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Shell registra lucro trimestral recorde com alta do preço de energia

Empresa se une a rivais do setor, incluindo BP e TotalEnergies, na obtenção de grandes lucros com a volatilidade dos preços das commodities alimentada pela invasão russa da Ucrânia.

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Logo da Shell visto em posto de gasolina em Londres. 31/01/2008 REUTERS/Toby Melville

A Shell (RDSA34) divulgou nesta quinta-feira (05) um lucro recorde no primeiro trimestre de US$ 9,13 bilhões, impulsionado por preços mais altos de petróleo e gás, lucros excepcionais de refino e o forte desempenho de sua divisão comercial.

Última das grandes empresas de energia a divulgar resultados, a Shell se une a rivais do setor, incluindo BP e TotalEnergies, na obtenção de grandes lucros com a volatilidade dos preços das commodities alimentada pela invasão russa da Ucrânia que começou em 24 de fevereiro.

A companhia superou seu recorde de lucros trimestrais anotado em 2008, mesmo depois de registrar uma baixa de US$ 3,9 bilhões (após impostos) como resultado de sua decisão de sair das operações na Rússia.

A Shell também está encerrando o comércio de petróleo e gás com a Rússia.

A presidente-executiva da União Europeia propôs na quarta-feira um embargo de petróleo em fases à Rússia que, se apoiado pelos Estados-membros, seria um divisor de águas para o maior bloco comercial do mundo, embora ainda não tenha trabalhado em uma proibição para o gás.

“Será um inverno difícil se não tivermos nenhuma molécula russa entrando na Europa”, disse o presidente-executivo da Shell, Ben van Beurden, em uma teleconferência.

Até o final deste ano, a Shell disse que interromperia todas as suas compras de petróleo bruto russo de longo prazo, exceto dois contratos com um “pequeno produtor russo independente” que não nomeou.

Seus contratos para importar produtos petrolíferos refinados da Rússia também terminarão, disse, acrescentando que ainda existem contratos de longo prazo para comprar gás natural liquefeito (GNL) russo.

A Shell, maior comerciante de GNL do mundo, disse que as vendas do combustível aumentaram 9% no trimestre, para 18,3 milhões de toneladas. O GNL é visto como crucial para acabar com a dependência da Europa do gás de gasoduto russo.

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