A Verde Asset Management, gestora criada por Luis Stuhlberger (do Fundo Verde), disse que reduziu marginalmente sua exposição ao mercado acionário brasileiro e voltou a alocar risco em ações internacionais, após o pior semestre desde 1970 para o índice norte-americano S&P 500.
“Com disciplina, é bastante provável que iremos alocar capital incremental, especialmente fora do Brasil, ao longo dos próximos meses”, disse a Verde, que tem cerca de R$ 38 bilhões sob gestão, em carta a cotistas divulgada nesta segunda-feira. Apesar da perspectiva de desaceleração econômica global, “há ativos começando a chegar em preços bastante atrativos.”
No cenário doméstico, a Verde voltou a alertar para o impacto fiscal da PEC que aumenta o valor do Auxílio Brasil. “Os políticos continuam numa espécie de metaverso brasiliense, onde o populismo é moeda corrente e a única coisa que importa é a eleição”, disse a gestora.
Desempenho do Fundo Verde em junho
O fundo Verde, carro-chefe da Verde, caiu 1,86% em junho, penalizado por perdas em bolsa local, apostas em commodities e pela posição comprada em real. No mesmo período, o índice IHFA, uma cesta de pares, recuou 0,39%, enquanto o CDI teve ganho de 1,01%. Desde sua criação, em 1997, o fundo apresenta um retorno de mais de 19.900%.
No fim de junho, o gestor Luiz Parreiras disse em evento que cerca de 18% do Verde estava alocado em ações brasileiras. Apesar das incertezas fiscais e eleitorais, o índice Ibovespa negocia bem abaixo da média histórica de 10 anos, enquanto os resgates dos fundos com exposição a ações seguem pressionando o mercado.
O Verde aproveitou para aumentar posições tomadas — que se beneficiam da alta de juros — nos EUA, além de montar posição comprada em títulos high yield no país.
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