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Economia

Preço da gasolina sobe pela 5ª semana e fica acima de R$ 5, diz ANP

Os cinco aumentos seguidos ao consumidor vieram mesmo com a Petrobras mantendo o preço do combustível congelado há 73 dias.

A gasolina subiu de preço nos postos de abastecimento pela quinta semana consecutiva, e voltou a ultrapassar a barreira dos R$ 5 por litro, aponta levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A última vez que a gasolina esteve acima de R$ 5 foi na segunda semana de setembro.

Desta vez, entre os dias 6 e 12 de novembro, diz a ANP, o preço médio do litro do combustível nas bombas subiu 0,8%, para R$ 5,02, ante R$ 4,98 na semana imediatamente anterior.

Os cinco aumentos seguidos ao consumidor vieram mesmo com a Petrobras mantendo o preço do combustível congelado há 73 dias. A gasolina sobe desde 2 de outubro, quando o litro chegou a R$ 4,79. Desde então, o produto já acumula alta de 4,8% nas bombas. Isso se deve a aumentos praticados por refinarias privadas, como a de Mataripe (BA), da Acelen, empresa do fundo Mubadala, importadores e varejistas.

Também contribuíram para a escalada dos preços do insumo a alta no preço do etanol anidro, que compõe 27% da mistura da gasolina e, mais recentemente, no início do mês, o fechamento de estradas por bolsonaristas que protestavam contra o resultado das eleições. Os bloqueios pressionaram os preços da gasolina em estados do Sul do País, como Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, além de regiões de São Paulo.

A redução no preço da gasolina foi uma das bandeiras da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). O preço começou a cair no fim de junho, quando o preço médio do litro da gasolina chegou a um pico de R$ 7,39 por litro. Então, o governo conseguiu reduzir impostos federais e estaduais, medidas que foram seguidas de quatro reduções no preço praticado pela Petrobras (PETR4) nas refinarias.

A ofensiva a pouco mais de três meses das eleições baixou o preço do combustível em 35%, mas, com a alta das cotações internacionais do petróleo e dos derivados, a Petrobras ficou sem espaço para novas reduções e altas no preço final ao consumidor foram verificadas ainda entre o primeiro e segundo turno das eleições.

Funcionário se prepara para abastecer veículo
Funcionário se prepara para abastecer veículo em posto de combustíveis em São Paulo 08/11/2016 REUTERS/Paulo Whitaker

Diesel

Já o preço do diesel S10 ficou estável em R$ 6,71 por litro no período. O preço do diesel tem flutuado nas últimas semanas alternando entre altas e baixas, mesmo sem mudanças nos preços praticados pela Petrobras nas refinarias.

Com as cotações internacionais a patamares altos, a estatal não pode reduzir preços por força de sua política de precificação, de alinhamento ao preço de paridade internacional. Ao contrário, dizem analistas ouvidos pelo Broadcast, a Petrobras já deveria ter majorado seus preços.

Gás de cozinha

O botijão de 13 quilos de gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, viu o preço ao consumidor subir 0,5% de R$ 109,86 na semana passada, para média de R$ 110,42 entre os dias 6 e 12 de novembro. Assim como o diesel, esse preço tem variado, mesmo sem mudanças nos preços da Petrobras.

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