Após dias turbulentos nos mercados, o início desta sexta feira é marcada pelos investidores animados mundo a fora. Na Ásia, todas as maiores bolsas fecharam com ganhos repercutindo a divulgação da inflação ao consumidor da China que caiu 0,1% em agosto após a alta de 0,5% em julho. A alta em 12 meses, desacelerou de 2,7% em julho para 2,5% em agosto enquanto o o índice de inflação ao produtor anualizado passou de 4,2% para 2,3%. Todos os resultados vieram abaixo das expectativas do mercado refletindo uma desaceleração da China.
No fechamento, o índice Nikkei teve +0,53%, Hang Seng com +2,69% e Shanghai com +0,82%. Já as bolsas de Taiwan e Coreia do Sul não tiveram pregão por conta de feriados.
Na Europa, assim como em outros mercados, os investidores reagiram bem à fala de ontem (8) do presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, quando afirmou que a criação de novos empregos e salários continuam em patamares elevados e que isso requer uma alta de juros que balize as expectativas de mercado de longo prazo para a inflação de 2%, meta do Fed, ao mesmo tempo que evitam custos sociais muito altos.
Pela manhã, o índice alemão DAX registrava alta de 1,39%, o britânico FTSE tinha alta de 1,38%, o francês CAC alta de 1,62% e o Euro Stoxx com 1,72%.
Futuros dos EUA e commodities em alta
Os pré mercados dos EUA tem alta considerável com Nasdaq: +1,23%, S&P 500: +0,94% e Dow Jones: +0,84%. As commodities também avançavam na manhã com destaque para o petróleo Brent com +1,94%, petróleo WTI com +1,89% e ouro com +1,02%.
Na agenda do dia dos EUA, o destaque vai para as vendas no atacado em julho, às 11:00 e para os discursos de 2 membros do Fed a partir das 13:00.
IPCA deve registrar deflação de 0,39% em agosto
No Brasil, o indicador mais esperado é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a agosto, divulgado pelo IBGE às 09:00. As projeções indicam uma deflação de 0,39% após a deflação de 0,68% registrada em julho, podendo trazer o acumulado em 12 meses de 10,07% para 8,72%.
Os recentes índices de preços mostrando deflações, tanto pelo corte de ICMS como pela queda do barril de petróleo Brent, tem ajudado a impulsionar os investidores a correrem mais risco, explicando um dos motivos pelo bom desempenho do IBOV e queda na nossa curva de juros.
No fechamento do pregão em 29/07, todas as taxas dos contratos de juros futuros com vencimentos em janeiro de cada ano estavam acima de 12,59% com os maiores retornos para o curto prazo quando o mercado precificava uma chance maior de juros em 14%. Já no fechamento do pregão de ontem (8), as taxas de médio e longo prazo estão abaixo de 11,7% enquanto os vencimentos mais curtos desaceleraram para 13,74%.
Agenda do dia
09:00 | BRA | IPCA de agosto |
11:00 | EUA | Estoques no Atacado de julho |
13:00 | EUA | Discursos de Waller e George, membros do FED |
14:00 | EUA | Poços de Petroleo em atividade |
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