Pardini dispara 18% e Fleury, 16%; CSN despenca mais de 6%

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A quinta-feira (30) foi marcada por anúncios de aquisições entre companhias que fazem parte do principal indicador da B3, o Ibovespa, além da queda nos preços dos contratos futuros do minério de ferro e do petróleo, que derrubaram as ações de companhias ligadas ao setor.

No dia, as ações do Fleury ficaram à frente das maiores valorizações do índice, após a empresa de diagnósticos médicos acertar a aquisição do Instituto Hermes Pardini, que também encerrou com forte avanço.

Depois de informar a aquisição da Caravelas Floresta, a fabricante de celulose Suzano também teve performance positiva.

Enquanto isso, os papéis da CSN, Vale, Usiminas e Gerdau, além das petroleiras, fecharam no vermelho, refletindo as quedas nos preços das commodities.

Fora do Ibovespa, a empresa de gestão de resíduos Ambipar subiu depois de anunciar a compra da Bioenv Análises Ambientais.

Confira os destaques registrados no dia:

Fleury

O Fleury (FLRY3) disparou 16,1%, para R$ 16,30. A alta ocorre após a companhia acertar a aquisição do Instituto Hermes Pardini (PARD3), que acelerou 18,69%, a R$ 19,94. De acordo com os termos da operação, o acionista do Pardini receberá por cada ação ordinária que detém da companhia cerca de 1,21 ação ordinária da Fleury mais aproximadamente R$ 2,15.

Danielle Lopes, sócia e analista de ações da Nord Research, reiterou em comentário enviado ao mercado que o forte avanço dos papéis indica que o mercado gostou da notícia, principalmente porque os negócios se completam muito “bem”, embora ainda seja necessário o aval do Cade e dos acionistas das companhias.

“Além de uma sinergia muito grande, as duas já tinham atuação em análises clínicas, fora a presença de Fleury em marcas premiuns e outros segmentos mais complexos. E a gente já vê um ganho de pelo menos de 15% a 20% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) imediato na nova empresa”, diz.

Por outro lado, a analista ponderou os desafios eminentes a uma fusão. “Não somente aspectos de cultura, mas como se captura todas essas sinergias e como se ajusta a estrutura para uma nova empresa. A empresa também vai contar com nomes fortes, como Bradesco, os médicos do Fluery e a família Pardini; Você tem que colocar esses players na mesa e conversar sobre qual vai ser o rumo após a fusão”, afirmou.

Suzano

A Suzano (SUZB3) encerrou em alta de 1,72%, para R$ 49,69, na esteira da compra da Caravelas Florestal por R$ 336 milhões, como parte dos esforços para reduzir os custos com matéria-prima.

Commodities

As ações da CSN foram uma das mais impactadas pela queda do minério de ferro. Os preços dos contratos futuros da commodity encerrou em queda de 5,42% em Dalian, na China, o maior mercado consumidor da matéria-prima. O petróleo também operava com recuo no exterior, causando pressão de venda dos papéis das petroleiras brasileiras.

Ambipar

A Ambipar (AMBP3) subiu 0,45%, para R$ 22,31. O avanço ocorre na esteira da aquisição do controle acionário da empresa Bioenv Análises Ambientais, por meio de sua controlada Ambipar Response.

Destaques do mês de junho e do semestre

No fechamento do mês de junho e do primeiro semestre do ano, as ações da Eletrobras se destacaram positivamente entre as companhias que compõem o Ibovespa em meio à nova oferta de ações da companhia na B3, operação que marcou a redução da participação do governo na empresa.

Na outra ponta, os papéis da empresa de cashback Méliuz e da varejista Magalu amargaram os piores desempenhos do índice. Confira abaixo:

10 ações que mais subiram em junho

10 ações que mais caíram em junho

10 ações que mais subiram no semestre

Principais quedas do semestre