O petróleo começou a semana em queda devido a preocupações de que um surto de Covid-19 na China atinja ainda mais o consumo.
Os futuros de West Texas Intermediate chegaram a cair mais de 6%, para abaixo de US$ 96 por barril, em meio a uma liquidação de ações e de outras commodities. O aumento dos casos de coronavírus em Pequim provocou nervosismo sobre um cenário sem precedentes de confinamento na capital, enquanto Xangai registrou mortes diárias recordes no fim de semana.
O maior país importador de petróleo do mundo caminha para o pior choque de demanda de petróleo desde os primeiros dias da pandemia.
As dificuldades da China com o vírus adicionam outra fonte de volatilidade a um mercado de petróleo que já era atingido pela invasão da Ucrânia pela Rússia. A guerra alimentou a inflação e a União Europeia discute medidas para restringir importações de petróleo da Rússia.
Bloqueios em várias cidades
A China implementou bloqueios em várias cidades na busca pelo Covid Zero. Moradores de um distrito de Pequim foram instruídos a se submeterem a três dias de testes a partir de segunda-feira, em uma tentativa de conter os casos.
À medida que os riscos para o consumo aumentam, as apostas de gestores em alta do WTI caíram pra o nível mais baixo desde abril de 2020, quando os preços ficaram negativos.
“A grande história do petróleo continua sendo a China”, disse Keshav Lohiya, fundador da consultora Oilytics. “O impacto na demanda doméstica será significativo se Pequim seguir os passos de Xangai.”
O mercado se prepara para oferta adicional, o que aumenta os sinais de baixa. Espera-se que a Líbia retome a produção de campos fechados nos próximos dias, enquanto o terminal de petróleo CPC na costa do Mar Negro da Rússia retomou as operações regulares após reparos.
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