aquisição da Reserva. Segundo a Ativa, a compra da operação da Vans no Brasil, no final de 2019, proporcionou ganhos de share, branding e consolidação de mercado.

A empresa adquiriu recentemente a marca de moda masculina Reserva e marcas como MyShoes e Baw Clothing, reforçando sua estratégia de se tornar uma plataforma mais ampla e atingindo um mercado potencial maior, apontou a corretora. “Em nossa visão, as últimas aquisições da companhia – Reserva, MyShoes e Baw – possibilitarão a ampliação do portfólio de marcas da Arezzo & Co, viabilizando a atração de clientes que, anteriormente, não eram alcançados e, reforçando o objetivo da empresa se tornar uma house of brands”, avaliou a Ativa em relatório.

JBS (JBSS3): 4 recomendações

A JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, reportou resultados positivo no terceiro trimestre de 2021 suportada por mais um forte desempenho de suas operações norte-americanas e com retomada de volumes e aumento de preços no mercado doméstico.

Em relatório, analistas da Guide reiteraram quem mais uma vez, os principais drivers para essa boa performance foram as operações de bovinos, suínos e frangos da América do Norte, onde a demanda aquecida nos EUA segue sustentando os preços das proteínas em patamares elevados, ajudando a manter as margens em níveis robustos. Já no Brasil, tanto a Seara quanto a divisão de bovinos apresentaram quedas de rentabilidade em decorrência da pressão de custos na comparação anual.

Ao fazer menção a aquisição do Grupo King’s líder de mercado na produção do presunto Prosciutto di San Daniele D.O.P. e tem atuação relevante na fabricação de Prosciutto di Parma D.O.P. por €82 milhões, a Guide afirmou esperar novas operações de M&A pela companhia, especialmente com fabricantes alimentos processados, além de potencial deslistagem da Pilgrim’s Pride nos EUA, e possível melhora do ciclo do gado no Brasil e na Austrália

Lojas Renner (LREN3): 4 recomendações

Em relatório, a equipe da Terra Investimentos apontou que empresa opera em múltiplos financeiros atrativos e deve se beneficiar de um cenário de recuperação da economia com uma demanda reprimida no setor de vestuário, esperamos melhoria nas margens e crescimento nas plataformas digitais ao longo de 2022.

Em compensação, a Ativa Investimentos lembrou que as ações da companhia foram pressionadas no final do ano de 2021, “com a inflação elevada reduzindo as expectativas de crescimento de varejistas de bens discricionários, sobretudo as menos expostas às classes mais altas”. Por outro lado, no mês de janeiro, o desempenho dos papeis da companhia repercutiram o alívio observado na curva de juros, bem como o restante do setor de varejo.

*Colaboraram Karina Trevizan, Erica Martin, Taís Laporta e Fabiana Ortega

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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