O dólar fechou em queda frente ao real nesta quarta-feira (15), em um movimento de alívio após sete ganhos consecutivos. A baixa da moeda ganhou força nesta tarde após o Federal Reserve (Fed) elevar a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual.
Já o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, mantinha o ritmo de valorização, depois de sequências de quedas, com o mercado também à espera da divulgação da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que deve subir a taxa básica de juros em 0,5 ponto, segundo projeções.
O dólar caiu 2,08%, a R$ 5,0265, mas nesta semana ainda acumula alta de 0,79% sobre o real. O Ibovespa subiu 0,73%, aos 102.807 pontos.
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Decisão do Fed
O Fed elevou a taxa de juros dos EUA em 0,75 ponto percentual, para uma faixa entre 1,5% e 1,75%. Uma ala do mercado já previa um avanço dessa magnitude, embora o consenso aguardasse uma alta de 0,50 ponto percentual.
O comitê afirmou que a decisão foi tomada em apoio as suas metas que visam “buscar alcançar a taxa máxima de emprego e inflação de 2% no longo prazo”.
“O Fed resolveu enfrentar mais diretamente a inflação e esta alta está reorganizando a curva de juros por lá, sancionando a visão mais altista dos juros“, comentou André Perfeito, economista-chefe da Necton. Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, disse que a alta de 0,75 ponto “demonstra que o Fed se empenha em combater a inflação, ou seja, fazer o mínimo do seu papel”.
Bolsas mundiais
Wall Street
O índice de referência S&P 500 subiu nesta quarta-feira, interrompendo uma sequência de cinco sessões consecutivas de perdas, repercutindo a decisão do Fed.
O índice S&P 500 fechou em alta de 1,46%, a 3.789,99 pontos. O Dow Jones subiu 1,00%, a 30.668,53 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançou 2,5%, a 11.099,16 pontos.
Europa
As ações europeias interromperam uma sequência de seis dias de perdas nesta quarta-feira, depois que o Banco Central Europeu (BCE) anunciou medidas para moderar uma queda no mercado de títulos, enquanto alguns investidores que buscavam uma ação mais decisiva ficaram desapontados.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 1,42%, a 413,10 pontos, após seis sessões consecutivas de baixas.
- Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 1,20%, a 7.273,41 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,36%, a 13.485,29 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,35%, a 6.030,13 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 2,87%, a 22.473,56 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,34%, a 8.174,70 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,42%, a 6.012,15 pontos.
Ásia e Pacífico
As ações da China subiram para máximas em mais de três meses e o índice referencial de Hong Kong teve alta depois que dados mostraram um crescimento surpreendente na produção industrial em maio, e à medida que os investidores esperam mais suporte para alimentar a retomada do crescimento.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 1,14%, a 26.326 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,14%, a 21.308 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,50%, a 3.305 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,32%, a 4.278 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,83%, a 2.447 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,30%, a 15.999 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,10%, a 3.105 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 1,27%, a 6.601 pontos.
* Com informações da Reuters
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