Alguns observadores do mercado de criptomoedas se perguntam se o bitcoin (BTC), preso em uma faixa em torno de US$ 30.000 ultimamente, é vulnerável a novas quedas.
A maior moeda digital subia pelo terceiro dia consecutivo nesta segunda-feira, chegando a saltar quase 6%, mas está presa em torno de US$ 30.000 há várias semanas. Além disso, sua correlação recorde com o Nasdaq 100 – ilustrando seu comportamento como ativo de risco – diminuiu na semana passada à medida que ações de tecnologia saltaram.
“Esse é o tipo de quebra de correlação que ninguém queria”, disse Antoni Trenchev, cofundador e sócio-gerente do credor de criptomoedas Nexo. “O bitcoin ainda não testou suas mínimas de US$ 26.000 em 12 de maio. Dá a impressão que é apenas uma questão de tempo, dado o fracasso do bitcoin em espelhar os ganhos do Nasdaq na semana passada.”
O bitcoin estava empacado nos últimos meses depois que o Federal Reserve e outros bancos centrais se voltaram para ciclos de aumento de juros. O colapso do ecossistema Terra também prejudicou o mercado de ativos digitais.
Na segunda-feira, feriado nos EUA, o bitcoin e outras moedas digitais re-estabeleceram sua tendência de subir junto com as ações.
O bitcoin se mantém relativamente bem em comparação com alguns de seus pares, incluindo o Ether em segundo lugar, mas algumas análises técnicas ainda sinalizam preocupações.
A caminhada de lado do bitcoin nas últimas duas semanas terminou com os preços caindo no final da semana passada. Os pessimistas vão continuar a ter vantagem e qualquer quebra abaixo de US$ 28.000 pode trazer o piso de US$ 25.000 de volta ao foco. Um padrão de triângulo descendente indica que qualquer queda abaixo de US$ 25.400 poderia colocar em jogo o pico de 2017 – pouco abaixo de US$ 20.000.
“Um recuo final para testar as mínimas de 12 de maio perto de US$ 25.401 ainda parece mais provável antes que qualquer mínima significativa ocorra”, escreveu Mark Newton, chefe de estratégia técnica da Fundstrat.
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