Destaques (José Falcão Castro):
- Com poucos indicadores econômicos relevantes, o debate sobre o impeachment de Trump deve movimentar a semana política nos EUA, enquanto aqui, a ofensiva de Maia, no fim de semana, também levanta especulações sobre as chances de um processo contra Bolsonaro;
- O candidato à presidência da Câmara, Baleia Rossi gerou ruídos em sua aliança com as esquerdas ao dizer à Folha de domingo que tirar Bolsonaro “não é o caminho”. Mas, não demorou a ser cobrado pelo PT e mudar de conversa. Em resposta a Gleisi Hoffmann, no Twitter, garantiu que vai “honrar cada compromisso fechado com a oposição que o apoia”;
- Vale destacar que Bolsonaro tem dezenas de pedidos de processos de impeachment por crime de responsabilidade e que estão engavetados por Rodrigo Maia, que no final de semana chamou o presidente de “covarde” em postagem no Twitter;
- Indonésia aprova uso da Coronavac; eficácia informada em testes locais é de 65,3%, menor que a do Instituto Butantan;
- Após recordes em série, mercados abrem a semana fazendo ajustes, de olho na tensão política nos EUA, No pré-mercado de NY, Dow Jones futuro cai 0,55%, S&P 500 (-0,45%), Nasdaq (-0,37%); Twitter cai em torno de 6% no pré-mercado após banir Trump da rede;
- Petróleo e outras commodities também fazem ajuste de baixa: Brent para março cai 1,38% (US$ 55,23); Minério cai 0,9%, após região produtora de aço na China (Hebei) impor restrições contra covid;
- As bolsas europeias também caem em bloco; Frankfurt cai 0,45%, Londres (-0,33%), Paris (-0,45%), Madri (-0,05%), Milão (-0,38%), Lisboa (-1,36%).
Análise Gráfica – IBOV:
- Ao fechar acima do topo histórico, com novo recorde de fechamento, o IBOV segue em forte tendência de alta e alavancado por forte fluxo de capital estrangeiro;
- No curto prazo, o índice não possui resistências pela frente, mas seria natural correções após o forte movimento de alta iniciado em novembro, com suporte importante aos 116 mil pontos.
Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):
- A primeira semana do ano começou com o mesmo otimismo do final de 2021. Com alta de +5,1% nos primeiros cinco dias úteis do ano, a sexta-feira encerrou a semana com chave de ouro. O Ibovespa subiu +2,2% nesta sexta-feira (08) e renovou a máxima histórica já conquistada na véspera ao fechar acima dos 125 mil pontos;
- A diferença entre hoje e os demais dias é que os bancos e commodities ganharam um descanso, com Gerdau, Santander e Bradesco figurando entre as maiores quedas. Por outro lado, as empresas de varejo eletrônico e tecnologia se recuperaram parcialmente da queda dos últimos dias com destaque para a B2W (BTOW3, +7%);
- Em um dia sem grandes notícias no cenário macro, a mais importante delas é a Fiocruz enviando o pedido para uso emergencial da vacina contra Covid-19 à Anvisa;
- Porém, diferentemente do cenário macro, tivemos uma grande notícia que movimentou o cenário corporativo: a possível fusão entre Notredame Intermédica e a Hapvida. O alvoroço começou após uma notícia publicada por volta de 14h, por Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, de que as companhias estariam negociando a fusão de suas operações, sem dar mais detalhes. Horas depois, as empresas confirmaram a existência das negociações; Notredame Intermédica e Hapvida foram as maiores altas do Ibovespa ao dispararem +26,6% e +17,7%, respectivamente.
Indicadores |
Brasil: |
Boletim Focus (8h25) |
BC oferta até 16 mil contratos de swap (US$ 800 mi) (11h30) |
Balança Comercial semanal (15h) |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.